terça-feira, agosto 10, 2010

Sabia da poda!.


Quem me acusar de imoral nos meus poemas, é porque o mais porno das suas vidas foi...

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...o que se pode apreciar neste vídeo!

MESTRA DA PODA

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E a Lisboa acordou prateada espreguiçada, e brilhante

Fazendo-me convites como se fosse a minha amante

Por entre as árvores que permitiam chegar os acenos

Mostrando nas ruas semáforos piscando ainda acesos

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E tarde na curva da Braancamp com ruidoso Marquês

Reparei passearem-se não uma ou duas mas sim três

Atiçando-me focos, insinuando com as apetitosas frutas

Mulheres frondosas, roliças, e sabendo-se, muito putas

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Desligado, andando como se bêbado embalado fosse

Por um som tremendo dum arrepiante quero-te, Doce

Dito entre os risos de prazer e tímidos toques da carne

Beijos sem língua, olhar cúmplice, suspiros de alarme.

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E o desejo estampou-se no rosto obra dum Van Gogh

Cézane, Dali, qualquer pintor que me deixasse grogue

Excitante acalorou-me o aparelho espetou-se as calças

Ao toque no cabelo um botão aberto, descair das alças

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Foi aí que subi o Evereste, e de lá vi a baía de Luanda

Enfatiei-me na pele de tubarão sentindo o que encanta

Ao enrolar desejos dum acto de pura fé, que rica foda

E ela a ensinar-me o prazer, exímia sabedora da poda

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E de monte a serrania uma de quero mais, muito mais

Arrancando gritos de tusa entres espasmos de uis ais

Cravou os dentes pontiagudos, mordendo terna doçura

Segredando qual anjo do céu, és meu, és, e eu sou tua

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E de uma loucura tão louca em coito formal, sexo anal

Lambemo-nos em todo o terreno sem crédito nem aval

Deixando esquecido da juventude passada, banalismos

Cagando para preconceitos, exorcizámos formalismos

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Olhando o fim, batia duas da manhã, fazemos outra vez

Mergulhámos nos prazeres da orgia, até que a palidez

Nos deu um sinal de pecado e nos fez ver o fim da linha.

E já deitados com a língua dissemos, és meu, és minha

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Cito, Lisboa Agosto 2010

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