segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Bolsas para 12 de Março...!

A BOLSA DO STRESS

Almoçava Domingo 27/2/2011 com o meu filho mais novo, (e novo de 22, estudante de 4º ano de engenharia mas que podia ser doutra qualquer porcaria), quando este, ostentando um sorriso de orelha a orelha me informou que já estava no site (!) que lhe tinham concedido a bolsa.

Perguntei-lhe de seguida para onde ia depois do almoço, respondendo-me, vou para a faculdade tenho muito que estudar.

Senti que estava muito mais seguro, entusiasmado, e eu com um peso tirado de cima dos ombros pois, graças à justiça neste país, e outras coisas, não tenho posses para sustentar nem pagar cursos superiores a ninguém.

Despedimo-nos, e já de conversa íntima com o fecho eclair, recordei o que falaramos, e a inolvidável satisfação em ter confirmado que um gajo de 22 anos está em acordo com outro de 57, o que sustenta a tal manifestação da Malta à Rasca, pois há certos sujeitos que nunca estão ou estiveram com as calças nas mãos – não é que isso me dê alegria, mas uma ou outra dificuldade serviria para os deputados na AG percebessem que o “país deles” é o mesmo de quem lhes paga.

Senhores da governação: durante 6 meses, este homem, como outros milhares de estudantes, viveram stressados pela angústia que a dúvida lhes oferecia, em não saber se teriam direito ou não à bolsa, para poderem continuara os seus estudos – durante este período, no entanto, quem decide neste país não viveu incerteza de lhe cair ao fim do mês um chorudo ordenado, subsídios vários, e descontos para uma reforma precária de 3000 euros por meias dúzia de anos de cu alapado no hemiciclo para levarem o país à miséria e provocarem a vergonha em que Portugal de encontra.

Durante um semestre estes jovens não estiveram em plenas condições para aprender o que o país espera que aprendam, e no futuro trabalhem para o engrandecer.

Um período de vida casados com a indecisão entre suspender um curso e bater à porta de uma multi-nacional a pedir emprego a recibos verdes, engrossando a lista daqueles que, marcharão num protesto contra a falta de condições de vida que se percebe haver e que no futuro se agravará

Cento e oitenta dias em que assistimos à pouca-vergonha que se passa com os vencimentos milionários de quem gere empresas do estado em situação deficitária, a vigarice que se sabe na falência fraudulenta de bancos que o erário público vai ter de pagar, escutas que se mandam destruir para que se não saiba quem é criminoso aos olhos do povo, subsídios de dia a deputados referente ao dia em que viajam com tudo pago inclusive o vencimento – tudo isto para dificultar a vida a um pai que teve de explicar ao filho, que o facto de não receber a bolsa não implicava que os que estão a trabalhar tenham direito a receber o ordenado pelo seu esforço.

Evidente que não é necessário um semestre para explicar porque acontecem coisas deste tipo.

Basta uma frase: É o país que temos e que o povo com o seu voto permitiu que se chegasse ao ponto de uns gajos que não sabem onde fica a Península Ibérica tenham o descaramento de nos insultar.

Não será por causa das Bolsas Universitárias que a marcha do dia 12 de Março se realiza; mas possivelmente terá mais gente...do que seria desejável


domingo, fevereiro 27, 2011

Eleição por unanimidade...!

Momentos que antecederam o início da Assembleia-geral para eleição dos corpos sociais da CASA LUSO ANGOLANA - Associação Lusófona no Porto (26/02/2011)


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sábado, fevereiro 26, 2011

Ainda somos um país soberano...!

Entre entrevistas alocuções declarações gratuitas já escutei de tudo
Entrada do FMI, venda de títulos de dívida pública, insolvência do país (desconheço o quimico utilizado), falência (não informaram o nome da empresa), deflação (apoio d...o espelho retrovisor), inflação (falta de Brufen), derrapagem das contas públicas (fem que autódromo) e a grande novidade, a Dívida Soberana (só não sei se com tanta dívida o pais ainda é soberano!!!).

Com isto tudo cheguei à conclusão que Portugal é um daqueles países que constará dos jogos futuristas tipo Guerra das Vigarices
Daí a minha Dúvida Soberana sobre a tal dívida soberana - e é por isso que a minha alma chora pelas muitas outras almas mortas.


DÚVIDA SOBERANA

Na minha terra havia apenas um sino
Não havia igreja, bancos, hospitais
Só uma avenida! Dum só destino
Porque lá! Todos Homens eram iguais

Vestíamos túnicas de linho branco
Fosse na Páscoa ou no Carnaval
Porque lá até a morte tinha encanto
E todos os dias...era dia de Natal

Na minha terra também não havia rei
Presidente, nem sequer ministros
Os ditadores eram meros fora-da-lei
Banidos como governantes sinistros

Certo dia fez-se noite e escureceu
E vieram homens estranhos sem rosto
Tirar o que era nosso, o meu e o teu
Deixando reles, tudo descomposto

Em dúvida a vida soberana foi passada
Presenteou-nos um cesto de migalhas
A esperança pariu zeros em ninhada
E as têmporas fizeram-se grisalhas

Na nossa terra resta o toque dos sinos
Chamando os fregueses ao cemitério
Para assistir ao enterro dos meninos
Que tentaram levar uma vida a sério.

Cito Loio

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Foi Portugal o primeiro....!

A
25.02.1869
foi abolida a escravatura em todo o Império Português

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Para onde vamos...!

ESMORECIMENTO

Sou cidadão dum país desgovernado
Sinto-me uma espécie de pré condenado
Volteando, ao buscar um futuro risonho
Mais não vejo que esfumar-se o sonho

Visto dum monte, planície alentejana
Não enxergo à vista nem glória ou fama
Cristo falando nas praias de Espinho
De brisas vindas doutro lado do Minho

Impreciso voo por terras de Portalegre
Desço a Faro perdido num canto alegre
Permito-me viajar de novo Lisboa Porto

Pedindo turística ou classe com conforto.
Mas ao perguntar porque o país esmorece!
Disseram que neste – até luz escurece.
La Yiddishe Mama Não pude chorar lágrimas no teu colo enquanto me fazia homem - esgotei-as numa terra de gente desconhecida.

Cito, 23/02/2011 (Poema irritado) Para um país que teima em destruir-se

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Charade....da FB

Aos visitantes do meu perfil na FB eis a sequência do Soneto...SERÁ QUE É...!



Desenho de Maria Emília Loureiro (BB)

terça-feira, fevereiro 22, 2011

GESTORES/VENDEDORES

Próximo Oriente estará próximo!!!

Em 1974 abria-se um novo paradigma de governação a Portugal, através dum golpe de estado mal engendrado, mal concebido, e sustentado por uma revolução sem qualquer razão de ser, para a altura, tendo em conta que o projecto Marcelista contemplava no seu pensamento a independência pacífica dos territórios ultramarinos, sem derrame de sangue entre irmãos, numa concepção brilhante para a época visando defender no futuro a Pátria de Língua Portuguesa mantendo a unidade de sentimentos em torno de um projecto comum, a que se poderia denominar os Estados Unidos da Lusitânia.

A malta que assaltou o país desviou-o de rotas definidas e estrategicamente delineadas para enfrentar o que no futuro seria um caos político, com graves desequilíbrios sociais e bipolarização da sociedade, a dividir-se entre os muito ricos e os sobreviventes

Os políticos desde então, mais gestores/vendedores que governadores, demonstraram uma total falta de inteligência no campo da antevisão do que poderia vir a acontecer nas décadas seguintes, levando (também nalguns países que não o nosso) ao caos e à total falta de esperança no futuro. Essa política consentida, não teve em conta as sucessivas transformações e mutação que a história nos ofereceu, e acima de tudo menosprezou a capacidade de revolta dos povos do oriente próximo, em que os últimos acontecimentos poderão ser o pronuncio de um novo ciclo para a humanidade – o mundo ocidental esqueceu-se que em cada ser humano coabita uma inteligência por mais ínfima que ela possa parecer numa primeira análise; contudo o somatório destas perfaz um todo demasiadamente importante para ser ignorado, e os regimes ocidentais não tiveram engenho para perceber esta realidade.

A resposta que estão a encontrar é a condena dos ditadores que os próprios sustentaram, e ao mesmo tempo aceitar como “não intromissão nos assuntos internos de um país” o exercício do poder do terror gerado através do genocídio.

Claramente este lado de cá demonstra que não sabe lidar com o outro lado de lá, e para tanto basta ver a indefinição que se observa nas alocuções dos políticos, e (no nosso caso) a falta de rigor que algumas cadeias televisivas conotadas com o governo ofereceram

Estou expectante para ver o resultado para a Europa e América desta convulsão que ainda só agora começou a dar os primeiros passos!

Aprendi na guerra que há bombas que rebentam por simpatia – os militares do meu/nosso tempo sabem o que isso representa. Espero que os governantes não se esqueçam que esta simpatia não é uma coroa de “bemmequeres”.

domingo, fevereiro 20, 2011

Leilão de medalhas

Este país não é o mesmo que foi fundado por D Afonso Henriques, não, esse não dá uma Reforma de 3.000 euros/mês a um chulo do governo que andou a passear a vigarice pelos corredores do poder, e deixa ALBERTINA DIAS a leiloar as suas medalhas para sobreviver com o mínimo de dignidade, ela que, tal como o 1º Rei de Portugal, teve de correr contra o mundo para conquistar o seu OURO

Não! Este País decididamente não é o mesmo que foi fundado a partir do Condado Portucalense

Nunca lhe perdoei...

Deus pintou o pôr-do-sol com o meu sangue, desenhou as estrelas com o brilho do meu olhar, encheu os oceanos com lágrimas da minha dor...não pagou, e eu nunca lhe perdoei.

sábado, fevereiro 19, 2011

CLA - Eventos



Entrada Livre

&
Grátis
*
Preveem-se surpresas

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Suficiente para lavar a alma,,,

Poema/homenagem aos que me chamam Inácio, a todos os que leram Uma Persiana na Janela, que sendo fortes deixaram fugir uma pequena lágrima, suficiente para lavar a alma.

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

ABSTENÇÃO OU ABSTINÊNCIA

Em democracia os cidadãos tem o direito de elegerem os seus representantes, através do Voto em actos pressupostamente livres – dentro dessa prerrogativa conta-se o inalienável poder de decisão entre A ou B ou até C, ou mesmo decidir não decidir. Esta última exerce-se pela abstenção.

Abster é no caso do cidadão, a declaração inequívoca que aceita o veredicto final, remetendo para os seus concidadãos o seu próprio voto, porque é disso que disso que se trata. Ao fazê-lo em consciência deve perder o direito a reclamar sobre resultados finais, mas o mesmo já não acontece quanto ao que lhe assiste posteriormente criticar e condenar actos que possam lesá-lo individualmente ou colectivamente.

Quando vota escolhe pessoas, e num regime Parlamentar como o nosso, Partidos que se apresentam a sufrágio, indicando cada um a sequência de pessoas que terão direito a representar o seu eleitorado nas decisões que terão de tomar em cada sessão de trabalho. Reconhece o eleitor a necessidade ou não, destes eleitos, deputados, auferirem um vencimento condigno para trabalharem em prol do país e das pessoas que neles verteram a sua confiança – nesta perspectiva, os deputados não têm direitos de voto quando estão em funções, mas sim o dever de voto que é literalmente diferente dos direitos e deveres dos cidadãos.

Dentro deste juízo de valores, se bem que é meramente pessoal, entendo que é vedado aos deputados representando Partidos legitimamente eleitos pelo povo/pessoas a Abstenção, porque não lhes cabe o papel de remeter para outro Partido/Deputados decidir por quem não os elegeu.

Ao ter conhecimento que um Partido se absteve, concluo em primeira análise que não cumpriu uma das tarefas básicas para a qual foi convidado e aceitou, devendo satisfazer os anseios de quem nele votou – resulta neste caso que os membros de um partido que pratica/ou a abstenção num determinado caso não trabalhou, e como tal não deveria ter direito a auferir os valores que estão estipulados para pagamento dos préstimos ao País, comummente designado “Vencimento”.

Independente da actual Moção de Censura ser do BE, condeno o PSD (por ser o maior partido da oposição) ou qualquer outro Partido, se vier a assumir um papel de voto tipo abstenção, agravado pela tentativa antecipada de justificação do injustificável – queiram ou não os mais representativos membros do Partido, vossas excelências estão ao lado do PS, contra a proposta do BE.

A absterem-se devem auto punir-se e devolver ao Estado o valor que este despende com V Exªs – abster no caso de deputados é ausentar-se de decidir, é não estar presente, é faltar. O Povo Português ainda não decidiu que se pagam “ordenados” para os deputados votarem “nim” e nem por telefone...

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Um comentário ao estilo de...

Assim continua o ténis, igual ao teor de certos comentários:
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Recebi uma mensagem no mínimo curiosa; um anónimo mandou-me continuar a escrever a merda dos meus poemas no artigo "Tire a venda senhor".
Inicialmente pensei que era o senhor SED mas de imediato tirei essa ideia porque o homem sabe que tenho razão e é suficiente bem educado para não utilizar palavreado inadequado a um texto que visa unicamente alertar para o que se vem a passar há muitos anos.
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Claro que o teor do comentario não me deixa emocionado, mas pelo menos teve o condão de demonstrar que ainda há quem saiba escrever (vernáculamente) e classificar o que outros escrevem, e é ao mesmo tempo sinal que na calada da noite se deliciam com o que ainda de bom se faz em matéria de literatura neste país.
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Claro que a "pessoa/anónimo" pode continuar a comentar utilizando o palavreado que quiser mas vai ter de se identificar.

domingo, fevereiro 13, 2011

Orgulho de Mestre!

Orgulho! Sinto e muito

Mereço por tudo o que fiz na vida, por todo o sofrimento e abnegação, por ter colocado sempre os outros antes de mim.

UMA PERSIANA NA JANELA — Agenda Cultural Fnac





Tire a Venda Senhor!

Há uns dias para cá que não tenho acedido à net nem para ver resultados de atletas de ténis portugueses além fronteiras. Curiosamente dei uma passagem e... Kim Clijsters regressa à liderança do ranking

M.P.

Depois dei de caras com outra notícia noutra página e dia e,,,

Michelle Larcher de Brito cedeu frente à britânica Heather Watson, 142ª no ranking mundial, em dois sets, pelos parciais de 7-5 e 6-1, e foi afastada do quadro principal de singulares do torneio de Memphis, da série International do circuito profissional de ténis.

A tenista portuguesa mais bem cotada de sempre na hierarquia mundial ainda salvou sete dos 12 pontos de quebra de serviço de que a adversária dispos, mas não conseguiu evitar o desaire num encontro de 01h09 de duração.

A actual 201ª no ranking WTA ganhou dois jogos no serviço de Heather Watson

Claro que da notícia o mais importante é a Michelle ter ganho 2 jogos no serviço da adversária...depois passei para o Machado e fiquei mais calmo apesar da derrota pré-anunciada

Machado estraga saldo

Rui Machado entrou, ontem, para o encontro com o espanhol Nicolás Almagro com um saldo de oito vitórias e outras tantas derrotas em eventos do ATP World Tour. A aguardada derrota com o murciano, acabou por lhe conceder um saldo negativo.


Final
Colombia
F2 Futures 2011

Malek JAZIRI (TUN) (5) Vs Gastao ELIAS (POR)


Quando é que o Secretário de Estado abre os olhos e manda averiguar a sério o que se passa com esta modalidade!

Já chega de se pensar que é só azar, os fracos resultados face ao que o IDP gasta em apoios, e lamentavelmente verificar-se que os nossos atletas têm de emigrar para ver se jogam umas coisitas

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Hosno, caiu...

Nem só de Ténis vive um verdadeiro Homem

MUBARAK CAIU
18 dias de protestos põem fim a 30 anos de ditadura

(Carta Maior, 6º feira, 11/02/2011)



O setor da população egípcia composto por uma pujante juventude é o que está liderando a revolução.

O Movimento Juvenil 6 de abril formou-se no ano passado em apoio aos trabalhadores têxteis em greve na cidade egípcia de Mahalla.

Uma das fundadoras do movimento, Asmaa Mahfouz, que acaba de completar 26 anos, publicou um vídeo no Facebook no dia 18 de janeiro, dias depois de a revolução tunisiana ter derrubado o ditador do país. Asmaa disse:

“Estou fazendo este vídeo para lhes dar uma simples mensagem.

Queremos ir à Praça Tahrir dia 25 de janeiro. Iremos ali para exigir nossos direitos humanos fundamentais.

O setor da população egípcia composto por uma pujante juventude é o que está liderando a revolução.

O Movimento Juvenil 6 de abril formou-se no ano passado em apoio aos trabalhadores têxteis em greve na cidade egípcia de Mahalla.

Uma das fundadoras do movimento, Asmaa Mahfouz, que acaba de completar 26 anos, publicou um vídeo no Facebook no dia 18 de janeiro, dias depois de a revolução tunisiana ter derrubado o ditador do país. Asmaa disse:

“Estou fazendo este vídeo para lhes dar uma simples mensagem. Queremos ir à Praça Tahrir dia 25 de janeiro. Iremos ali para exigir nossos direitos humanos fundamentais.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Secular...

Egipto

Em que ficamos senhores da Comunicação Social Nacional

Millones se movilizan contra Mubarak

Miércoles

09 de Febrero de 2011

La multitud congregada en la plaza de Tahrir, que se colmó de carpas, desbordó el lugar y comenzó a marchar al Parlamento para sumarse a los manifestantes que allí acampan. Se trata de la mayor movilización popular en lo que va de las protestas.

Cientos de miles de personas se movilizan al Parlamento, enfurecidos tras el aviso de que los manifestantes que anoche acamparon frente al Parlamento para exigir la disolución de las cámaras iban a ser desalojados por la Policía.

Otras miles de personas están tomando el centro de la ciudad en dos grandes marchas, encabezadas por sendas banderas, entre gritos de "fuera, fuera" y recibiendo el apoyo de cientos de vecinos asomados a los balcones de sus casas.

Ayer en una nueva jornada de movilizaciones masivas, otras decenas de miles de personas marcharon por Alejandría, la segunda ciudad egipcia, mientras que las protestas afectaron por primera vez al canal de Suez, cuyos trabajadores iniciaron una huelga.

El vicepresidente egipcio, Omar Suleimán, encargado de las negociaciones con la oposición, aseguró que el Gobierno elabora una "hoja de ruta" para un traspaso pacífico del poder con un calendario fijo, que incluye la creación de tres comités para modificar la Constitución e impulsar las reformas.

Suleimán, ex jefe de los servicios de Inteligencia y el primer vicepresidente egicpio en 30 años, aseguró además que el Gobierno no perseguirá a los manifestantes que, desde hace dos semanas, exigen el fin del régimen de Mubarak.

Durante las protestas, no siempre pacíficas, al menos murieron 302 víctimas mortales, según los datos preliminares de una investigación a cargo de la ONG Human Rights Watch.

El vicepresidente egipcio precisó que Mubarak firmó el decreto para la creación de un comité integrado por 11 magistrados y otros juristas y presidido por Sirri Mahmud Siam, que se encargará de reformular la Constitución en las próximas semanas.

De esta manera, Mubarak está cumpliendo una de la exigencias más importantes de la oposición y de los manifestantes, informó la televisión estatal egipcia.

La reforma de la Constitución busca sobre todo flexibilizar las condiciones para que un candidato pueda concurrir a las elecciones presidenciales y limitar temporalmente el mandato presidencial. Hasta ahora, Mubarak era confirmado en el poder para periodos de seis años.

El segundo comité dará seguimiento a los acuerdos logrados con la oposición como el fin de la Ley de Emergencia, vigente desde 1981.

Suleimán negoció el fin de semana con una amplia gama de grupos opositores, entre ellos la proscripta Hermandad Musulmana, con los que también acordó ampliar la libertad de información en Internet y celebrar nuevas elecciones para aquellos escaños que son objeto de disputa en el Parlamento.

En los próximos días también se creará un tercer comité para investigar los ataques lanzados el pasado miércoles por seguidores de Mubarak contra manifestantes antigubernamentales, que dejaron al menos 11 muertos.

Suleiman dijo a la televisión estatal egipcia que Mubarak también prometió no perseguir a los que protestan o restringir su libertad de movimiento ni negarles el derecho a la libertad de expresión, informó la agencia de noticias alemana DPA Según las primeras investigaciones, algunos de los supuestos defensores del régimen de Mubarak que atacaron a los manifestantes de la oposición, el miércoles, eran criminales a sueldo, a quienes se les prometieron la anulación de sus cargos si conseguían disolver las protestas Asimismo, otros supuestos defensores del régimen eran funcionarios de la seguridad vestidos de civiles, según la prensa.

Decenas de miles de personas llegaron a la plaza Tahrir (llamada Liberación), uniéndose a las personas que ya estaban allí desde hace días, llenándola completamente por tercera vez desde que comenzó la movilización el 25 de enero.

Mientras tanto, Mubarak recibió ayer al ministro del Exterior de los Emiratos Árabes Unidos, Sheij Abdullah bin Said al Nahjan, informó la emisora Al Arabiya.

Los líderes de los Estados del Golfo están en general contra una rápida dimisión de Mubarak, ya que podría desencadenar protestas de las oposición en sus propios países.

sábado, fevereiro 05, 2011

O encontro

Brilhava o sol nas minhas costas ao dirigir-me para a estação do Metro de superfície daquelas que um gajo apanha um briol do “carago” no inverno para além dumas rajadas salpicadas de pingos de chuva fria e desagradável, para além de ter de escutar um “foda-se caralho puta que pariu o frio” da boca de uma velhinha cuja reforma oscila entre a miséria e a falta de granel para comer carne uma vez por mês,

mas cujo gestor! desta “companhia” que anda em cima de carris ganha a módica quantia de 96 ML euros de mensalão numa empresa que tem um prejuízo anual de 138,400 ML - ões/ano, isto tudo sem qualquer pudor ou cobertor.

Ao chegar aparelho de passar o passe e dar green, reparei na pouca afluência de gente. Instintivamente olhei para o telemóvel para ver as horas e verifiquei serem 13:20 h, o que me levou a concluir estar-se na hora do almoço, ou, por se tratar de sábado os miúdos das escolas circundantes ao local estavam a dar cabo da paciência aos avós.

Esperei pouco mais de um minuto, penso que não chegou aos dois, quando se escutou o apito do comboio a chamar à atenção para não se descuidarem ou esperam pelo próximo.


.Entrei calmamente, direi espaçadamente e tive o privilégio de escolher a carruagem; fiquei como quase sempre em pé, olhando as pessoas que viajavam e surpreendeu-me verificar que havia muita gente a ler livros, na esmagadora maioria, direi até 99%, eram mulheres – os homens liam as páginas de futebol dos jornais de desporto. Portas fechadas e o metro lá segue a sua rota, até à estação seguinte; estava tão distraído que nem reparei se era a da Rotunda, mas certamente não ia em direcção a Matosinhos disso tinha a certeza.

Dois minutos tardou a máquina em parar; distraidamente mas com curiosidade reparei nas pessoas que entravam, até que uma rapariga vestindo um facto de treino, calaças cor de cinza rato velho, e o resto tapado pelos sacos, falando ao telemóvel, fez sinal na minha direcção, com o ar mais natural deste mundo, como se me conhecesse seguramente há 10 anos.

Retribui o mimo com outro sinal, do tipo eu!!! e ela nem dando tempo a recompor-me do espanto, começou a dirigir-se até ao local onde me encontrava sempre com o “telelé no orelha”, até se postar em frente, olhando-me com ar de gozo, mas sem desligar o aparelho. Claro que me senti a fazer figura de tolo, com todo o macacal a pensar ‘mas que grande engate’, até ao momento que ela termina a conversa e se dirige a mim.

- Olá estava a falar com a minha colega...

Retorqui com um oláááá; até aí percebera que falava com alguém que estava do outro lado da chamada, mas não imaginava quem era aquela rapariga atrevida se bem que a cara não fosse totalmente estranha, não o rosto em si, mas um certo trejeito de boca no falar.

(Não meus amigos e amigas nada disso; a vida prega-nos imensas surpresas e elas vêm de onde menos esperamos)

- Não te lembras de mim?

E veio mais um momento de silêncio, de mistério, quase uma cena empolgante do Titanic – ela olhando e gozando e eu...feito cabra pela falha de memória.

Aproximou-se um pouco mais, quase roçando-se, e reparei que tinha uns olhos bonitos, matizados de verde e castanho, um brilho enfático por detrás do sorriso quase lágrima de alegria – e continuava a mirar-me docemente.

É nestes momentos, em público, que sentimos que somos de facto frágeis – pelo que auto-aconselhei a não dizer nenhum disparate; silêncios que valem por oiro.

- Sou a XXX do YYYY do “Parque Nascente”, como estás! Já passaram tantos anos...

Porra para as carruagens que não têm um buraco para um gajo se esconder. A memória viajou para a década anterior, e visualizei o rosto, o balcão a loja e recordei-me dela, menina, talvez com 18 anos, simpática e sempre pronta para conversar comigo – e lembrei-me de um almoço que fizemos em conjunto com uma amiga dela, numa tarde sem registo, mas agradável.

- Já me lembro, bem olhava mas não chegava lá – como estás por ondes paras !!!

- Trabalho numa empresa de telelés e estudo desporto, sabes, já estou com 30, diziam-me que não tinha idade mas sinto-me bem e tomara muitas mais novas serem como eu, e só estou arrependida de não ter seguido o teu conselho; devia ter retomado os estudos naquela altura, mas...

- Deixa lá, ainda és muito nova e fizeste bem, oxalá ‘outros’ te seguissem o exemplo.

- Estava a falar com uma colega que é professora,

- Deu ara perceber, mas fico contente saber que estás bem.

Naquele tempo confidenciava-me os seus problemas – penso que encontrava em mim o suporte que certamente não tinha familiarmente – e foram as vezes sem conta que lhe dissera que voltasse a estudar que balconista não era futuro para alguém com capacidade e nível intelectual que ela apresentava. Claro que outras confidências guardara-as tão fundo que já não as recordava.

Lá fomos conversando, dialogando, rindo, brincando, o Metro andando e a dívida aumentando a cada metro, quilómetro, a cada funcionário ou segurança de empresas Privadas a fazer o que devia ser feito por menor custo por fiscais internos, mas que se assim fosse a dívida não crescia e alguns que vegetam à custa da vilipendiarem o nobre erário público, não se governavam com as luvas que ainda não têm cotação de mercado.

Estação da Trindade, blá blá blá...

Perguntei-lhe se saía ali, ao que respondeu com simplicidade, saio só na próxima, sem fazer tensões de se despedir antecipadamente.

E lá fomos contando a nossa vida; eu contando as tristezas que crescem na estrada para a velhice e ela cantando a alegria a caminho dum curso superior e ambos satisfeitos pelo encontro.

Aproximava-me a estação da despedida, e com ela o silêncio da despedida – vemo-nos por aí – deixámos escapar quase em coro.

O metro parou. Aproximou-se ainda mais de mim, abraçou-me passando um dos braços por cima dos meus ombros, deu-me dois beijos e disse-me ao ouvido – obrigado, foi tão bom ver-te.

Saiu como entrara – não me perguntou onde me encontrar nem eu lhe pedi o paradeiro. Aquele encontro estava marcado, e selado com uma estranha amizade. Ela nunca esquecera o meu rosto, e eu, os conselhos que lhe dera. Não sei que direcção tomou, não olhei para o lado de fora da carruagem mas estou seguro que ela não se voltou para ver o Metro arrancar.

Pensei nela quase menina, agora uma mulher verdadeira, segura; trabalhava para ganhar o que lhe pagavam de vencimento e estudava para ser uma doutora. E pensei na minha gente, no povo de Amália, na fé com que certa juventude ainda acreditava no futuro e no país, e dei comigo a interrogar-me se este Governo, se estes Partidos, mereciam ter esta gente para fazerem deles bonecos de matraquilhos.

Estação de Campanha; apeei-me e segui em direcção ao autocarro. A viagem de regresso a casa ainda não terminara, a tarde mal começara e a fome começava a apertar.

Já em casa, abri uma garrafa de maduro tinto, coloquei 1 dedo de vinho num copo, depois juntei dois de leite meio gordo fresquinho e preparei o Adolfo’Baileys

 
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