segunda-feira, dezembro 22, 2014

Olá de novo

sexta-feira, dezembro 12, 2014

DE MEUS AMPAROS

E assim fui construindo o meu passado

 BOM NATAL







terça-feira, dezembro 02, 2014

Prenderam-no...



PRENDERAM O BENFEITOR


A história que aqui vos conto podia ser verdadeira; era uma vez…
Num país onde tudo se privatiza até o ar que se respira a água que se bebe e estando eminente regulamentação para lançar impostos sobre os sonhos,  criando depois uma empresa pública para colocar à venda no mercado dos malfeitores, escutei num dos bares do aeroporto Sá Carneiro, uma conversa entre João Benfeitor que comentava com o amigo que o acompanhava ter, nessa mesma manhã do 1º de Dezembro, dia da restauração, saído da prisão privada, onde estivera muitos anos por um crime que o próprio repudiava jurando pelos filhos que mais tinha de sagrado nunca ter cometido o crime de pedofilia de que fora acusado.
Dolentemente despediu-se do amigo dizendo, que por castigo embarcava sem rancor deixando para trás e para sempre uma terra em nunca conhecera o caminho para o paraíso.

Senti temores pensando que podia ser eu o benfeitor e questionando-me quantos amigos me esperariam à saída de Custóias ou Caxias, e já em casa escrevi um poema que se foi perdendo na memória e no tempo enclausurado entre a velha papelada que guardo como se fosse um arqueólogo, conservando os escritos até que um dia a alma farta de padecer me leve para os quintos do inferno.

A 01 de Dezembro de 2014 achei oportuno revê-lo lendo-o ao som deste cantante assassinado pelo simples facto de ter nascido “culpado de ter nascido”

Como Benfeitor e Facundo, também gostava de estar estirado na areia até que a cobiça dos homens destruíram os areais da minha juventude.


Inácio
(1/1/2014)
 
Nasce o sol entre grades e cedo
torra último sonho da alvorada
na cela onde nunca morou medo
acariciando uma pele enrugada

Para trás um sinuoso universo,
crimes por provar em julgamento.
- E vergado ao despacho adverso
mataram-lhe ‘esperança sem lamento

Fora esvaiu-se o tempo inexorável;
_ dentro já não rolavam lágrimas
esquecido o significados de mágoas

Vendo presidiário a lei favorável
alisa os cabelos da liberdade
rompendo as ataduras da saudade

(- Questiona, se ‘condenou u´culpado,
o juiz, de um crime não consumado!)

Cito Loio


sábado, novembro 29, 2014

És tu...


Certo dia numa tertúlia, lendo um dos meus poemas eróticos um senhor insinuou ser um gajo com língua suja, ordinário.
Desconhecia o imbecil, que para além disso tudo que me chamou, também sou um homem que treina muito a arte de escrever e trazia esta coisa preparada e simpaticamente dediquei-lhe o escrito.


ORDINÁRIO EU!
(àsvezestoupráquivirado)

Lambia-lhe as bordinha da cona,
enterrava-lho grosso na peida,
e aprisionado os cabelos sem dó
obrigando-a ‘chupar o mangalho.
fazia-lhe um poema c’ o caralho

Depois  armava uma tenda de lona
acariciava-a de forma meiga,
e ao jornadearmo-nos pelo rio Pó
obrigava-a ‘chupar o mangalho
q’ a malta adora poemas do caralho

Insultas-me não andar na Zona
ou pertencer à tua honorável seita!
- Verdade, sabido detestar Rócócó,
por isso pirar-te, vai tomar no cu,
visto aqui 'único ordinário seres tu.

Cito Loio



quinta-feira, novembro 20, 2014

Trabalha como escravo?

COMPLACÊNCIAS FARAÓNICAS

  
 (Ao senhor Carlos Costa presidente do B.de P. relativa à notícia do JN de 18/11 e relativo ao caso BES e a considerar que lá trabalhavam como escravos para…)

A Exª desconhece por certo, e a isso chama-se ignorância, que os “Escravos” ao invés de labutarem de fato e gravatas, relógios de ponto nos sapatos, usavam Pulseiras nos pés; as Grilhetas.
Perante a grave e condenável situação de indigência em que se encontra, nada lhe cobrarei pela explicação e ainda ofereço uma peça escrita por um cidadão a caminho da escravatura.
 


Hoje, implacável, vejo mundo igual
d’ancestral China ao velho Portugal
pois a mesma sacanice impera
já sem faduchos à cantadeira Severa

-Apetece lançar bombas d’hidrogénio,
limpar o sebo ao primeiro génio
que armado proprietário da verdade
governasse o país com maldade
vendida ‘alma aos novos mercadores
a troco de «mercies e dunkas» favores
pagos com “transferes” cheque falso
sem haver quem ‘conduza ao cadafalso

Hoje, seria ‘Homem mais respeitável
se acaso a Lei de jeito implacável
tirasse a tosse aos finórios corruptos
que fora Estádios “nos dão chutos”.

(Poupava-se as pulseiras electrónicas
sem complacências faraónicas)

 Cito Loio

quarta-feira, novembro 19, 2014

Só ao meu colo...

Novembro, para os que me conhecem e sabem um pouco da minha história é um mês enlutado, difícil de digerir, e à medida que vou "crescendo" cada vez mais se torna difícil enfrenta-lo, para além que a solidão não ajuda.
No entanto quando 2 alunos do curso de Psicologia em fim de licenciatura me pediram para colaborar na feitura um trabalho para apresentarem na Universidade Católica relacionado com Envelhecimento Activo  não hesitei.
Foi um prazer, e os 3 grandes pontos para esse envelhecimento ser activo e positivo foram:

1- Ter dinheiro suficiente para não se enclausurarem
2- Dançar, como forma de libertação do corpo e combate ao sedentarismo

Claro que o 3º ponto não foi transcrito para o trabalho pois referia ser um dos pontos para que vivêssemos activamente, "mandar à pata que lambeu os gajos que nos lixam" desopila o fígado...

Infelizmente só posso deitar mão a este último ponto que o 1º está fora de questão, e para o 2º falta-me parelha, mas lembrei-me de dizer isto a uns amigos que se ofereceram para me visitarem
«Meus caros a minha casa é tão pequena que só posso receber 1 senhora de cada vez dado que tem de se sentar ao meu colo...!»

 
Entretanto continuo a carpir mágoas

AOS MEUS O QUE NÃO OUSO
.
 .
Ó memória não me impeças repousar
  de meus cuidados, de meu lamento
  dum luto nunca deixado de acarretar.
  _ só aliviado quando me for de momento!
.
 Por não conceder à pátria exigência
  mitiguei revoltas com brandas mágoas
  aspergido meu fado e pela ausência,
  partido os meus, exauridas as lágrimas
.
 Longe a sepultura, perto o desfavor
  das carícias que não espero no repouso
  onde afronto demónios sem temor
.
Arredado porém, da vida os horrores,
  o q’ora sinto a meus filhos dizer não ouso
  pois dizê-lo, era avocar só desamores
.
 .
Cito Loio
  14/11/2014
 



segunda-feira, novembro 17, 2014

Sr. Miguel Macedo, é para si este poema...


PREÇO DA SOPA
 

 

Entristeci-me perante a declaração do senhor Miguel Macedo anunciando pelas razões que só a ele cabem o seu pedido de demissão do cargo de Ministro da Administração Interna,
Pena não tenha declarado que este país precisa, não de um Banco Novo ou vistos gold mas sim dum partido novo o “VENCEMOS”.
 
 
 
Porém perante tanta tristeza arranjei engenho sem arte para escrever este poema a pensar no seu futuro e que lho ofereço publicamente com o respeito que me merece
 

  
Há muito que choram ‘ruas do país
vendo nas alçadas d prédios tristonhos
profundas rugas nas sujas paredes,
e de abertas brechas nos alicerces
treme desuna a pátria de pobreza
ruídas serras e montes, secos os rios
vales onde se afundaram esperanças
 
Ó Lusitanos!_ mirrou-se-vos a raiz
esfumados num Abril os sonhos?
- Cativo, teus marujos noutras redes
já só navegam nas próprias preces,
enquanto ‘povo clama por pão à mesa
ajoelhado `força de mercados ricos
pagando sopas c’ sonhos de crianças
 
Longe dum tempo e dum tempo ido
tomava pequeno almoço à inglesa.
 
Veio a revolução, e empobrecido
já nem merendo sentado à mesa.
 
 Cito Loio
17/11/204
 
 


sábado, novembro 15, 2014

Que ninguém duvide dos meus sonhos



SEMPRE SEREI NOBRE
 
Sempre serei nobre dum remoto império
trazendo na alma perfume de cemitério,
e em cada clarão no empíreo estrelado
gravado ‘chagas de um  malogrado fado
limpa ‘rebeldia por desconhecidos trilhos
conservei nome prova de reconhecido filho
 
Desconhecedor de náuseas por vertigem
nunca renegada a cor doada desde origem
por ela só e por perdimento de nha terra
carpi em silêncio lutos de contínua guerra
sem exprobração ou excessivas condenas,
renegociando prudente intrínsecas penas.
 
Num acto consciente q’ me torna exemplo
dispensadas tatuagens que nada traduzem
votei por respeito tantas páginas ao vento,
 
e afadigado, e por percalços inconcebíveis
concluí, que as mágoas nada conduzem
e revoltas tornam os homens permissíveis
 
Cito Loio
9/11/2014
 

 
 

quinta-feira, novembro 13, 2014

Obrigado Roberto Carlos...

DE QUEM EU GOSTO
(só ela sabe)

Pela janela do meu quarto
passam duas nuvens de sonho;
_ por uma passeia a saudade
noutra, sentado um pintor
ilustra sublime um quadro,
transformando u' rosto risonho
numa aguarela de verdade
acentuando os tons do amor

Cito Loio
(Inácio)

quarta-feira, novembro 12, 2014

E que me sobre a saúde,

 
 

TUDO SOBRARÁ
 


 
Viajo num canoa sem remos, içadas velas
véu de momentos, cortinas na janelas
de onde um passo vacila noutro passo
aberto por calçadas vincando negro traço
por vielas onde colho u’ nova tristeza
antes de sentado sem ela à mesma mesa
 
Outro passo dado sem cautela, erro crasso
um sorriso que se fecha em cortina de aço
corrida sobre um manto de esperança
armadura d’alegria em tempo de bonança
 
Por conclusão levarei da vida silêncios
maus cálculos em desportivos compêndios
que ninguém quis ler nem comprou
ficando-ma saldo tudo pois tudo sobrou
 
 
Cito Loio
25 a 26 Setembro 2014
 
 

 
 
Simplesmente fantástico Caetano, Obrigado

 


 
 

segunda-feira, novembro 10, 2014

GRITOS, SONHOS, REVOLTA

 
 TANTOS GRITOS, TANTOS SONHOS, TANTA REVOLTA
 
Porque um dia jurámos criar um “novo” País, quando os nossos sonhos de juventude tinham a força das tempestades, os nossos olhares se perdiam na imensidão de um Continente, que vai morrendo destruído pela insanidade dos arautos da civilização moderna?
Quantos jogos jogámos, quantas voltas volteámos, quantas gargalhadas soltámos num palco giratório lá para as bandas do Aviz
Não sabes, nem te poderei contar o quão difícil é lutar sozinho pela existência durante tantos anos o quão difícil sofrer durante mais de metade dos anos que levo de vida, e o quanto amarga esta solidão
Nunca mais te poderei dizer o quanto significavas para mim, mesmo na distância; nunca mais ouvirei, entre um sorriso de malícia, a tua voz “xexexe”, és louco, deliciosamente maluco, eh! mas bonito
Ai, que me dói o pensamento ao rever, bailando entre o Inconsciente e o Subconsciente, as guerras de palavras que travámos, em tantas viagens interplanetárias que gizávamos, apontando o céu límpido da África profunda, visualizando filhos libertados, a opressão repudiada, e a igualdade conquistada
 
Como eras linda, Kim

Tantos gritos, tantos sonhos
Tanta revolta activa deixada por fazer
 
Porque tinhas de ser vítima!
Porquê! a fantástica Descolonização!
 
Porque havias de ir para Timor!
Porque havias de me deixar sem abrigo!
 
Para que tinhas de ir para Cuba
Para quê esse jeito de “Che”!
 
Para quê tanta luta!
Para quê tanta perdição!
 
Não chegava Mavinga, barra do Kuanza!
Não te chegava a Ilha ou o Mussulo?
 
Não era suficiente o palco da Fama!
Não te chegávamos «nós»


Sempre teu, Inácio

sexta-feira, novembro 07, 2014

Ainda não morri,,,

Já estão escritas 170 estrofes (1360 versos) do poema e ainda só estou no início do de 1970
  Para Camões Que São as Minhas 




Vem devagar, vem lsnguidamente
abstém-te afirmares ser casta
que para abstinência quanto basta
tive amores prostituídos de frente

Mas vem , vem e seja como desejas
pois bem vinda (amiga) serás
recebida sem trono, rainha terás
o que qualquer princesa almeja

Terás um coração entusiasmado
um castelo com ponte levadiça
cavalos burros, este aio abonado,

perus a alegrar 'Natal, bem passado
Carnaval sempre de piça afiada
que a mim basta o grelo bem lavado

Cito Loio









sábado, novembro 01, 2014

Igual a ti

Hoje
"Dia de Todos os Santos"
61 anos depois, eis-me a dizer-te que nunca deixei de te amar. Se o pai estiver contigo diz-lhe que ele tinha razão quando um dia me disse "és igual à tua mãe".


Diz mãe por eterna que seja a defensa
razão severa deste castigo atribuído;
_ que crime meu é merecedor de castigo
nesta noite escura fria e densa
.....
- Diz se minha hora esta perto!
- De que cor me deverão vestir!
 - Devo ir de fato ou bastará partir!
- Tomar-me-á o anjo negro ainda desperto!

 

Pergunta a Deus se naquela noite d'alegria imensa
ter nascido foi para Ele tão grave ofensa!

 Cito Loio

(Talvez hoje verta uma lágrima pela sua eterna ausência)












quinta-feira, outubro 30, 2014

QUE SÃO AS MINHAS

Um dia fica pronto, para já estão apenas 151 estrofes concluídas

 PARA CAMÕES QUE SÃO AS MINHAS


150
Viessem batalhões, os submarinos com torpedos,
 as fragatas motorizadas naus com velas rotas
mais cómicos filmes prezando extra terrestres
que nos pátios dos liceus, tão díspares enredos
davam a históricas páginas corpo, desnudas roupas
esquecida Morgadinha dos Canaviais, campestres,
perante um tempo de revolucionários amassos
com beijos de pólvora amor d'inquebráveis laços

151
  Assaltava a loucura jovens em plena emancipação
impossibilitado governo colocava espessas vendas
nos olhos de quem queria guiar o seu próprio destino.
- O manto da monarquia ensanguentado pelo chão
fora curto, a retalho não servia para 'encomendas
pois Kuanza Sul perdera já seu máximo paladino
assassinado por haver vultos que causam sombra
a quem o genocídio não arrepia ou sequer assombra

152





quarta-feira, outubro 29, 2014

Sou a extensão dela



SOU EXTENSÃO DO POETA LUSO


Durante 61 anos percorri longo caminho para encontrar em desafio o Poema. Permiti que a poesia vencesse todas as batalhas, e meu génio apenas fosse uma ilusão, vontade de menino, birra de criança.
Pelos meus filhos que abençoaram amores desmedidos, passando muito além das suas mães, escrevo este poema à avó que nunca conheceram, antes que se me perca a memória.,



Sou o que gostaria ser qualquer poeta;
_ Homero, Garcia Lorca, Bocaccio,
Pessoa, Ary, Bocage, Antero ou Zeca
porque sou desde nascença Inácio!

Sou consequência dum velho império
sem pai, perdida a mãe à nascença
enterrada num extemporâneo cemitério
que da memória me roubou a crença.

Sou antigo combatente, sem opositor,
revolucionário, quiçá ser impoluto
que a justiça humana traiu, por favor,
violando a lei protegendo ‘corrupto!

Sou o que nunca meu pai quis q’ fosse,
erudito dessas tais cousas patéticas
escritas c’ palavras de sabor agridoce
denominação; exímias artes poéticas!

Sou mais uma extensão do Poeta Luso
guardando a arte posta em soneto
que a poesia é mais que este verso luto.
- É um sonho mantido em segredo…


Cito Loio

 
Web Analytics