Chove molhado no mês d’agosto
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CHOVE MOLHADO
NO MÊS D’AGOSTO |
Telefonou um certo Elefante trombudo
Ao abdominoso Hipopótamo amigo pançudo
A confessar sua desmedida surpresa
Por algo visto e de que tinha toda’ certeza
Ilustre paquiderme não faça na selva’alarde
Sobre o que presenciei ontem de tarde!
Um gatarrão beijava peluda ratona
Garanto que não era bichinho de zona!
Depois um leão assinar o tratado de paz
Subscrito por uma zebra, é bem capaz!
Um crocodilo dizia adeus ao bezerro
_ Amigo juro que não sei onde está o erro!
Mas mais m’admirou dois namorados
Passeando de mão dadas e agarrados!
Linguado sem piercing, apalpão no traseiro
Ela bem vestida, ele prazenteiro
Quase q’escorregava, vindo da floresta
Ao ver um puto de Rayban – que festa!
Ajudava solícito, uma velha, já a arfar
Q’atravessava’ rua, e sem cobrar!
Se não bastasse demonstrou educação
Ao evitar o desusado desporto do esticão
De tal que, a minha tromba, ó!
Q’ distraído ia atropelando um popó
Vi ainda os Clérigos no Terreiro do Paço
O Cristo Rei d’Almada dobrar o braço;
fazia manguitos na direcção do parlamento
Aos deputados que dormem em S Bento!
Ontem tive quase’ convicção absolutíssima
D’estar perante a concepção belíssima
De um novo mundo renascido
Ulteriormente ao homem ser extinguido
Caro Arranca-pinheiros, alucinação sua
Devia andar com a cabeça na lua!
Vá-se tratar, vite, ou a sua lady B’rrigona
Dá-lhe cabo dessa longa e oca mona
Deixe de pensar em salvar este mundo
Antes q’a savana seque e tudo se afunde,
Passeie-se à sombra, evite as lombas;
Alegre-se! Basta já o dia estar de trombas.
Cito Loio
6 Agosto 2011
(dia de chuva)
Ao abdominoso Hipopótamo amigo pançudo
A confessar sua desmedida surpresa
Por algo visto e de que tinha toda’ certeza
Ilustre paquiderme não faça na selva’alarde
Sobre o que presenciei ontem de tarde!
Um gatarrão beijava peluda ratona
Garanto que não era bichinho de zona!
Depois um leão assinar o tratado de paz
Subscrito por uma zebra, é bem capaz!
Um crocodilo dizia adeus ao bezerro
_ Amigo juro que não sei onde está o erro!
Mas mais m’admirou dois namorados
Passeando de mão dadas e agarrados!
Linguado sem piercing, apalpão no traseiro
Ela bem vestida, ele prazenteiro
Quase q’escorregava, vindo da floresta
Ao ver um puto de Rayban – que festa!
Ajudava solícito, uma velha, já a arfar
Q’atravessava’ rua, e sem cobrar!
Se não bastasse demonstrou educação
Ao evitar o desusado desporto do esticão
De tal que, a minha tromba, ó!
Q’ distraído ia atropelando um popó
Vi ainda os Clérigos no Terreiro do Paço
O Cristo Rei d’Almada dobrar o braço;
fazia manguitos na direcção do parlamento
Aos deputados que dormem em S Bento!
Ontem tive quase’ convicção absolutíssima
D’estar perante a concepção belíssima
De um novo mundo renascido
Ulteriormente ao homem ser extinguido
Caro Arranca-pinheiros, alucinação sua
Devia andar com a cabeça na lua!
Vá-se tratar, vite, ou a sua lady B’rrigona
Dá-lhe cabo dessa longa e oca mona
Deixe de pensar em salvar este mundo
Antes q’a savana seque e tudo se afunde,
Passeie-se à sombra, evite as lombas;
Alegre-se! Basta já o dia estar de trombas.
Cito Loio
6 Agosto 2011
(dia de chuva)
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