10.000 noites...!
Este poema foi escrito entre Agosto, corria o ano de 74 - Angola.
- Como sei que foi nesse mês! Em Luanda o tempo fresco era quando os Tugas iam de ‘vacances’ para a praia na metrópole , e os meus lá da banda gramavam férias no cacimbo!
- Em 2002 regressava de Girona e escutei esta canção que me ficou gravada, e com ela ilustro o poema, porque de facto só 38 anos depois encontrei algo que se entrosa com o meu sentir da altura.
-Tinha «poucos dias e muitas noites», assim me obrigava o facto de ter jurado bandeira pelo exército português, mas nem trinta e seis me fizeram esquecer…
- Quero dedicar este post (poema e música) à pessoa que viajava comigo nesse ano distante de 2002, dizendo-lhe apenas: _ QUE PENA NUNCA TERES CHEGADO A CONHECER O CITO – na sua terra natal.
. .
Passos da Lua
(Luanda, 1974)
.
Noite fria, triste Negra e esquiva A cada passo Em cada esquina A cada Paço Gente em noite fria Navega rumo ao perdido Que nunca mais se acha Que nunca mais se procura; Nem essa gente escura De escuras maldades acha É noite A noite avisa, chama Provoca, atiça! Envolve-nos com doçura E beija-nos com ternura. Tu, estádio feito para amar Sabes cativar Cantar, dizer Palavras para exaltar. Eu sei… Noite fria, triste Negra e esquiva Eu bem sei! Foste feita de efeitos Não tens preceitos Nem (concebes) conceitos Destróis preconceitos; Abres o coração ao peito E deixas com sorrisos Que acendam em ti Mil velas, mil velinhas E finges não saber que senti Ah! Noite raivosa! Mordes em mim Como se fosse amostra Presa por (simples) laços Em noite fria, triste Negra e esquiva, A cada passo | Cito Loio |
Sem comentários:
Enviar um comentário