sábado, março 24, 2007

CALOTEIRO?

Segundo um comentador, parece que senhorio do Adolfo levou uma golpada do seu energúmeno inquilino? E eu que desconhecia tal «atributti» do «passarão».
Claro que não quero saber das vitórias da Michelle, ou se o DTN meteu água porque mar é o que não falta à volta de Key Biscayne e o Bollitieri nem deu pela falta dele, ou se o presidente da Fede" foi eleito com os votos ilegais de algumas associações, a E.T. Maia não podia votar na assembleia da associação nortenha ou a actual direcção da associação do porto está ilegal ou não, se a câmara Maiata não está filiada nem pode, se as associações não podem intervir fora do âmbito do desporto federado, se há dinheiro ou não para pagar excursões à Disnelândia ou à Merdalêndia.
Nada disso me interessa ou é importante agora, porque importante é o ex senhorio, que ocupava à data um cargo de director e ainda anda lá pelas bandas da A.T. Porto ou pelo menos aparece nos encontros com Galegos, começar a pensar em esclarecer publicamente sobre o que anda por aí em sussurro:
Que Adolfo Oliveira não pagava a rendas de casa e por isso foi “corrido” da Associação. Espera-se que até ao dia 10 de Abril do corrente ano, se possa contar com a versão do próprio, sem preocupação sobre se declarou ou não a “pasta” ao Fisco, e até sendo indiferente que leia ou não este blog; se não lê era bom que alguém o aconselhasse a começar a ler.
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Passando para algo diferente: João Calheiros Lobo, mais uma vez aqui estou e para te dizer que este espaço também é teu, e como vês a calúnia e a miséria humana não foi irradicada no 25 de Abril.
Podes apresentar artigos de opinião, não través de coments, porque comentar só lê quem "busca", mas em “post” utilizando e-mail para enviar as tuas opiniões ou mesmo artigos científicos.
Falaste em África!!! Veio à memória parte da minha vida passada naquelas longínquas paragens. Lembrei-me de um amigo meu, talvez o meu maior amigo, que em conjunto com a Kim Carmo Baião organizou o último Sarau “digno” desse nome promovido pela comissão de finalistas do Salvador Correia; que sucesso que aquilo foi.
Estou a ver, como se fosse hoje a cara das mais de 1500 pessoas, mais Governo Civil reitor Patrocínio e Madame Furtado profs e outras personalidades de peso, alguns pagando uma pipa de massa na 1ª fila, (borlistas só os “patos” e os jornalistas), quando contrariando o programa, em vez do Alto da Barca de Gil Vicente o meu amigo mandara ensaiar na calada da noite outras coisas bem mais interessantes e escaldantes; E eis que o Zé Carvalho transforma o grande monólogo”Ovrede Tabaka” de
Anton Tchecov numa hilariante comédia. Que talento Zé!!!
Imaginar o ahhhhh! da plateia ao escutar o discurso de Um Homem na ONU de 1968, ou silenciar-se perante um quadro vivo em tributo a Fernando Pessoa, em O Menino da sua Mãe, superiormente declamado, com o Beto Portugal vestido de farda do exército colonialista!!! barbas tipo Che deitado e ensanguentado…-
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No plaino abandonado
Que a morna brisa aquece
De balas trespassado
Duas de lado a lado
Jáz morto e arrefece…
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Caía-lhe da algibeira
A cigarreira breve

Claro que escusado será dizer-te que esse meu amigo teve que explicar muito bem a afoiteza pois deu de trombas com a Pidesca, que às vezes prendia inocentes e deixava em liberdade falsificadores, traficantes e outros atributos que levam os homens a serem considerados grandes dirigentes. Só não aconteceu nada de grave porque no final, uma plateia a aplaudir em pé durante 15 minutos um espectáculo big dimensional para a época, em que o Carlos Marques director da Sulcine (Sociedade Ultramarina de Cinema) quis trazer para a Europa, somado aos rasgados elogios nas 1ª páginas dos jornais diários, que tinham e têm muita força persuasiva, se acaso acontecesse algo, não ia cair lá muito bem mesmo cá para as bandas do Palácio de Belém; um abraço para o Camilo R. Vaz e para amigos dos mergulhos na piscina do Palácio na Cidade Alta.
Ainda há quem julgue neste paraíso tenista que organizar um torneio de ténis é obre adamastora.

Imagina que esse meu amigo teve a ousadia de por em pé uma Lição de Patinagem, dada em cima de um palco giratório em que se pode ver num certo ensaio a monumental cena de uma Ana Fonseca rabo para o ar aos berros, pedindo que ninguém se mexesse, para não lhe pisarem a lente de contacto, que naquele tempo só havia de vido; isto num palco de 16 de largo por 8 de fundo em soalho enegrecido. Um beijo Ana.
E o Black Swan Pas de Deux do Lago dos Cisnes, coreografado pela falecida Vita amiga da tia Alcina, que teve a trabalheira de fazer parte do guarda-roupa para algumas peças.
O Hipólito de Andrade e o Maló na sua actuação de Jazz and Blues? Fantástica aquela combinação de Black and White (o Hipólito era preto e Maló cor de leite)
Ah! Não dá para esquecer do lançamento definitivo do trio Marinho, Gama e Poittier, e as suas baladas do tipo “Esta Balada que te Dou” É! é esse mesmo Gama… da eurovisão, que era um pau de virar tripas e depois, vamos engordando com os anos e com a preocupação de pais.
Nunca mais vi essa gente, nem o João Eloy que escreveu “O Cabotino”, o Tomaz Pedro Ortet Veiga, Dino de Morais da secretaria do liceu, grande amigo preto por fora e de uma grandeza de alma por dentro, a lindíssima Gagá O. Lima a Maria Teixeira, Anne Vaniffe, a Paula Varela, a Ana Seixas, o falecido Necho o Tó Moisão que deve ter hoje para aí uns 65 anos se Deus ainda o não chamou, e outros tantos que tornaram a minha juventude mais humana e mais rica...E quando esse meu amigo escreveu coreografou e dançou com a Kim e um elenco de mais de 20 alunos, dos 10 aos 20 anos, uma peça de dança moderna concebida a partir de um sonho do João Carrapato, com música dos
Deep Purple Child in Time, contando a guerra entre gerações vindouras e o renascer de uma nova humanidade mais humana, socialmente mais unida e solidária; isto para um miúdo de 19 anos era obra; estava-se em 1972, era um visionário louco sonhador, mas tinha uma das mais famosas gargalhadas de Luanda. Um dia conto a história da «The ChanxoCobernaix Rock Band».
Que saudades tenho desses tempos e dos amigos: Um abraço a este meu especial amigo, que sinto que está vivo, e espero que um dia apareça, e com talento ajude as pessoas de boa vontade.
Meu caro Jorge: talvez ao leres este “post” com atenção, vejas confirmada a tua opinião de que existe gente que está 30 anos à frente da maioria. Quanto aos que te acusam de Bufo, essa é uma expressão atribuída àqueles que no tempo da “Ditamole” iam à PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) lixar o próximo. Vendo “alguns” que andam por aí à solta, afinal a Ditadura não era assim tão dura.
Quanto ao João, voltaremos a conversar e obrigado pela solidariedade; não te esqueças que
os porcos não andam de bicicleta ao por do sol cálido de África porque não têm dedo polegar para tocar a campainha, mas infelizmente para a nossa modalidade, alguns por cá usam sapati-lhas.
Um abraço deste vosso amigo, que gostava de ser como aquele meu amigo.
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