Emigrantes uma nova espécie...!
Sem música ou fotos, apenas palavras
UMA NOVA ESPÉCIE
Sussurravam c’ asas
em noite de breu!
Não eram gabirus
mas partiam sem dizer nada.
_ Fala Zeca na
canção, da ‘noite calada’!
Essa era outra
espécie – agora o poeta sou eu!
... E digo, não eram aves de arribação
mas almas penadas levando ao peito aflição;
buscavam paz numa outra nação
sabendo o destino, mas não a condição.
Levantaram mochilas, foram aos caminhos
não a salto, mas em rápidos auto-plumas
esquecendo as férias entre dunas
por saberem que só as aves fazem ninhos!
... Não eram aves de migração, mas abalaram.
Seguro? Nunca saberei se voltaram;
vindos, que histórias aos seus contaram
ou quantas piedosas mentiras, ocultaram!
Para além deste pedaço de tempo, guardarei
os sons melódicos daquela partida
igual, às q’ obrigado presenciei de fugida.
Por agora, dessa nada digo, nada vi, ou sei
Cito Loio
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