Amo mesmo a saber não ser amado Escorraçando mimosas mariposas Enlameio-me e entre peles viscosas Acabo já ferido mais pobre e isolado Mas poeta nem precisa de dinheiro Dá-se todo, ama, por vezes odiado Oferece o paraíso e não é lembrado Da última vez que o fez por inteiro Ao dizerem-me és louco sinto fervor E fico, hesito por não querer dizê-lo Rosna minha cadela linda sem pêlo Quero-te muito quem sabe s’é amor Mas se acaso o sentimento rasteira Transformo a caneta n’ aguda farpa Rebento cordas duma antiga harpa Morro escorpião n’ fogo da cegueira | . É que nasci escorpião!!! e venho de outros mundos |
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