segunda-feira, setembro 06, 2010

Sem casa...

O caso da Casa Pia dos meninos sem casa!

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Sem acusar, apenas reflectir sobre o caso mediático da Casa Pia.

Foi um azar tremendo o empate da selecção de Portugal contra o Chipre, retirando aos arguidos, condenados a penas de prisão, a importância de vociferar nos órgãos de comunicação social impropérios, que alguns entendem ter, contando com a colaboração dos seus advogados, que nalguns casos, demonstraram a sua Incompetência em conseguirem a total absolvição e acusando, porque desta vez interessa aos seus bolsos e ao seu nome profissional, que os tribunais agissem com má fé

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De qualquer forma, e de acordo com a Presunção da Inocência, os arguidos são CULPADOS, declarados pelo Tribunal.

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Assim, como pretensos criminosos, até prova em contrário e em definitivo, não têm o direito de dar entrevistas e muito menos de acusar seja quem for, e da forma inadmissível como alguns o fizeram.

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O “report” para o passado antes do 25 de Abril de 74 e a semelhança de atitude em comparação com a antiga PIDE por parte de um dos réus, para além de infantil, sugere-me um rebater de opinião, dizendo que, nesse tempo, se em vez de oficiais de pacotilha a liderar os actuais processos criminais contra o Estado, porque violar as crianças que o Estado Português é fiel depositário da sua segurança, é crime, tivesse os tais agentes Pidescos, o senhor Carlos Cruz não dava entrevistas, não falava, a não ser para confessar até o que não fizera se caso fosse preciso.

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Mas o que assisti é a Sublimação da Desavergonhice de um País que permite que criminosos saiam pelo seu pé e ainda insultem magistrados em pleno tribunal, e depois se dirijam para hotéis de 5 estrelas para falar, quando deviam estar calados, esperar os recursos e depois, se a culpa não fosse provada, falariam da sua justiça.

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Não estávamos perante mera violação de menores, antes perante um crime contra o Estado Português, contra crianças que, o próprio povo encarregou esse mesmo Estado de as proteger e de as tornar Homens no futuro, pagando a sua protecção e educação com impostos, reconhecendo nele capacidade para o fazer.

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Foi contra os portugueses que o crime foi cometido; contra os nossos filhos, contra parte do nosso futuro, contra a nossa continuidade como espécie.

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A pedofilia é um crime que lesa a humanidade, e atenta contra a continuidade da preservação equilibrada e saudável da espécie humana – este tipo de crime é intemporal, não deve nem pode, de acordo com a essência da vítima, ser catalogado faseado ou atenuado; só existe uma pena, e terá de ser a máxima, tendo em conta que foi extinta a pena capital.

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Se acaso estes arguidos, réus julgados e condenados, com privilégios inconcebíveis, são inocentes, então que o País saiba da sua inocência, e termine o processo com as tais indemnizações que acabam por beneficiar os criminoso, quando a Justiça não se faz ou prescreve intencionalmente o prazo.

Se são culpados, então as conferências de imprensa seriam, se acaso os tais Pidescos andassem por aí, em S Nicolau no Tarrafal, ou num forte qualquer em que o acesso só fosse feito por mar ou ar.

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O que se passou, mostrou aos portugueses, que afinal o Direito é mesmo uma batata, que de Ciência só tem a vaidade daqueles que estão na área, porque apenas se trata de um bom negócio de Conveniência, em que as leis são manuseadas de forma a que as conclusões se façam de acordo com interesses disfarçados e por vezes ignóbeis.

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Muito há que fazer nesta matéria, agravado pelo facto que, depois do tal 25 de Abril, a mediocridade assumiu o comando e estropiou a decência. Vivemos num mundo da doutocorrupção, da vigarice intelectual, do mundanismo da besoguice, em que mentecaptos que aproveitaram a passividade dos seus concidadãos, assaltaram o poder.

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Por isso, talvez aos arguidos, fosse interessante perceberem que, só andam por aí, porque neste país se prende por roubar uma maçã para comer, por se ter fome, e se deixa solto a escória disfarçada que mata os sonhos das crianças, que as viola.

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Qualquer daquelas crianças podia ser um de nós, inclusive os próprios criminosos. Elas mereciam, no mínimo, que as respeitassem só pelo facto de não se poderem defender.

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A prisão para este tipo de crime é pouco e só serve os interesses mediáticos e dos advogados.

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Os cúmplices de criminosos são criminosos e devem ser igualmente punidos – e não se esqueçam disto, os senhores advogados de defesa, agora que já sabem, porque o tribunal julgou e condenou porque deu como provada a culpa do crime, que estão a defender conscientemente culpados.

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O ditado neste caso deve ser ajustado: Diz-me com quem andas, dir-te-ei quanto ganhas...

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