sexta-feira, setembro 03, 2010

Sem sofá...

Já só 15 dias !



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Três vezes bateu à porta
E não era certamente o vento
Ela, ele, e nem pensei quem seria
Apenas nunca imaginaria...
Que eras tu, há tanto tempo!
Olha que a tua voz não me conforta.
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Ele olhou a sala, admirado
Esperando ver cadeirões um sofá
Onde só viu duas camas reservadas
Sem terem sido encomendadas
Que serviam quem “morava” por cá
E não a quem apenas era indesejado.
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Estático, patético, sorriu
Apontou a foto de minha mãe falecida
Acompanhado dum gesto de satisfação
Talvez de memória, anterior acção
E um rematar “era linda apetecida”
Eu retorquindo," puta que te pariu!".
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Mas nada mundano atingiria os seus
Tão pouco meu claro e irónico rancor
Sabendo que nunca lhe perdoaria
A quem deixara morrer o filho de Maria
E agora se ria da minha dor
Mostrando porque razão era um “deus”
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E perguntou em pé, se o não convidava
Ao fim de três minutos quase ao terceiro dia
Mesmo sabendo que eu já sofrera tudo
Bastando a resposta no vestir de luto
Para que sentisse "que não o respeitaria
Muito menos que já não o esperava".
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Cito,
01 Setembro 2010


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