terça-feira, junho 05, 2007

Tirania da Ignorância.


Quem conhece este cantor e a sua história? Quem a conhece compreenderá melhor o significado do presente "post"

Se pudesse dar uma fórmula para o Talento seria qualquer coisa comos isto:
Pais Persistentes, Crianças, Técnica rigorosa, Maturação = Talento

E acrescentar:

Pratica Deliberada, Tempo, Mielina = Talento

(Post by Daniel Coyle)

Sonhos? Ilusões? A verdade é que nunca estamos perante uma certeza, perante a ciência das decisões e das capacidades. Há que fazer tudo, praticar de tudo, conhecer os erros e compará-lo com os acertos. Há que deixar crescer/maturar.
Definitivamente certos programas no ténis tendem para a esteriotipação da mente, e consequente robotização do processo decisório. Cada vez mais, e mais cedo, castra-se a essência do jogo; a Inteligência de Observar Interiorizar Compartimentar Decidir e Executar no jovem praticante
Destrói-se o plasma na idade rica da aprendizagem do jogo, através de correcções constantes à ortodoxia modelar dos gestos técnicos, conceitos tácticos pré estabelecidos por no-talents, consumindo-se a reserva da alegria para uma prática deliberada. Aumenta o universo dos “cegos” a observar, mudos a falar e surdos a não saberem ouvir.
Entre os 6 e os 9anos é considerada a idade óptima para a aprendizagem; é para a aprendizagem do Jogo e esta aprendizagem formata-se entre Erros e o Acertos, com a possibilidade de cada um observar o maior número estímulos que conduzem ao insucesso, compará-los com os êxitos e extrair se o Acerto representa definitivamente o Sucesso.
Competir em quadros tipos, em que as classificações não são absorvidas pelas crianças mas sim pelos pais poderá levar no futuro a resultados negativos; se atendermos que após determinadas competições elas, as crianças, regressam aos seus clubes para corrigir os Erros, destruir parte da Ferramenta da Tomada de Decisão, então o cogumelo da destruição toma proporções enormes com resultados irreversíveis.

É entre comparações que se faz a aprendizagem, que se perspectivam trajectos e se apoiam os modelos em construção. Cada modelo deverá corresponder ao «somatório» dos estímulos vividos, da acomodação do indivíduo no seu patamar e da possibilidade de se auto reparar.
Erros sucessivos de «out puts» até à 2ª infância são nefastos para o equilíbrio cognitivo em matéria de inteligência competitiva e do desenvolvimento global do “centro de comando” que coordena as diferentes capacidades natas e adquiridas.
Não é o aperfeiçoamento do gesto motor que fica prejudicado, porque só se aperfeiçoa o que existe, da mesma forma que só se ensina a quem não sabe. É grave a tentativa de ensinar o que já se aprendeu pela experiência positiva, mudar o que resultou; mas pior é tentar inibir a aprendizagem dos conceitos e a exteriorização dos modelos adequados a cada unidade biológica, através da imposição de exercícios contrários à natureza da raiz absoluta, de quem produz os estímulos e desempenha as tarefas.

É aceite a dependência nestas idades, o que, face às regras do ténis por exemplo, a competição acaba por ser prejudicial, porque a criança ficará dependente do exterior, da aprovação dos pais ou monitores, enfim que cada tomada de decisão é feita quase com Pré Consentimento, tornando o executante numa parte do todo. Independente de questionar ou expor dados sobre estes períodos do desenvolvimento da criança face ao desporto/ténis, a interrogação surge na interrogação quanto à altura em que deveremos colocar as crianças a competir?
Não há resposta a não ser que elas competem no seu próprio universo desde a tomada de consciência que competir dá prazer, e o Prazer Virá da Vitória ou da Possibilidade de Subestimar a Derrota
Podia estar preocupado com certos programas que abundam sem controlo por parte de quem sabe, mas estou muito mais preocupado com a intencional chantagem exercida sobre a incapacidade de se dizer não ou na falta de coragem de travar aqueles que transferem para as crianças os seus complexos Cada vez mais me desagrada ver a Impunidade da Tirania da Ignorância.


1 comentário:

Anónimo disse...

"A ousadia do rejuvenescimento"

Comentar este post é difícil, enquadrá-lo no nosso panorama socio-político é fácil, a igonrância está no poder porque ignorantes somos nós todos, não saber que o somos é que é grave e daí que concordando com tudo o que foi dito, mais vale deixar que a natureza siga o caminho natural diferenciado não padronizado, estampada nos gestos de tantos presentes e futuros praticantes de ténis, e que alguém tenha a ousadia de não estragar o que Deus fez tão bem feito e deixe que a juventude ensine os "professores" neste tempo em que temos um Nadal no Ténis Mundial.

 
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