sexta-feira, julho 22, 2011

PRÓS DELITOS, TOLERÂNCIA

PRÓS DELITOS, TOLERÂNCIA

A mulher que na vida mais honrei
Nunca a cheguei a conhecer!
_ Era jovem, quando me deixou
Sem berço sem leite nem condição;
Uma história quase banal
Que norteou esta outra incompleta
Montada em muda revolta,
Lutas lutos, somente uma lágrima
Gasta, em desmesuradas paixões

Por ela, incontáveis vezes escrevinhei
Ornados versos, tanto padecer
Marcas de quem se elevou
Pelo estrelar céu de escura solidão
Lavando a tristeza no Carnaval
Ao galantear gente selecta
Entre duas valsas e uma volta
Percebendo a cor da lástima
De quem como eu andou a tropeções

Por ti, olhar triste, para lá do infinito
Sufocando com todo ar rarefeito
Controverto, mas não admito
Que digam, ser meu amor imperfeito!

Porque já deitado à extinta fogueira
Desnudo de qualquer petulância
Só quero estar à tua beira
Pedindo para meus delitos tolerância

Cito Loio
19/22-Julho-2011


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