Sexoralmente...!
Ao poeta nem tudo é permito, nem eufemismos que em nada contribuem para engrandecer a história da cultura poética deste povo, por isso partilho algo que considero ser um grande SONETO em qualquer parte do mundo
SEXORALMENTE
Mostrava-me modelado um cálido desenho ondulante
Matizado ao passear por entre as sombras frondosas,
Que se esbatiam nuas num vestido de cores airosas
Projectando em mim passos de um andar provocante
Toldava-me o pensar ao bater na face o recente verão
Provocando, descuidada no lançar dum meigo olhar
Eu, companheiro terno recente a quem já jurara amar
No prazer máximo de se entregar em ardente paixão.
E já noite, pelas juras de saliva, arrepiantes orgasmos
Mordendo sôfrega os lábios endurecendo-me a carne
Deixa-me penetrar numa pintura de líquidos espasmos
Volteando-nos, alternando entre actos de sexo banal
Fundimos corpos deixando lestos a vergonha de parte
E a Deus’ao respeito faltámos na prática dum sexo oral
(há qualquer coisa em mim)
Escrito em 2010, CITO LOIO, (a publicar no livro Mel & Gindungo)
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