sexta-feira, abril 14, 2017

DA JANELA DO MEU QUARTO

Porque guardo a imagem do suave pentear dos seus longos cabelos grisalhos, as macias palmadas no meu rabiosque e aquela fé profunda no seu único Deus, escolhi para 6ª feira santa um conjunto de palavras para agradecer o que fez por mim, e tal como dizia nesse tempo, a verdadeira fé dispensa fotos.



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DA JANELA DO MEU QUARTO

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Da janela do meu único quarto
vejo no quintal denso arvoredo,
cultivada enorme esterlícia
pombal vazio entre as avencas
e o resto, tudo de meter inveja.

No topo, cantoria dum galo farto,
crista empinada, porte soberbo,
q'olhando 'galinhas c' malícia
aguardando tenros talos de pencas
sabe o que até para mim sobeja.

Da janela indo além, só não vejo,
finos cabelos espraiados ao vento
entre esgares à hora da despedida,

 Mas recordo o q'em ti me fez desejo!
- Imprevisível temperamento,
emanação duma alma sem medida...

...e um toque nos lábios c'os dedos
derrotando todos os meus medos.

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Cito Loio
(Sem data nem valor)

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