Há luz da Lei quem comete um crime é criminosos e deve ser julgado ou não – não tenho a certeza. Desconheço ainda se os meios justificam os fins, mas estou em crer que para terminar com um determinado regime haveria outras formas de procedimento. Poder-se-á argumentar que a causa era nobre, termo que advém da nobreza, exactamente a que fora aniquilada. Em Abril de 1974 pôs-se termo a um regime ditatorial sem necessidade de “assassinar” Marcelo Caetano; os tempos eram outros mas de facto em 1908 ficou por julgar um crime de sangue cometido aos olhos do mundo. Importa pouco que isso venha à baila, como pouco interessará se até à data os republicanos, desde então, perguntaram ao povo português através de referendo, se queriam de volta o rei D. Manuel II, que, tendo embarcado para Gibraltar no Yate real (hoje há quem tenha reais yates e plebeu de até à medula) escreveu uma carta (desconheço se verdadeira ou forjada) com o seguinte teor “ Meu caro Teixeira de Sousa. – Forçado pelas circunstâncias vejo-me obrigado a embarcar no yatch real “Amélia”. Sou português e sê-lo-ei sempre. Tenho a convicção de ter sempre cumprido o meu dever de Rei em todas as circunstâncias e de ter posto o meu coração e a minha vida ao serviço do meu País. Espero que ele, convicto dos meus direitos e da minha dedicação, o saberá reconhecer! Viva Portugal! Dê a esta carta a publicidade que puder. Sempre mº afectuosamente – Manuel R. – yatch real “Amélia” – 5 de Outubro de 1910.” Mas se esta carta deveria ser referenciada nos (dis) cursos oficiais, o que certamente a maioria dos portugueses gostaria de saber foi que após chegado ao destino (Gibraltar) este ordenou, e PASME-SE, que o navio, por ser propriedade do Estado Português, voltasse a Lisboa tendo D Manuel vivido o resto da vida no exílio. Será que os actuais “reis da governação” teriam o mesmo gesto de patriotismo e respeito por Portugal? Viva a República |
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