sexta-feira, janeiro 08, 2010

Que não se diga que estou outra vez de volta; este artigo é uma resposta...que podia ser apenas através de correio electrónico, mas que preferi abri-lo ao público, com os riscos que daí advêm; começo assim:

Passo a passo caminhamos para o abismo político – percebemos o quanto de medíocre têm sido os nossos governantes, independentes dos quadrantes políticos donde provêm. Basta escutar com atenção o que se tem passado nestes últimos meses para se dar conta que estes senhores foram incompetentes, e pior, são arrogantemente incompetentes porque não reconhecem que o estado do país, na generalidade, é culpa «nossa», que permitimos que neste preciso momento a esmagadora maioria dos partidos estejam envolvidos na luta pela “sua sobrevivência” – a sobrevivência deste regime.

E a culpa é de facto nossa, porque não tivemos a coragem de dizer Basta, no tempo certo, dizer chega de malabarismos financeiros de “gajos” a viverem à custa de “fatiarem as notas” de “variabilizarem os valores de bolsa”, de destruírem os parcos recursos produtivos do país, e de venderem a alma, “a nossa”, a quem lhes dá mais. E digo “nossa”, que a deles, já há muito entrou em festa com as reformas chorudas que apressadamente conseguiram institucionalizar.

Nasceu-lhes, e só agora, subitamente um sentido patriótico, depois de alardearem aos sete ventos durante anos que são europeus de ginjeira, que eram a favor de uma Europa Una, tipo Nação dos Europeus carregada de Emigrantes do norte de África e Médio Oriente, isto para não falar nas lojas dos Chineses, autênticos centros de venda de produtos nacionais «porque o que é Nacional é bom, e a China é uma Nação».

Não é de admirar por isso que os casos todos que se conhecem – num país a sério já estavam resolvidos com culpados e inocentes – acabem arquivados, não por falta de provas, mas por falta de tempo. Eventualmente crimes menores acabarão por ter conclusão de forma a garantir o velho ditado, «a excepção confirma a regra» e a justiça funciona e é independente, pois até julgou...”os outros casos” é que eram muito morosos.

Infelizmente não há decreto nem lei que altere o calendário; se isso fosse possível, para casos que envolvessem membros/familiares/amigos/e “sócios” dos partidos, o dia teria, não 48 horas mas sim 72, e a maior parte dos processos estavam arquivados por se ter esgotado o tempo.

Depois abrindo a TV, assisto com surpresa que afinal ministério e professores entendem-se, e ainda bem, mas não posso deixar de questionar porquê só agora, porque razão durante o último ano não se entenderam, e agora tudo parece ter resolução!

Claro que 10,3 % de taxa de desemprego não é preocupante; o que deve merecer preocupação é o facto de continuar a haver pessoas que dizem que a crise já passou, as finanças estão em retoma, mesmo com dois dígitos no desemprego, quando a Europa manifesta preocupação no exorbitante número (e crescente) do desemprego, e que já houve vozes que manifestaram o perigo de convulsões sociais. Temos de ter confiança, mas esta não pode estar acompanhada de dúvidas, e muitos como eu, temo-la.

O desgaste ou agastamento que manifesto neste tipo de intervenção serve para responder a um amigo que me fez chegar o texto que apresento, e o endereço na youtube contendo uma entrevista do Dr. Pedro Namora (esperando-se que não seja retirado,,,

http://www.youtube.com/watch?v=HbBjOs8gE5w


O seu email foi também um pedido para que não encerrasse o blog, nem que fosse para haver mais uma voz a clamar para que neste país a justiça seja limpa, que os governantes ao menos uma vez na vida tenham vergonha na cara e deixem de insultar a inteligência dos seus concidadãos.

Faço-lhe a vontade, mas deixo também um alerta; um dia a casa vem abaixo, e ou fecho isto definitivamente, ou faço férias indefinidas sem vencimento. De momento, estou em stand by.



 
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