quarta-feira, junho 11, 2008

Torna-se urgente penalizar

Primeiro parabéns ao Fedrerico Gil por mais uma vitória para também dizer Rui, que na verdade «não há machado que corte as asas ao pensamento»
Mas se uns lá andam por fora, outros por cá andam e merecem igual consideração…

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O Jogo 10 de Junho

MANUEL PEREZ

Não serei o único preocupado admirado ou escandalizado com o que se está a passar. Lamentar a atitude das Associações que tendo obrigação de defender os jogadores dos clubes que representam e as próprias organizações das provas pontuáveis para o Circuito parecem cegas surdas e mudas perante tanto desgoverno federativo

Ao verificar que os torneios têm um regulamento próprio, havendo o RGP aprovado em AG que devia regular todas as provas, diz bem da qualidade técnica e intencionalidade com que se aprovou certas alterações, ou se “introduziram outras” completamente despropositadas. Cabe por isso às Associações reanalisarem o que votaram, corrigindo o que eventualmente sem intenção foi mal equacionado

No passado Abril ou Maio, (no momento não disponho da data/tão pouco faz diferença) realizou-se a Assembleia-geral da Federação para aprovação do relatório e das Contas da FPT em que devia constar dos documentos, o que se relacionava com este circuito, sobretudo as dívidas aos jogadores, porque é disso que se trata; dívidastinham oportunidade de questionar sobre a matéria, mas ao que consta foi tudo aprovado como se o país tenistico vivesse dentro da legalidade

Também no Plano e Orçamento votado e aprovado em Dezembro último se o bónus fora retirado devia ter sido comunicado; Estamos perante uma medida de ocasião da FPT que se lembrou agora de dar o dito por não dito depois de ver aprovada as contas e poder enviar os resultados para o IDP, mas que as associações deviam pedir esclarecimento sobre o que se passava com este circuito que, já quase nada oferece mas que permite uma publicidade do patrocinador num espaço nobre

Mais uma situação, das muitas que me levam a questionar se o papel de algumas associações está a ser desempenhado, (as tais que se outorgam em associações grandes) em que mais uma vez não estarão isentas de culpa neste particular, quando deviam ser o garante do cumprimento dos compromissos assumidos pela FPT/Direcção, mas que ao contrário aparentam uma cumplicidade condenável, por força do silêncio face a infracções cometidas relativamente a regulamentos estatutos e até a deliberações aprovadas em sede própria.

Quatro anos depois ainda se encontram situações incompreensíveis no RGP, ou melhor, fazendo com que um documento sério para tornar séria e credível a competição na modalidade fosse alterado em favor dos amigos e interesses locais e que se verifica agora estar transformado num poço de lacunas imperdoáveis, face à destruição dum regulamento que se quis justo e equilibrado, e por isso redigido na altura com ponderação

Mais uma vez constato (agora com outras vozes em concordância) que temos uma modalidade “mezzo infantário”, em que o interesse está colocado nos escalões que nada traduzem de projecção imediata e de representatividade nacional competitiva, mas que permite ganhar bom dinheiro com a exploração das crianças, ao largarem programas próprios para o Canal Panda sem se ter a noção que o mundo lá fora se afasta cada vez mais distante deste “canto Ibérico”. Só um país que alcança o estrelato se pode dar ao luxo de cometer erros de juízo analítico, aliás como está a acontecer com o ténis do Tio Sam já reconhecido pelos próprios. Em Portugal ainda não saímos dos erros primitivos e já nos damos ao luxo de avançar com programas que se traduziram noutras latitudes em descalabro

Chagámos ao ponto de um paizinho duma criança de 8 anos pagar cerca de 15 euros (quase o preço de uma raquete) para o seu filho jogar 2 encontros de 1 set à melhor de 4 jogos…em torneios de interesse questionável à luz dos objectivos que devem nortear o desporto federado, ou ainda, Organizações/clubes a cobrar 35 € de taxa de inscrição em PM, enquanto outras que primam pelo desenvolvimento da modalidade, cobram 18 €! para o mesmo tipo de prova e condições

Uma medida para cumprir com Manifesto Fénix Torneios Sub 10 anos serão isentos de taxa de inscrição (do torneio e dos participantes); faz parte dos deveres de um clube, promover a formação nas camadas mais jovens garantindo o futuro quantitativo/qualitativo/competitivo da colectividade. A aposta do próprio futuro não pode ser obrigação ou dever de outros

No respeitante ao noticiado sobre The Olimpic Games Jogos Olímpicos abordado na mesma edição, fui crítico em relação aos critérios encontrados para atribuição de bolsas de apoio a atletas com vista aos jogos de Pequim, porque…para além de alguns atletas estarem excluídos pela idade que constava no projecto, as verbas podiam ser canalizadas para atletas que não fossem aqueles que à data dos jogos tivessem ranking…mas mais do que ser crítico, escrevi que o projecto que não tinha pés nem cabeça como se verifica agora

Não há em nada disto «videntismo» mas sim uma mera questão de lógica de raciocínio, porque entendia e entendo, que ninguém de bom senso deve a 4 anos de distância decidir que um determinado atleta estará em condições de se apurar para o que quer que seja, muito menos Pequim 2008, quando era do conhecimento geral que o “cut-off” para o evento seria altíssimo, e as estatísticas portuguesas não davam indicadores dessa possibilidade

Importa saber quanto foi gasto e quais os jogadores que beneficiaram de bolsas, o resultado após 4 anos e a quem se exigirá responsabilidades dos gastos, se é que não se passou “coisa” igual ao bónus do circuito. Perante projectos apresentados sem qualquer sustentabilidade, era altura que se pedissem responsabilidades

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