sexta-feira, outubro 28, 2016

Que Povo este?

Para todos os amigos Feliz dia do meu aniversário 
...mas hoje a 28 de Outubro, quem diria, dedico um poema ao homem que soube escrever o que de muito jovem me iria na alma. 

Para (em memória) Vasco Lima Couto, este tributo, exactamente no dia que festejo o meu 63 aniversario.

Inácio 



(Que Povo, que vende os rios que tem, que compra a terra pequena e não sabe donde vem)







 A QUEM NÃO NOS PERDOOU


Perdoe-s'então a quem não nos perdoou
em míseras palavras (negociada 'liberdade)
viajando por pátrias pejadas d'impostores
vendeu sonhos que nunca foram os seus
a preço do ouro negro e do diamante,
e ganha a fortuna não pararam u' instante
servidos de subservientes camafeus
que lhes atribuíram títulos de doutores,
dotações com passaportes d'impunidade
pr'aterrarem em terras que nenhum amou.

Desconhece-se dado sem recibo alvissaras
aos caçadores d'Elefantes e Rinocerontes
Javalis, Pacaças (às vezes Gorilas prenhas,
turistas descalças em avenidas já asfaltadas
desaparecido da mente 'traço das picadas)
julgando q'embondeiros enfeitavam azenhas,
correrem os rios da savana prós montes,
serem os antílopes ave-chuchas ''mamíferas''.

E acusaram-nos sim, somente por inveja
ou talvez por pundonorosos termos vencido
um mar ciclópeo por eles desconhecido.

Mas não nos importe, que 'perdão sobeja,
por vezes a fome termina em fartura
e a memória do tempo sempre perdura.


Cito Loio
(Poemas sem data nem valor)




Afinal durei mais do que esperavam aqueles que venderam a alma a troco de pechisbeque.


Sem comentários:

 
Web Analytics