quinta-feira, setembro 11, 2014

Também eu...

TAMBÉM SANGRAMOS
(soneto aos poetas)

Saiu à rua todo prazenteiro,
no seu passo felino, elegante
alternando sombras, ligeiro
num pulo aqui, outro adiante

No pulso lenço de seda c’ cheiro
de perfume, dera-lh’a amante.
- Sorrira não fora o primeiro
e se último, não havia garante

Esvoaçado ‘cabelo descolorado
pelos anos pela amargura
de saber-se ora abandonado

rodava da esquerda à direita a mão
evitando ver-se abatida figura
e doloroso sangrar pela comoção

Cito Loio
25/08/2014

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