Onde estão os Homens!
ELEIÇÕES!
Extracto do Romance Loio & S c h i m u n a (uma história que podia ser verdadeira) |
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_ E essas coisas simples sem importância não estariam enroladas num pedaço de camisa de mulher, atado com um pano vermelho e preto com cinco estrelas, uma catana dentada, e uma folha de sisal
Seriam pedaços de uma USI pai?
Olhei-o, e dei a entender que nem sempre o que pensamos corresponde à verdade, e que a sabedoria é só um instrumentos para fazer crer que ainda temos muito que aprender; haveria momentos que a verdade se transformaria em mentira se isso trouxesse mais valias, por isso elucidei-o antes de lhe responder, que nem sempre de verdade se fazem as histórias verdadeiras e nem todas as verdades são motivo para histórias…
…Há momentos e momentos, uns em que somos confrontados com as chagas de um passado, e que queremos esquecer, outros, que recordar nos faz mais jovens, mais sábios.
Aquele era um dos momentos em que as recordações não moviam montanhas, os mortos não ressuscitariam, e a revolução não teria o fim que um dia certos jovens sonharam…
Não! Eram pedaços sem consolo
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A vida depois de “Salvo” continuaria; a guerra não terminara.
Muitos tinham partido sem direcção, outros sem ambição, e até houve quem partisse deixando o coração enterrado em terras onde o sol queima e o sal se tira do mar.
Os que a vida bafejara e lhes tinha oferecido os “café concerto e vodka a preço de água”, seriam os heróis do luto.
Os seus amigos cantavam liberdade, tinham finalmente contrariado o que ao longo dos séculos foi o orgulho da raça humana – acabar com a opressão sem nunca negociar a liberdade.
Tinham morrido milhares de um lado, talvez milhares do outro
De um lado sabia-se quantidade nome e a origem, do outro nem o destino.
Ao meu amigo João Eloy:
Espero que um dia possas (e queiras) contar a história verdadeira de um povo que teve medo de ser grande.