Suores doutras vaginas
Mantive presente o seu amor até mesmo quando mergulhado em prazeres mundanos delirava encharcado em suores doutras vaginas.
E foram mais de quatro décadas a entalar uma recordação entre língua e dentes apara bafar um grito rouco de "amo-te Schi e amarei até que a morte nos una".
No virar de Agosto para o mês de todas as traições dedico este poema a todos os que ao longo desta única vida souberam respeitar o meu silêncio.
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POEMA PARA UMA VIDA
E brindei-me com pendões de candura, fiz do tempo toalhas para banquetes e entre mergulhos no areal da praia braçadas no mar por ondas com espuma cacei pirilampos embelezados de batôn ao entardecer.
Perigado sem desaproveitar infância ganhei jogos de macaca e cabra-cega erguendo taças de fresca limonada sorvetes de manga, tremoço, ginguba; _ marisco e cerveja estranhava paladar.
Tardaria a primeira dilecção carnal que paixões solapadas davam fartura;_ hora de esgalhar duro e teso bicho molhadela no lençol ?– Só sem gemidos que o velhote dormia no quarto ao lado.
Levantada a gelosia da juventude, coçando jeans por esplanadas dos cafés, apreciava bundas de rijas cachopas (magalas pendurados n’óculos escuros cantante a pilhas sobre os ombros.
Chegava hora de perder a virgindade, sepultar ‘adolescência em tenras coxas lavar o corredor a pano com saliva, içar o mastro dar de provar baunilha…natas a enfeitar o «pai da humanidade»
De passagem por um insondado túnel pisados palcos, já investido de Homem saquei notas dos cornos dum touro numa garraiada, e sem pagar impostos que tal ficava a cargo de nha progenitor.
Numa última queima arrecadei o boneco rasgando cheques da dependência. - Pousadas Uzis e Kalash's pegava na G3 para espalhar com cinzas sonhos que tivera desconhecendo quão dura seria a luta.
Sem retorno escondi, por terras do bravo lágrimas para do nojo não fazer alarde.
Cito Loio
(Poemas sem data nem valor)
01 a 03 de Julho de 2016
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