sábado, agosto 27, 2016

PILARES DA MINHA VIDA



Quantas as vezes que mudei de rumo, reavaliei o caminho, intentei reconstruir os pilares da vida acabando por cair sem vacilar nos erros que farão parte da história da minha vida.


Um dia, por certo, esbarrarei no último obstáculo e em definitivo encontrarei o fim da estrada, desde o dia em que cheguei ao momento em que partirei sem arrependimentos.


REVELIA DAS INVESTIDURAS


Passeio estremado envolto pela neblina
experimentand’uma olência indecifrável,
(composto de bravura com sagacidade)
solta no esvoaçar de uma fina cabeleira,
trânsito pelo quintal roncos de segredo
traduzido num vai não tenhas medo… 
…e no pentagrama desta quadra presente
versos para uma balada desconhecida,
mote aceite de uma revolução vindoura
que não se fará à revelia das investiduras.
- Cantando os poetas, dobrando ‘esquina
surge claro na praceta, vazio inegociável,
imagem retratada, precária virgindade 
desprovida de promessas, finda a feira,
mercadejando mil ilusões a custo baixo
panorama pictórico em que me encaixo.
-Aqui no palco de uma vaidade patente,
plano horizontal do desfecho da vida,
apetecia-me agarrar um pau de vassoura
e sem peias acabar com as cavalgaduras.
- Porém, instaurada ‘vernácula demagogia
atroz forma conspurcada de governação
eleita a ralé mandante, os pobres d’espírito
deleitam-se c’ doces chibatadas no lombo,
rogo destes e seguintes anos de tormenta
que a água quente afinal não esquenta;
_ sem que a revolta tome lugares merecidos
cai o povo da carroça, e os burros seguirão
admitindo c’ palmas abjecta escravatura
que lhe dará liberdade de votar com fome
- Num tempo que tombarão da noite fria
verdades sobre um passado sem revolução,
erguer-se-á ‘voz do último trovador lírico,
que jamais contando na dita Torre do Tombo
editará surpresas, sem ecrãs e sem anúncio,
poemas, que apercebidos, serão ‘prenúncio
do futuro facilitador das vidas dos bandidos
donos de nada, herdeiros duma nobre nação
submersa nas vagas oceânicas da desventura
já sem língua pátria que ao mundo incomode.

***

Num tempo q’ há-de vir restará meu sonho,
construído com pilares de dúvidas e certezas,
lavradas peripécias que ninguém exaltará.

***

Animados, sigam lendo que não me oponho,
pois chegado ‘dia nada tendo, sem tibiezas,
por vós, celso no Olimpo, este poeta chorará.

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Cito Loio
Iniciado em 12/12/2015
Terminado em 11/01/2016









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