quinta-feira, junho 16, 2011

Há terceira rebentamos...!



Três não dá para aguentar, razão pela qual daqui, peço ao Dr Paulo Portas, segure este país que parte deste povo já sofreu demasiado, e muitos ainda não curaram as feridas do passado recente.

Uma foto no mínimo curiosa

Lei (o da camisa branca) e um dos seus grandes amigos, Alípio, personagens do livro Uma Persiana na Janela

JUDAS SÓ TRAIU UMA VEZ

Em Portugal preparava-se a 2ª grande traição ao Povo dos últimos 40 anos – a 1ª aconteceu em Abril de 74, onde sem qualquer explicação plausível um conjunto de Capitães do Medo decidiram dar um Golpe de Lado para entregarem o Ultramar ao espectro Comunista do Leste, tendo em conta que a Guerra dita Colonial estava nas lonas com os Movimentos a serem Sustentados pelo próprio Exército Português.

O contraponto a esta afirmação é a sempre e velha história da Guiné, como se aquele espaço alguma vez interessasse a Portugal a não ser por questões de Orgulho Pátrio e Comissões que os militares bem aceitavam para aumentar o seu pecúlio.

Mas não me magoa a descolonização exemplar, dói sim a Mentira utilizada durante décadas para sustentar um erro cometido na altura, se bem que a Independência seria adquirida pela rebelião interna – e teríamos uma Angola com a dinâmica do Brasil, multifacetada, mais moderna em termos intelectuais derivado ao ‘momentum’ em que essa independência viria a acontecer.

Uma Guerra no Ultramar, e sabendo o mundo que Portugal exigia da comunidade internacional que esta considerasse as suas possessões como Espaço Integrante da Nação, nunca permitiria aos movimentos de libertação, sem homens com formação capaz, avançar com outro tipo de armamento que não fossem espingardas e pouco mais – o governo da nação sabia que outro tipo de armamento equivaleria a uma utilização por parte de força doutros países, uma ingerência externa com Invasão a um território Soberano.

Salazar sabia-o e Caetano também…

Se o primeiro pela idade avançada não tinha força para alterar o regime, nem estava interessado por saber de antemão que havia quem se perfilasse para trair a pátria, já Marcelo era novo quando ascendeu ao Poder, aportando a firme convicção que o pensamento de Pedro I do Brasil tinha razão de ser, ou seja, que Portugal tal qual se tinha constituído como Nação dificilmente poderia sobreviver sem que tacitamente fosse criado uma espécie de Estados Unidos da Lusitânia, e esse era o percurso que certamente o Estadista queria tomar.

Neste xadrez posicionavam-me equitativamente Soviéticos e Norte-Americanos – destes dois interesse na região, resultava o equilíbrio ‘geo estratégico’ para a Metrópole, dado que nem um nem outro queriam entrar deliberadamente em confronto na região e muito menos tendo Portugal já colocado a partir de meados da década de 60 um exército forte e perfeitamente equilibrado no que refere a armamento e logística – acrescentando-se que, como país Europeu e também com forte ligação à China por via de Macau em que se dizia já antes de 68 – quando o colosso chinês acordar o mundo estremecerá –, e ao Japão através do comercio aberto com Angola, dificilmente o Mundo entenderia um ataque selvagem a Portugal, que de facto era do que se trataria.

Assim, primeiro António e depois Marcelo demonstravam uma inteligência superior aos demais governantes internacionais, até porque para se ser estadista necessita ter-se Alma Lusa, e essa, segundo uma israelita amiga, só os portugueses têm – não se vende, não se propaga como vírus, e sobretudo não se negoceia. E desta convicção profunda que ambos tinham que o Império era indestrutível, salvo os cantinhos como Goa Damão e Diu – que também não interessava manter, o próprio Brasil acaba por pronunciar o grito do Ipiranga dado em BOM PORTUGUÊS pelo próprio rei, corado Imperador, para claramente salvar a possessão das traições que na metrópole estavam a acontecer – após a morte de Salazar o processo seria mais pacífico com a abertura a uma Democracia ponderada, calculada, e sobretudo com a introdução de reformas que se tornariam absolutamente imperiosas que viessem a ser feitas para garantir a transição pacífica dos território ultramarinos para um formato de Pré-país até à independência total, mas uma libertação com consciência, pacífica, e sem genocídios que posteriormente poderiam acontecer se acaso as populações não fossem devidamente preparadas, como veio a acontecer.

Porquê então o Golpe de Teatro dos Capitães d’Abrilada!

Para o Leste era importante que Angola caísse nas mãos de comunistas, Moçambique por arrasto, até para que Cuba pudesse resolver parte dos seus problemas internos, e que estariam a colocar em causa a sua relação com a URSS. Isso não seria possível pela luta armada tendo em conta a posição dos EUA com boas relações com o Congo, que não permitiria veleidades, e até era difícil o acesso ao território africano por esse lado – como o era por outros, rebatendo mais uma vez o argumento da guerra, tendo em conta que o acesso teria de ser feito por mar, onde navegavam armada portuguesa e gozavam férias os ocidentais…

Fica claro que, para Portugal e para a sua autonomia enquanto país não dependente do exterior as possessões em África eram fundamentais, e ir-se-iam manter até pela postura que as populações mostravam face à metrópole, que na sua maioria se auto consideravam portugueses, este jamais entregaria os seus territórios pela força das armas ou pela revolução armada interna, a menos que esta assentasse nos militares de patente nascidos em Angola e pertencentes ao exercito nacional.

Se para os nossos governantes isso era claro, também no Leste havia a certeza que o único meio de alcançar os seus objectivos seria através da ruptura de Portugal e do seu governo central, isto porque o poderio militar estava estacionado fora do Continente, e os militares no exterior aceitavam e acatavam as ordens superiores. Não estava no entanto no horizonte destes a entrega dos territórios a uma independência sem controlo, porque promoveria a entrada também dos Americanos na corrida, e estes estavam mais perto, através do Congo, e Cabinda, enclave precioso para os EUA, mas tão somente o controlo das riquezas através do alastramento da influência Comunista à região, atendendo que o bloco de leste dominava a partir de Moscovo vários países, e para tal bastava que o governo português mudasse de mãos.

Tal como lá nas ‘Áfricas’, também em Portugal pouco interessava o povo oprimido, tento em conta que a URSS não era propriamente um assomo de Democracia e Liberdade, razão pela qual o golpe nada tinha a ver com a opressão e os ideais socialistas, já que em 1973 a situação global estava inquestionavelmente melhor na metrópole quando comparada com as décadas anteriores, e Liberdade havia, pelo menos nos grandes Centros, já que nas cidades mais pequenas a implosão seria de fraco registo.

Com a chegada dos senhores que tinham fugido para o estrangeiro, muitos libertados das cadeias porque só custavam dinheiro ao Erário e nada deles era de esperar em matéria de afrontamento ao regime, a situação altera-se completamente.

Os acordos do Alvor são a pedra de toque na descolonização – claramente se percebe que o os comunistas seriam ultrapassados, porque estes se posicionariam para o controlo latifundiário da metrópole, e se possível, a entrega do ultramar com reservas, desde que estes mantivessem a hegemonia na zona, controlando Angola e Moçambique.

Interessava no entanto a certa gente que Angola fosse rapidamente negociada, enviando militares de patente para substituírem os naturais, afim de impedir numa tomada do poder por parte dos residentes excluindo os movimentos desta acção. Percebeu-se um rearmar apressado de um dos movimentos, afim de garantir a supremacia da facção Luta Armada, contra os restantes dois, originários do leste e do norte.

A partir de Março de 1975 a situação agudiza-se, percebendo-se que as ordens que os militares da metrópole tinham não eram certamente para defender os portugueses, mas para garantir que se pudesse entregar Angola ao MPLA sem oposição interna angolana.

Durante oito meses viveu-se um inferno sobre aquela que tinha sido o território da esperança para que Portugal pudesse progredir, com base numa unidade que talvez os próprios Angolanos desejassem, mas que o partido socialista tudo fez para que se desse a derrocada e consequente miséria que já se adivinhava.

Deitar as culpas para o Partido Comunista da descolonização exemplar é no mínimo limpar o rabo ao recém nascido, tendo em conta que a maior força que estava implantada na metrópole, era exactamente o Partido Socialista, que contava inclusive com o beneplácito de parte do exército, não muito interessado que se instaurasse um regime do tipo Soviete. Que negociações estiveram por detrás destes acordos! Que benefício teria o PS para que a situação em Angola se estrangulasse e um potencial perigo de genocídio viesse a acontecer. Porque razão, e sabendo-se desde Dezembro de 74 que a população branca ficaria desprotegida, não se iniciou de imediato a repatriação dos portugueses! Que tipo de traição foi gizada nas costas das famílias que estavam nas denominadas ex-colónias, e porque razão a FLEC oficialmente não esteve na banca das negociações.

De facto Portugal foi traído, e traídos foram os portugueses negros que serviram a nação, sendo que essa traição deve também ser imputada ao PS de então. Eventualmente poderei relevar parte da precipitação com o argumento da imaturidade, mas na verdade é que Judas traiu Cristo por 30 dinheiros, evitando que este alcançasse os seus intentos de tornar Livre o seu Povo contra a gerência de Roma imposta pela força, e em território que não era seu, nem tão pouco tendo promovido a miscigenação das raças.

A 11 de Novembro de 1975 Portugal declara unilateralmente a Independência de Angola – o que não se compreende bem, porque essa declaração deveria ser feita exclusivamente pelo Governo Angolano!

Mas qual governo se nem sequer este estava constituído? A quem entregou de facto o território!

Bem ou mal o PS com grandes responsabilidades, traiu duma só vez vários povos em África porque de facto existiam vários povos e várias nações dentro dos seus territórios, e também na denominada metrópole. Passados 36 anos este mesmo PS, pela mão do senhor J Sócrates no poder há pelo menos 5 anos e meio, promove exactamente a mesma situação, primeiro levando o país ao caos financeiro e depois inconscientemente ou não, criando uma situação de medo de insegurança já com alguns indicadores que se pode entrar a médio prazo uma convulsão social.

Se no passado este Partido, sem consulta popular aos naturais, negros mestiços e brancos, traiu a esmagadora maioria do povo em África, e também os continentais escondendo-lhes a verdade quanto à verdadeira situação militar na quase totalidade do território, em que os comunistas são co-responsável, no presente voltamos a enfrentar uma situação análoga, ao ter escondido dos portugueses a verdadeira situação financeira do país, às portas do colapso, onde a vida destes pouco valor tem para uma Europa Central mais preocupada na defesa dos seus grandes bancos do que resolver um eminente colapso que se perfila para esta Europa construída com um objectivo nobre, mas que os actuais lideres dos países que a constituem, demonstrando-se inexoravelmente imaturos incompetentes e pouco sérios, expõem Portugal ao saque e expropriação da dignidade dum Povo Centenar.

Pela segunda vez, Portugal e o seu povo são traídos pela mesma cor…nem Judas, apresentado como mestiço de tez escura no filme Jesus Cristo Superstar, como reforço do 'símbolo da traição' ao Filho do Senhor, traiu duas vezes!

Nota: Apenas um argumento que vale o que vale, com a sustentabilidade que eventualmente terá, e antes de mais a minha visão de um passado que ainda dói.

Aos Katans que comigo privaram, a todos os militares negros e mulataos do exército português, estejam onde estiverem podem perdoar, mas um há que nunca esquecerá

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