terça-feira, junho 28, 2011

Cadê o nosso D. Sebastião

Sem palavras

SALTO

Por entre luas e estrelas, salto
Entre ela vislumbro Espanca
E em Florbela nada me espanta

Por entre flores e arbustos, salto
Vendo Junqueira circunspecto
Homem austero mas bom aspecto

Por serras e serranias, salto
Vejo Ramalho, está na reforma
Junto à Marquesa de Alorna

Por montes e vales vou e salto
Carregando de Cesário comigo
A musa de um poeta antigo

Por cafés e esplanadas, salto
Esbarro em Pessoa, mostrengo
E a tudo a que não me prendo

Por mulheres e amantes, salto
Para dar no final em fria laje
Dois dedos de conversa a Bocage

Saltitando dou mais um salto
Revisitando todos os poetas
Com eles bebendo e sem dietas

Por fim hesito e não salto
Que o talento de um Camões
É maior q’as minhas’ambições

No final quis ser com’ele trovador
Mas não cantar em verso a dor
Legar ao futuro só a alegria
Lembrança minha em companhia

Imortalizar em livro, meus valores
Pátria de tantos conquistadores
De velhas descobertas, nova rota
De um valor que se não esgota

Mas tudo o que lavrado aqui, ficará
Receio que a poucos chegará
Num país q’está em rota de colisão
E não s’acredita em D. Sebastião

Cito Loio
27-6-2011

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