Encontro com escritores 3 de Abril pelas 16 h
Clube Literário do Porto
Rua Nova da Alfândega, 22 | 4050-430 PORTO Telefone 222 089 228
(Intemporal) O poema que Cito escondeu. A força guardada no doloroso esquecimento de uma revolta abafada. Porque nunca se confessou, nem comungou! Porque se ajoelhou com olhos postados no tempo perdido! Porque não precisa de silêncio! Porque a sua alma viveu eternamente surda... |
PORQUE ME FIZ ATEU
Porque me matou o sonho em menino
O de afagar a tua cabeleira farta
Brincar com escovas, um põe-te fino
Risos – vão para o raio que vos parta
E ver-me desafiando o meu Pitadas
Ele ladrando...eu quase rosnando
Escapulindo aos açoites das criadas
Acenos, um ‘tchau mãe vou andando’
Na rua gingão, calcinha da Mutamba
Mil tropelias ao vira latas – és rafeiro
Subir ao alto do Morro da Samba
Saltos de guarda-sol, Che guerrilheiro
À noite sujo, jantar um raspanete
Depois banho, escova pêlo de arame
Choramingando, bolas pró sabonete
Adormecer feliz – Ela que me chame!
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