terça-feira, março 29, 2011

Encontro com escritores 3 de Abril pelas 16 h

Clube Literário do Porto

Rua Nova da Alfândega, 22 | 4050-430 PORTO Telefone 222 089 228

(Intemporal) O poema que Cito escondeu.

A força guardada no doloroso esquecimento de uma revolta abafada.

Porque nunca se confessou, nem comungou!

Porque se ajoelhou com olhos postados no tempo perdido!

Porque não precisa de silêncio!

Porque a sua alma viveu eternamente surda...



PORQUE ME FIZ ATEU

Porque me matou o sonho em menino
O de afagar a tua cabeleira farta
Brincar com escovas, um põe-te fino
Risos – vão para o raio que vos parta

E ver-me desafiando o meu Pitadas
Ele ladrando...eu quase rosnando
Escapulindo aos açoites das criadas
Acenos, um ‘tchau mãe vou andando’

Na rua gingão, calcinha da Mutamba
Mil tropelias ao vira latas – és rafeiro
Subir ao alto do Morro da Samba
Saltos de guarda-sol, Che guerrilheiro

À noite sujo, jantar um raspanete
Depois banho, escova pêlo de arame
Choramingando, bolas pró sabonete
Adormecer feliz – Ela que me chame!

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