quarta-feira, outubro 14, 2009

ZZZZZZZZZZ....

Começo este “Post” dando os parabéns a Frederica Piedade não tanto pela vitória no 25000 usd no México mas muito mais pela capacidade de sobrevivência demonstrada.


Só por isso merece uma palavra de destaque, de incentivo, e uma referência carinhosa. Estou à vontade para o fazer porque sabe que sou verdadeiro na crítica e no elogio

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De seguida, e porque o intróito é a satisfação extensiva à Magalie pelo seu renascer depois de votada ao ostracismo, abordo um assunto que me parece ser a sintomatologia do que se passa nalguns blogs/sites de ténis, e também na comunicação social da especialidade, que tem condicionado a modalidade em Portugal

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Publicou o site Bola Amarela, precisa e cirurgicamente, uma entrevista do senhor Paes Faria, numa sexta feira -27- de Março do corrente ano, dia anterior às eleições da FPT, onde o dirigente associativo deu a entender que as eleições que teriam lugar no dia seguinte estavam carregadas de legalidade, em contraponto com as anteriores, que, donde se podia extrapolar pela segurança da afirmação expressa, teria sido um corrupio de ilegalidades

Vindo de quem veio a afirmação, é desconfortante e de desconfiar, porque representa “per si! a conivência com ilegalidades passadas.

Esqueceu-se a personagem, que votou com os votos dos clubes na altura, e não fez nenhuma “demarche” junto das autoridades para que as ilegalidades não fossem o pão (dele) de cada dia na modalidade.

Em relação às últimas o caso foi parar a Tribunal, e eles que decidam de sua justiça.

Foi ainda manifestamente infeliz a posição do site Bola Amarela permitindo-se publicar a tal entrevista, precisamente na véspera das eleições.

Pareceu comprometido com um sentido de voto que já se previa ser contra o candidato Adolfo Oliveira.

Desconhecia, quando dei a entrevista ao senhor André Luso, que este se preparava para ser treinador (Clube Sportivo Nun’Álvares); mas da mesma forma que o senhor Luso tem toda a legitimidade para ser treinador, (a vida noutras áreas anda difícil) também eu tenho a legitimidade de pensar que fez um favor ao presidente da ATPorto.

Mas deixo ao próprio a oportunidade de fazer um exame de consciência sobre o que fez, e com que intenções! Claro que não foi a entrevista que motivou certas associações a votarem contra a minha lista. Provavelmente os seus dirigentes nem me conheciam.

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Mas tal como noutras áreas de actividade política, também não posso nem quero deixar de lamentar a posição de alguns jornais, que sabendo que o acto eleitoral foi denunciado ao tribunal por ter sido considerado "ferido de legalidade" pelo candidato derrotado, se mantiveram silenciosos perante mais uma irresponsabilidade federativa.

Têm os senhores jornalistas medo de divulgar o que se passou ou caber-me-á o mesmo direito de desconfiança como a que manifestei em relação ao site B.A.

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De facto afirmar que houve ILEGALIDADE só o tribunal terá competência para o atestar, mas que o assunto foi lá parar é uma evidência, e o Semanário Privado, não sendo da especialidade, não hesitou em procurar saber a verdade, pelo menos da parte de quem foi derrotado, já que os vencedores se negaram a prestar esclarecimentos sobre as ilegalidades que a FPT e associações regionais foram acusadas oficialmente.

Reconhecendo que a tal competência cabe claramente ao Tribunal, tinha no entanto uma palavra a dizer sobre assunto o Secretário de Estado do Desporto Laurentino Dias, pois sabe da trama das eleições. Se não assinou o registo dos CTT alguém o fez por ele.

Já antes pudera constatar o seu silêncio perante o que o jornal O JOGO noticiara sobre as licenças de Lousada. No meu entender deveria através do DIAP ter promovido um inquérito sobre esta matéria, até porque estavam envolvidos cidadãos Espanhóis.

Imagine o senhor Secretário de Estado que o “dossier” que foi elaborado e enviado para seu conhecimento, ia parar às mãos da Polícia Espanhola!

Sendo um alto dirigente, é triste se não percebeu que a Associação se serviu de estrangeiros para o que muitos pensaram ter sido uma tentativa de golpada aos cofres do estado; pelo menos esta ideia, ninguém ma tira da razão.

Falta saber se cada titular das tais licenças tinha conhecimento da utilização do seu nome, em que só a assinatura dos próprios atesta a sua legalidade e o seu conhecimento. Tem de haver boletins de filiação assinados pelos titulares, ou então estaremos perante uma falsificação de documentos. Não havendo boletins como é que a FPT deu entrada dos pedidos?

Aceitou as licenças, publicou no seu site, e por isso devia manter os filiados do clube Lousada Ténis Atlântico. Ao retirar os mais de 1450 de filiados, claramente reconheceu a ilegalidade! Não eram legais, então tem de ser considerado tentativa de fraude/burla ou lá o que a nova justiça chama a estas coisas.

O que fez sua excelência o secretário de estado?

NADA.

O que fez a Federação!

NADA.

Aliás “nada” é o que esta instituição tem feito até os dias de hoje; há muitos anos que esta federação tem vivido do esforço dos pais e dos treinadores de alguns clubes, e servido para acautelar alguns sustentos lá dentro.

Mas na verdade quem é que denuncia isto!

O ténis não é mediático dirão uns.

Não tem leitores que baste!

Dirão outros

E os cerca de duzentos mil (ou +) praticantes que existem no país!

Os milhares de espectadores do Estoril Open e os assíduos de Vale de Lobo não compram jornais? Só se forem gratuitos! Não brinquemos.

Se fizermos as contas ao que tem sido a maior parte da actividade da C Social da especialidade, concluiremos que noventa por cento do que se publica são resultados que podem ser lidos nos sites da ITF da ATP da WTA da TE, e agora também em sites e blogs privados.

Se desviarmos a atenção para as eleições Legislativas e Autárquicas de 2009, é fácil constatar que pelo menos neste tipo de actividade, até os que perdem têm direito a expressar “o sentir da sua derrota”.

Mas a vida é isto mesmo; uns perdem e outros ganham. Uns perdem com a certeza que podiam ganhar se a lei imperasse neste país, outros ganham porque sabem que ela é cega.


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Como já me alonguei bastante, aproveito o tempo gasto para tecer um pequeno comentário ao CAR.

Se o Frederico Gil for treinar para a Alemanha, então para que serviu nave do Jamor, a tal que custou três milhões, e que já estava paga só porque o atleta fez duas meias-finais em dois torneios ATP 500?

Se era para captar votos para o partido foi dinheiro deitado à rua, porque qualquer pessoa minimamente inteligente sabia que o senhor Sócrates só perdia estas eleições se o PSD tivesse o senhor Portas como Cabeça de Lista.

Por isso e em referência ao tal CAR que afinal, e a manter-se a tendência, o nosso melhor jogador de sempre só o utilizará quando estiver em Portugal em período de férias activas, (que corresponde na gíria a descanso activo), termino dizendo que se eu me deslocasse ao Porto para cobrir a apresentação do CAR (que funciona em Lisboa que é o mesmo que dizer aos atletas do norte venham para Lisboa), fosse a convite de quem quer que fosse, não viria no carro da FPT, nem que tivesse que fazer a viagem no sistema de Auto-Stop.

Não vai mal ao mundo, mas se tivesse de dizer que aquilo é uma “trampa”…não havia boleia que me impedisse de "botar a boca no trombone"


Viva a esperança

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