sábado, junho 10, 2017

Obrigado Luís Vaz




Hoje, é um dia especial. Obrigado  Luís Vaz pelo tanto que nos deste, e se lá no assento etéreo me leres corrige a minha ousadia de escrever por ti este soneto.








COM QUE FORÇA


Com que força pararei meu desagrado
por deste domicílio ter tido só vis traições,
e obrigado num grito simulando agrado
apaguei versos após múltiplas correcções.

Construído um albergue de acolhimento
elogiei então em prosas amores intemporais
rememorando à letra o mesmo batimento
sentido ante disparos traiçoeiros, fatais.

Reconhecido ser esgotado o último recurso
sem munições, restaram ecos de metralha,
em que compreendi ter a vida o seu curso,

E ora vergado pela idade, questiono:
- Com que força vencerei a última batalha
se ignoro vir um dia do futuro ser dono!



Cito Loio
.


O Prémio Camões que a mim imponho;_ como ele jamais traí minha alma, que de tão gentil que era acabou partindo empurrada por golpes sujos desferidos por quem nunca usou a sua força para defender a única  Pátria que tinha.

(Adolfo Castelbranco d'Oliveira)


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