segunda-feira, janeiro 20, 2014

CASTRADO NUNCA...

  




SEM CASTRAÇÃO 
 
Tolhido tão cedo pela morte não assistiu 
geraram-se filhos por cruel mudança 
que esta lusitana gente sem esperança 
à hecatombe, desfardada, não resistiu. 
 
Voltasses Ary, e cantavas um dia d'Abril; 
_ vinte e quatro, talvez o vinte e dois, 
por ora as touradas fazerem-se com bois, 
toureiros engravatados de ar senhoril. 
 
Emudecido quedaram vivas as tuas obras. 
-Sepultado entre cravos de democracia 
não viste quão c' espinhos 'pátria perderia 
por desconhecer o veneno das cobras. 
 
Se castrado ignoro, mas não relincha 
o teu cavalo à solta, ó poeta novo, 
imortalizado na memória dum povo 
que de tão empobrecido...já só pedincha 


Cito Loio 
(19 a 20/1/2014) 

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