domingo, maio 29, 2011

E 'Biba' a Feira do Livro

A todos um excelente Domingo

Porque houve alguém que um dia disse que as Gaivotas da minha terra eram feias, mas quem feio ama bonito lho parece!

Tal como Alberto, também na distância a sigo amando Há qualquer coisa em mim…e alturas na vida que um homem sabe que perdeu um combate. Perdi muitos, uns custando mais que outros. Mas quando caminhamos para velhos cada derrota transforma-se num hino; é a aprendizagem total.



ONDE PARAM AS GAIVOTAS

Onde estão agora as minhas gaivotas
Tão belas quanto as da tua terra!
E as praias do meu encanto,
Tão salgadas quanto os teus mares!
Onde está a minha família!
Tão humana, quanto a tua gente.


E digo-te c’a minha saudade é grande
Que nem podes imaginar!
E a dor de não poder regressar?
_ É do tamanho da distância vencida;
As minhas chagas, feridas,
Nem S. Tomé as pediria para ver.


Mas se olhares para dentro de mim!
Verás espelhado, rosto angélico
Mãos em forma de picareta
Enxada feita de pau, dona de calos
Cachoeira de sangue puro
Na curva apertada da Praia do Bispo


Aí sentirás terramotos de solidão
Pilares caídos, nos escombros
Doce ar melodramático
Uma lágrima infantil, cristalina
Preces, rezas, olhar terno a pedir
Protege-me, c’ainda sou pequenino!


Cito Loio

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