domingo, julho 25, 2010

a Freira




. Prazer de freira”

.

Soltou a cadela na praia, aliviando-lhe a tensa coleira

Despediu-se da vergonha e da larga batina de freira.

Ao mostrar um corpo cravejado com curvas sinuosas

Levando inocente desejo às mentes sujas e maldosas

.

E o único ornamento, pendurara ouro crucifixo ao peito

Qual grilheta luzidia como cruz, sinal de mero respeito

Ao desviar serena o olhar pelos corpos pecaminosos

Que fizeram por momentos imaginar sabores gostosos.

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E numa corrida fugaz, vindo à lembrança, do tempo ido

Entrou numa caravela ancorada nos areais de paixões

Revivendo seus amores, e o sexo nunca antes contido

.

Mas ao tomar o hábito, e Cristo como seu único marido

Entregando-se às rezas e à leitura de bíblicos sermões

Sarou réstias de chagas limpando de vez o corpo ferido.


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