quarta-feira, janeiro 28, 2009

Promulgaram

1) Decretos mas discretos

2) Novo Regime

Para que não nos aconteça


1) - Decretos mas discretos

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Em 2005 (ou terá sido 2006?) o Secretário de Estado do Desporto fez um périplo pelo país real para se inteirar “IN LIVE” das carências e sentires dos diversos agentes desportivos, ouvindo, e presumo que tenha tirado notas significativas sobre os que voluntariamente disponibilizaram o seu tempo e competências para dar pareceres do que entendiam ser prioritário para o país; também me desloquei ao Casino de Espinho com expectativas, ouvindo o S.E. apelar para que déssemos o nosso contributo

Chegou com o dia 31 de Dezembro 2008 um novo Regime Jurídico para as Federações, que em abono da verdade, não me parece que sirva de muito ou altere a qualidade visível do ténis; penso que a sua virtude, está na possibilidade de se ver o atraso de algumas instituições, e o trabalho sério e profundo a fazer na construção dos “articulados” para novos regulamentos e estatutos

O regime ora publicado indicia uma construção do tipo Parlamentar balizando-se entre 30 e 120 os DELEGADOS à Assembleia-geral, a determinar no futuro, baralhando ilusoriamente os votos, mas ao mesmo tempo possibilitando que tudo continue a poder ficar na mesma

>O valor do espaço <>
Pedia-se que se mantivesse os poderes de influência das Associações, e que o Governo fiscalizasse com firmeza a legalidade da actuação destas instituições através da federação; preferiu não o fazer, e criar mais pólos de desvario, mais departamentos, divisões salas células e celas, fazendo crescer focos de instabilidade, e esperanças nalguns, que não sabendo ler, atrevem-se a pensar que “agora” o seu “bunker” está protegido contra os alegados defensores da moralidade institucional

Nem o exemplo do que se passa com a Liga e a Federação de futebol, os sumaríssimos e o sempre presente espectro da corrupção dos casos mediaticamente tratados em tribunal, serviu para os legisladores tirarem ilações e concluírem que, quanto mais Simples mais Límpido


TEMO QUE A EMENDA ESTEJA PIOR QUE O SONETO

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Fui um homem de Associações, e ao longo destes últimos 30 anos ainda sou partidário de Associações muito fortes, se essa firmeza advir do aumento da qualidade dos Clubes, tornando-os participativos e dinâmicos quanto à exigência que devem demonstrar perante a vida federativa

Entendo que os clubes e as associações não devem servir só para pagar e para votar as Contas para garantir o recebimento do Subsídio; devem participar permanentemente na construção e na fiscalização da federação, e não esperar que os erros “graves” aconteçam para depois mudar de timoneiro mas continuar o rombo no casco deste navio

Do que foi emanado pelo Governo até ao momento penso que este «novo regime» não trata as associações com a delicadeza devida tendo em conta o muito que deram ao país

Não adianta esgrimir “sorrisos” perante o que o novo regime decreta; até à alteração dos Estatutos quem decide são as Associações de Clubes e as Representativas de acordo com o que estabelece o actual Estatuto da Federação

Serão “elas bem ou mal” que votarão o próximo Relatório e Contas, e “ainda” quem determinará o nº de delegados a cada A. Geral

Das Associações podemos condenar algumas atitudes e decisões erradas, mas por muito que não se queira, elas, bem ou mal, foram o rosto dos clubes árbitros e jogadores e têm estado na vanguarda como defensoras dos interesses da modalidade; com raras excepções são responsáveis pela existência de um ténis para todos, extinguido o paradigma do elitismo de classe e de princípios pré-históricos

Entendo, e o tempo dar-me-á razão como me deu nos assuntos em que não me enganei, que as Associações deveriam ver reforçada a sua capacidade decisória, pelo menos na nossa realidade, para combaterem sobretudo o comportamento condenável da parte da federação nalguns casos sérios, como o que permitiu uma tentativa de cometimento de ilegalidade (calando para tirar dividendos de filiação) sem punição


FORAM AS ASSOCIAÇÕES A DENUNCIAREM ESSE FACTO

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Independente do que se tenha passado, as associações e os seus dirigentes mereciam por parte do Governo um reconhecimento inequívoco da utilidade que têm e terão, e que tiveram durante largos anos em que os governantes estiveram afastados dos clubes e agentes desportivos em geral, e dar-lhes a importância que merecem; Nem Ministério do Desporto tiveram vontade de criar

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2) - Novo Regime

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Extraio da leitura do novo Regime Jurídico, que os legisladores não contaram com a crise entretanto instalada, que está para durar, e que retira um certo “ar paradisíaco” aos decretos publicados

Havia necessidade de rever “em alta” tudo o que estava para ser publicado em Diário da República, evitando-se ainda mais divisões administrativas

O tempo é de falta de recursos e falta de moralidade; a cada dia somos confrontados com escândalos mais ou menos previsíveis, e o Ténis não está incólume; está ainda em stand by

Escusava o Governo de se apressar, porque não «tínhamos» pressa alguma em que nos oferecessem uma lei que dificilmente trará benefícios, e antes pelo contrário permita criar entraves a um “SIMPLEX” para a Actividade Desportiva e o Desporto, que entendo ser a melhor solução para o futuro próximo da modalidade

Sou dos que pensa que, quanto mais academicamente evoluídos, mais nos apercebemos da incapacidade de governar com equilíbrio, mais somos confrontados com “jogadas de engenharia financeira” que levam a sociedade não só à “crise” financeira, mas mais grave, a da confiança

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Pelo que expus entendo que é uma “obrigação” no momento difícil que se depara ao Ténis, e a outras modalidades, dizer presente, e pedir à minha equipa que me ajude a elaborar NOVOS ESTATUTOS, NOVOS REGULAMENTOS para que possa traçar para o Ténis, um NOVO REGIME

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