segunda-feira, janeiro 05, 2009

certezas e incertezas


Novo ano, velhos hábitos que teremos de mudar; uma passagem de ano não trás alterações ao que quer que seja, a não ser momentaneamente um certo estado de embriaguês face às expectativas criadas pela necessidade de expurgar o que de mau aconteceu

I

Ao toque das 12 badaladas, tirei de cima tudo o que de ruim 2008 me “ofereceu”; preparei-me assim física/psicologicamente para um 2009 que se advinha difícil

Foi uma espécie de reset, alinhando as ideias, revendo os erros, prospectando acertos, equacionando probabilidades; concluí que o ano que entrou poderá ser de grande desgaste, lutas pelo poder e muito disparate intelectual

No Ténis nacional teremos eleições e não duvido que alinharão «em bloco estratégico» pessoas ligadas no interesse de evitar a eleição de Adolfo; quem sabe, talvez até apareça uma candidatura apoiada pelo eixo da ilegalidade carregada de “fair play” que espero derrotar com o apoio da força que o tempo dá à razão, porque é chegado o momento do ténis ter verdadeiramente o ténis no Comando

Não devemos «e a bem da modalidade» continuar a sujeitá-la ao escárnio e conversas de maldizer como o permite e origina um RGP constantemente alterado desde 2004! A FPT deve ser a única (no país e nos países) que altera o pilar do desenvolvimento sempre que determinada regra não permita leituras dúbias


II

Devem acabar os «desabafos de revolta» de pais que se sentem ludibriados nas suas expectativas, técnicos amargurados por ficarem sem o produto do seu trabalho, árbitros revoltados por serem preteridos em favor de negociantes e dirigentes a encolherem os ombros por concluírem que “não vale a pena”, sendo que estes últimos devem recordar o que antecede a… «se a alma não é pequena»

É tempo de clarificar e separar o interesse institucional dos interesses privados que têm conduzido o ténis na penumbra e sem responsabilidades; todos devemos estar abrangidos por um “código que nos puna” tal como existe para os jogadores

Vamos arrancar para mais um ano, as pessoas são as mesmas carregadas dos mesmos defeitos e das mesmas virtudes; infelizmente as virtudes não serviram convenientemente o Ténis, e os defeitos sobraram no prejuízo, havendo necessidade de mudança, razão para os que prejudicaram a modalidade anteciparem um “primeiro e definitivo” passo e divorciarem-se do ténis

III

O Presidente da FPT deverá ser exemplo e o primeiro a avançar com auto avaliação/punição mesmo sem código estabelecido ou aprovado; deve fazê-lo em consciência, o que durante os últimos 30 anos infelizmente não se verificou, independente dos mandatos poderem ter sido exemplares

É o que farei sem esperar o tempo de saída; colocarei periodicamente ao dispor de todos o que penso da minha governação, não haverá revoluções de pastilha elástica nem lugar a golpes de estatuto

Não me “mandarão embora” porque também para mim a porta da saída tem o mesmo princípio de funcionalidade que a da entrada, e a experiência de três décadas de profissional deram-me oportunidade de perceber que «razão do Homem» é maior que a «vontade dos homens da Razão»

Acabemos com “incertezas”, vivamos as “certezas” e mudemos em 2009



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