quinta-feira, setembro 24, 2009

O discurso

O Presidente Barak Obama fez o discurso anual de início de mais um ano escolar. Não é um discurso de facilitismos. É um discurso em que se explica aos alunos, de todos os graus de ensino, que eles têm uma obrigação para com o seu País e para consigo próprios. Vale a pena ler com muita atenção e relê-lo aos vossos filhos e netos. Neste particular o que é verdade para os USA também é para Portugal.

Sei que para muitos de vocês hoje é o primeiro dia de aulas, e para os que entraram para o jardim infantil, para a escola primária ou secundária, é o primeiro dia numa nova escola, por isso é compreensível que estejam um pouco nervosos. Também deve haver alguns alunos mais velhos, contentes por saberem que já só lhes falta um ano. Mas, estejam em que ano estiverem, muitos devem ter pena por as férias de Verão terem acabado e já não poderem ficar até mais tarde na cama

Também conheço essa sensação. Quando era miúdo, a minha família viveu alguns anos na Indonésia e a minha mãe não tinha dinheiro para me mandar para a escola onde andavam os outros miúdos americanos. Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extras, segunda a sexta-feira, às 4h30 da manhã.

A ideia de me levantar àquela hora não me agradava por aí além. Adormeci muitas vezes sentado à mesa da cozinha. Mas quando eu me queixava a minha mãe respondia-me: "Olha que isto para mim também não é pêra doce, meu malandro..."

Tenho consciência de que alguns de vocês ainda estão a adaptar-se ao regresso às aulas, mas hoje estou aqui porque tenho um assunto importante a discutir convosco. Quero falar convosco da vossa educação e daquilo que se espera de vocês neste novo ano escolar.

Já fiz muitos discursos sobre educação, e falei muito de responsabilidade. Falei da responsabilidade dos vossos professores de vos motivarem, de vos fazerem ter vontade de aprender. Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente da televisão ou a jogar com a Xbox. Falei da responsabilidade do vosso governo de estabelecer padrões elevados, de apoiar os professores e os directores das escolas e de melhorar as que não estão a funcionar bem e onde os alunos não têm as oportunidades que merecem.

No entanto, a verdade é que nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas responsabilidades. Se vocês não forem às aulas, não prestarem atenção a esses professores, aos vossos avós e aos outros adultos e não trabalharem duramente, como terão de fazer se quiserem ser bem sucedidos.

E hoje é nesse assunto que quero concentrar-me: na responsabilidade de cada um de vocês pela sua própria educação.

Todos vocês são bons em alguma coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona.

Talvez tenham a capacidade de ser bons escritores - suficientemente bons para escreverem livros ou artigos para jornais -, mas se não fizerem o trabalho de Inglês podem nunca vir a sabê-lo. Talvez sejam pessoas inovadoras ou inventores - quem sabe capazes de criar o próximo iPhone ou um novo medicamento ou vacina -, mas se não fizerem o projecto de Ciências podem não vir a percebê-lo. Talvez possam vir a ser mayors ou senadores, ou juízes do Supremo Tribunal, mas se não participarem nos debates dos clubes da vossa escola podem nunca vir a sabê-lo.

No entanto, escolham o que escolherem fazer com a vossa vida, garanto-vos que não será possível a não ser que estudem. Querem ser médicos, professores ou polícias? Querem ser enfermeiros, arquitectos, advogados ou militares? Para qualquer dessas carreiras é preciso ter estudos. Não podem deixar a escola e esperar arranjar um bom emprego. Têm de trabalhar, estudar, aprender para isso.

E não é só para as vossas vidas e para o vosso futuro que isto é importante.. O que vocês fizerem com os vossos estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país. Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro.

Vão precisar dos conhecimentos e das competências que se aprendem e desenvolvem nas ciências e na matemática para curar doenças como o cancro e a sida e para desenvolver novas tecnologias energéticas que protejam o ambiente. Vão precisar da penetração e do sentido crítico que se desenvolvem na história e nas ciências sociais para que deixe de haver pobres e sem-abrigo, para combater o crime e a discriminação e para tornar o nosso país mais justo e mais livre. Vão precisar da criatividade e do engenho que se desenvolvem em todas as disciplinas para criar novas empresas que criem novos empregos e desenvolvam a economia.

Precisamos que todos vocês desenvolvam os vossos talentos, competências e intelectos para ajudarem a resolver os nossos problemas mais difíceis. Se não o fizerem - se abandonarem a escola -, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao vosso país.

Eu sei que não é fácil ter bons resultados na escola. Tenho consciência de que muitos têm dificuldades na vossa vida que dificultam a tarefa de se concentrarem nos estudos. Percebo isso, e sei do que estou a falar. O meu pai deixou a nossa família quando eu tinha dois anos e eu fui criado só pela minha mãe, que teve muitas vezes dificuldade em pagar as contas e nem sempre nos conseguia dar as coisas que os outros miúdos tinham. Tive muitas vezes pena de não ter um pai na minha vida. Senti-me sozinho e tive a impressão que não me adaptava, e por isso nem sempre conseguia concentrar-me nos estudos como devia. E a minha vida podia muito bem ter dado para o torto.

Mas tive sorte. Tive muitas segundas oportunidades e consegui ir para a faculdade, estudar Direito e realizar os meus sonhos. A minha mulher, a nossa primeira-dama, Michelle Obama, tem uma história parecida com a minha. Nem o pai nem a mãe dela estudaram e não eram ricos. No entanto, trabalharam muito, e ela própria trabalhou muito para poder frequentar as melhores escolas do nosso país.

Alguns de vocês podem não ter tido estas oportunidades. Talvez não haja nas vossas vidas adultos capazes de vos dar o apoio de que precisam. Quem sabe se não há alguém desempregado e o dinheiro não chega. Pode ser que vivam num bairro pouco seguro ou os vossos amigos queiram levar-vos a fazer coisas que vocês sabem que não estão bem.

Apesar de tudo isso, as circunstâncias da vossa vida - o vosso aspecto, o sítio onde nasceram, o dinheiro que têm, os problemas da vossa família - não são desculpa para não fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para desistirem de estudar. Não são desculpa para não estudarem.

A vossa vida actual não vai determinar forçosamente aquilo que vão ser no futuro. Ninguém escreve o vosso destino por vocês. Aqui, nos Estados Unidos, somos nós que decidimos o nosso destino.. Somos nós que fazemos o nosso futuro.

E é isso que os jovens como vocês fazem todos os dias em todo o país. Jovens como Jazmin Perez, de Roma, no Texas. Quando a Jazmin foi para a escola não falava inglês.. Na terra dela não havia praticamente ninguém que tivesse andado na faculdade, e o mesmo acontecia com os pais dela. No entanto, ela estudou muito, teve boas notas, ganhou uma bolsa de estudos para a Universidade de Brown, e actualmente está a estudar Saúde Pública.

Estou a pensar ainda em Andoni Schultz, de Los Altos, na Califórnia, que aos três anos descobriu que tinha um tumor cerebral. Teve de fazer imensos tratamentos e operações, uma delas que lhe afectou a memória, e por isso teve de estudar muito mais - centenas de horas a mais - que os outros. No entanto, nunca perdeu nenhum ano e agora entrou na faculdade.

E também há o caso da Shantell Steve, da minha cidade, Chicago, no Illinois. Embora tenha saltado de família adoptiva para família adoptiva nos bairros mais degradados, conseguiu arranjar emprego num centro de saúde, organizou um programa para afastar os jovens dos gangues e está prestes a acabar a escola secundária com notas excelentes e a entrar para a faculdade.

A Jazmin, o Andoni e a Shantell não são diferentes de vocês. Enfrentaram dificuldades como as vossas. Mas não desistiram. Decidiram assumir a responsabilidade pelos seus estudos e esforçaram-se por alcançar objectivos. E eu espero que vocês façam o mesmo.

É por isso que hoje me dirijo a cada um de vocês para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e para que faça tudo o que for preciso para os alcançar. O vosso objectivo pode ser apenas fazer os trabalhos de casa, prestar atenção às aulas ou ler todos os dias algumas páginas de um livro. Também podem decidir participar numa actividade extracurricular, ou fazer trabalho voluntário na vossa comunidade. Talvez decidam defender miúdos que são vítimas de discriminação, por serem quem são ou pelo seu aspecto, por acreditarem, como eu acredito, que todas as crianças merecem um ambiente seguro em que possam estudar. Ou pode ser que decidam cuidar de vocês mesmos para aprenderem melhor. E é nesse sentido que espero que lavem muitas vezes as mãos e que não vão às aulas se estiverem doentes, para evitarmos que haja muitas pessoas a apanhar gripe neste Outono e neste Inverno.

Mas decidam o que decidirem gostava que se empenhassem. Que trabalhassem duramente. Eu sei que muitas vezes a televisão dá a impressão que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de trabalhar - que o vosso caminho para o sucesso passa pelo rap, pelo basquetebol ou por serem estrelas de reality shows -, mas a verdade é que isso é muito pouco provável. A verdade é que o sucesso é muito difícil. Não vão gostar de todas as disciplinas nem de todos os professores. Nem todos os trabalhos vão ser úteis para a vossa vida a curto prazo. E não vão forçosamente alcançar os vossos objectivos à primeira.

No entanto, isso pouco importa. Algumas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo são as que sofreram mais fracassos. O primeiro livro do Harry Potter, de J. K. Rowling, foi rejeitado duas vezes antes de ser publicado. Michael Jordan foi expulso da equipa de basquetebol do liceu, perdeu centenas de jogos e falhou milhares de lançamentos ao longo da sua carreira. No entanto, uma vez disse: "Falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E foi por isso que fui bem-sucedido."

Estas pessoas alcançaram os seus objectivos porque perceberam que não podemos deixar que os nossos fracassos nos definam - temos de permitir que eles nos ensinem as suas lições. Temos de deixar que nos mostrem o que devemos fazer de maneira diferente quando voltamos a tentar. Não é por nos metermos num sarilho que somos desordeiros. Isso só quer dizer que temos de fazer um esforço maior por nos comportarmos bem. Não é por termos uma má nota que somos estúpidos. Essa nota só quer dizer que temos de estudar mais.

Ninguém nasce bom em nada. Tornamo-nos bons graças ao nosso trabalho. Não entramos para a primeira equipa da universidade a primeira vez que praticamos um desporto. Não acertamos em todas as notas a primeira vez que cantamos uma canção. Temos de praticar. O mesmo acontece com o trabalho da escola. É possível que tenham de fazer um problema de Matemática várias vezes até acertarem, ou de ler muitas vezes um texto até o perceberem, ou de fazer um esquema várias vezes antes de poderem entregá-lo..

Não tenham medo de fazer perguntas. Não tenham medo de pedir ajuda quando precisarem. Eu todos os dias o faço. Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, é um sinal de força. Mostra que temos coragem de admitir que não sabemos e de aprender coisas novas. Procurem um adulto em quem confiem - um pai, um avô ou um professor ou treinador - e peçam-lhe que vos ajude.

E mesmo quando estiverem em dificuldades, mesmo quando se sentirem desencorajados e vos parecer que as outras pessoas vos abandonaram - nunca desistam de vocês mesmos. Quando desistirem de vocês mesmos é do vosso país que estão a desistir.

A história da América não é a história dos que desistiram quando as coisas se tornaram difíceis. É a das pessoas que continuaram, que insistiram, que se esforçaram mais, que amavam demasiado o seu país para não darem o seu melhor.

É a história dos estudantes que há 250 anos estavam onde vocês estão agora e fizeram uma revolução e fundaram este país. É a dos estudantes que há 75 anos estavam onde vocês estão agora e ultrapassaram uma depressão e ganharam uma guerra mundial, lutaram pelos direitos civis e puseram um homem na Lua. É a dos estudantes que há 20 anos estavam onde vocês estão agora e fundaram a Google, o Twitter e o Facebook , mudando a maneira como comunicamos uns com os outros.

Por isso hoje quero perguntar-vos qual é o contributo que pretendem fazer. Quais são os problemas que tencionam resolver? Que descobertas pretendem fazer? Quando daqui a 20 ou a 50 ou a 100 anos um presidente vier aqui falar, que vai dizer que vocês fizeram pelo vosso país?

As vossas famílias, os vossos professores e eu estamos a fazer tudo o que podemos para assegurar que vocês têm a educação de que precisam para responder a estas perguntas. Estou a trabalhar duramente para equipar as vossas salas de aulas e pagar os vossos livros, o vosso equipamento e os computadores de que vocês precisam para estudar.. E por isso espero que trabalhem a sério este ano, que se esforcem o mais possível em tudo o que fizerem.

Espero grandes coisas de todos vocês

Não nos desapontem.

Não desapontem as vossas famílias e o vosso país.

Façam-nos sentir orgulho em vocês.

Tenho a certeza que são capazes


quarta-feira, setembro 23, 2009

Beijo de sodad

Deixa que te beije

Sem palavras

terça-feira, setembro 22, 2009

Mas perde objectividade,

Ténis » Nacional Absoluto

Federação recusou proposta de prize money

MP

Disputado entre os passados dias 7 e 12 de Setembro, o Nacional Absoluto continua a dar que falar. Não pela ausência da maioria das grandes figuras, mas pelo facto de a Federação Portuguesa de Ténis ter recusado a proposta do Clube de Ténis do Estoril, que garantia a distribuição de prémios monetários que podiam atingir um montante global na ordem dos 15 mil euros. O mais importante evento do calendário da FPT acabou por não ter prize money, e os responsáveis federativos recuaram perante a candidatura do clube presidido por Filipe Soares Franco, mantendo a opção pelo Carcavelos Ténis.

Preocupado?

Não!


De facto, e na medida do conhecimento que tenho das pessoas e do mundo rural (!) não me preocupa o facto de não ter havido PM.

Preocupa e devia preocupar, saber que tipo de argumentos a FPT utilizou para rejeitar 3000 euros em tempos de crise

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Poderão argumentar de dentro da FPT que é pouco dinheiro (é o que com esforço o C.T. Estoril que organiza esta prova há long time, arranjou; para os arautos da riqueza, direi, que ponham do bolso deles o diferencial)


Quanto ao Nacional não perder dignidade por não ter PM é verdade.

Não perde dignidade mas perde qualidade, perde participantes, perde objectividade, e perde acima de tudo o que levou anos a conseguir (dinheiro para ajudar as despesas de quem participa e promove a modalidade, e esses são os JOGADORES). Mas a memória para uns não é curta, e não me esqueço o que esteve na origem da eleição do senhor Correia de Sampaio (façam um esforço de memória) e que deu origem a esta nova e estranha direcção!

Outra das preocupações mas que não me surpreende é o silêncio dos Clubes e das Associações ao não defenderem os seus atletas/filiados, aqueles que lhe dão o dinheiro – e não me falem dos mais pequenos porque esses também crescem

Quanto à perda de dignidade, esse atributo é-me caro, porque tenho a opinião que falar em seu nome tem um preço: ser detentor desse atributo.

segunda-feira, setembro 21, 2009

www.indeks.pt

Endereço de uma página muito completa e que dará jeito para todas as pessoas, pois pode-se saber chegadas de aviões, ler os jornais, aceder aos sites dos bancos, das operadoras móveis, aos horários dos comboios, aos nºs. do euro milhões, às farmácias de serviço e um sem número de coisas. Serve assim como índice de sites a um sem número de utilidades.

Muito obrigado por ajudar

From
Greenpeace Australia Pacific
Thank you for signing the petition and creating a whale


Amigos PARTICIPEM

http://www.send-a-whale.com/sendawhale/landing.php




Tanto que morreu no meu peito...


sábado, setembro 19, 2009

7 dias tem a semana

MP

Numa jornada que começou com quatro horas de atraso, devido à fraca qualidade do piso dos courts do complexo desportivo do Monte Aventino no escoamento da água, Magali de Lattre garantiu o apuramento para as meias-finais do Porto Open (10 000 dólares). A luso-suíça, primeira cabeça-de-série e 446ª do ranking WTA Tour, ganhou à francesa Anne Valérie Evain (644ª) por 6-2 e 6-1. Para além deste bom desempenho, Magali terá encontrado, também ontem, a causa das lesões nas costas que a têm assolado nos últimos tempos. A ex-campeã nacional foi observada por Nélson Puga, responsável pelo departamento médico do FC Porto, que lhe detectou um problema... maxilar.

O antepenúltimo dia do evento encerrou com a apresentação do programa para a nova época do CAR/Jamor. A iniciativa da Associação de Ténis do Porto revelou-se um fiasco, e apenas sete pessoas se sentaram à frente da mesa constituída por quatro elementos: presidente e secretário-geral da federação, presidente da AT Porto e director-técnico do CAR.

sexta-feira, setembro 18, 2009

Eles e os outros


VALE A PENA VER

Os génios são assim.


Nadir’ aria

Mi par d’udir ancor

Bizet

"Je crois entendre encore"

da ópera

Les Pêcheurs de Perles (Los pescadores de perlas)


quinta-feira, setembro 17, 2009

Una Dos y Três vendemos o CAR

Una Dos y Três vendemos o CAR

Merece uma musiquinha de um senhor que é só…

Doctor en Sociología y como Profesor Titular Numerario del Departamento de Arte de la UCLM, da clases como de Comunicación audiovisual, Producción, realización y operaciones artísticas y Producción audiovisual práctica en la Escuela Universitaria Politécnica de Cuenca de la Universidad de Castilla-La Mancha.


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Quando coloco em causa a FPT faço-o com base em dados inexistentes na “casa”, uma que tem um inquilino há anos e que não contribuiu em nada para o desenvolvimento da modalidade, verificando ainda que ao longo de 3 décadas não fora feito pelos seus técnicos qualquer estudo sobre a caracterização do quadro competitivo internacional, para que se concluir qual a baliza em matéria de ranking para que os nossos atletas possam perceber o trajecto desde o zero até lá.

Penso que essa falha aconteceu e acontece por duas razões

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A primeira por Incompetência e a segunda por Interesse.

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Incompetência porque na verdade os esses técnicos demonstram uma total ausência de conhecimentos no campo “analítico”, ficando privados de poderem perceber o comportamento e a variabilidade geracional da modalidade e dos praticantes ao mais alto nível.

Interesse, porque quem tem gerido a modalidade não lhe interessa que a qualidade suba, que apareçam atletas de alto nível, nem treinadores competentes; isso seria colocar a nu a sua própria incompetência e questionar a razão da ocupação dos cargos.

A pergunta que surge de imediato é: Qual a meta “em ranking” pensada para os nossos jogadores! E só no campo masculino é que coloco essa interrogação.

A FPT nunca avançou com um número, com um patamar com uma baliza; onde é que quer chegar!

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Aos os primeiros, 100, 50, 30 10 do mundo?

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Nunca se teve a coragem de balizar objectivos, preferindo-se dar como exemplo um kanking 80 durante 20 anos; perspectivo agora que se vai falar no ranking 60 para os próximos 20.

Da primeira vez atingiu-se o ranking sem sustentação, razão pela qual o atleta só esteve mais ou menos 7 meses no top 100.

Da segunda a histeria foi mais longe e atingiu o círculo Governamental com as infelizes e infantis declarações de um secretário de estado que não faz ideia nenhuma do que é Ténis.

Afinal que ranking podem atingir os Tenistas Portugueses?

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Top 10? Está fora de questão.

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Porquê? Porque a média de alturas dos atletas de top situa-se mais de 10 cm acima da altura máxima do melhor jogador português.

Quero dizer com isso que os jogadores mais baixos, não têm possibilidade de alcançar o topo?

Não, mas que é muito mais difícil não há qualquer dúvida.

Para se ultrapassar o critério altura terão que se concentrar num só indivíduo um conjunto de características que permitam suprir os défices da baixa estatura e com a política desportiva levada a cabo pelos cérebros competentes da FPT isso dificilmente acontecerá, porque os programas existentes tendem a excluir indivíduos que numa primeira fase não denunciam factores de sucesso, o que acontece com as crianças mais altas até aos 9/10 anos que sugerem numa análise apriorística carências nos motores que alavancam os critérios da coordenação.

Por outro lado, assenta-se nos praticantes de mais baixa estatura o quadro tipo do que é um talento.

Quem em Portugal se atreveria a apostar em Del Potro, ou Murray para um jogador de Top? Certamente seria excluído por défice de coordenação quando era (iniciado) sub 10.

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O exemplo de Chang, segundo me recordo, foi nº2 ATP (1,74 m) serve para contrariar a minha exposição?

Serviria se tivéssemos um atleta formado com base numa filosofia Matriarcal, o que me parece pouco provável de acordo com dois factores:

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1- O próprio sistema implantado em Portugal representa na sua génese a sustentação Patriarcal do comportamento.

2- O aparelho federativo/associativo está projectado mais para resolver problemas da sua própria sustentabilidade do que para desenvolver projectos e programas com fim à obtenção de resultados na alta competição.

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Falamos então de que tipo de Centro é este!

Qual a diferença deste para o que as próprias associações permitiram que a FPT fechasse?

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A diferença é que agora há campos cobertos?

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Antes não havia cobertos em Lisboa?

A MAIA não tinha cobertos?

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Temos agora um treinador/director competente?

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O Jan Soukup era incompetente?

O João Maio é incompetente?

A Câmara da Maia tem um técnico incompetente nas suas fileiras!

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Agora temos Dirigentes competentes e capazes de gerir a FPT!

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Os anteriores Presidentes eram o quê? Ignorantes! E votaram neles?

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Muitas são as interrogações, e muito poucas ou nenhumas as respostas com sustentação científica. A própria comunicação social na TV afirma que o novel nível do ténis internacional baixou e o treinador da nº 8 WTA V. Azarenka vai mais longe, e diz que o top afinal não é assim “tão forte como se julga”! E o pior é que ele poderá sobre determinado prisma de observação ter razão; e mesmo que não tivesse não serei eu a contrariá-lo!

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Mas porque baixou? Será porque cada vez mais, também lá fora como cá dentro, os técnicos são mal formados! Alguém já rastreou o quadro de técnicos e verificou o seu “histórico” desportivo na modalidade?

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Vamos então conseguir através de um CAR fazer melhor! Afinal qual é a meta de ranking proposta? Não aquela que se possa afirmar numa conversa às seis da tarede de uma sexta-feira, mas a que está comptemplada num Plano de Actividades aprovado.

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Chegaremos ao sucesso com o sistema actual!

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Faço Votos que sim…pelo bem das crianças.



quarta-feira, setembro 16, 2009

Algoqu’indasógatinha

À semelhança do que era para acontecer o ano passado, esperando que não se faça uma DESFEITA igual à sofrida pelo Jornalista Norberto Santos quando se propôs apresentar um trabalho sobre a FPT, apresentação anulada invocando-se uma desculpa no mínimo estapafúrdia, parece que a Associação de Ténis do Porto terá (?) convidado o senhor Cunha e Silva para, durante o Porto Open, falar sobre o Centro de Alto Rendimento!

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A ser verdade o mínimo curioso é falar-se de algo que tem três a quatro meses de vida, mas terei todo o prazer de escutar o ex-treinador do melhor jogador da actualidade falar sobre «algoqu’indasógatinha!

Mas quem paga a deslocação?

Quem autorizou a direcção da ATP a fazer o que quer que seja para além de mamter a actividade de secretaria?


Quero estar presente, porque há uma pergunta, apenas uma, que pretendo fazer em frente dos jornalistas, e que se prende com a legitimidade que assiste à direcção da ATPORTO estar em funções depois do MANDATO ter terminado há três meses!

Senhor Presidente da Assembleia-geral da Associação de Ténis do Porto e presidentes dos Clubes: será preciso que o Ministério Público intervenha?


terça-feira, setembro 15, 2009

Gil regressa às vitórias

Depois de ter perdido na primeira ronda do US Open, ter despedido o treinador João Cunha e Silva e ter passado uns dias de férias em Nova Iorque, Frederico Gil qualificou-se ontem para a segunda ronda do challenger de 106 500 dólares de Szczecin, na Polónia. Frente a um convidado local, Rafal Gozdur (1421º ATP), o sintrense ganhou por 6-2 e 7-5. (O Jogo)

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Sem dúvida uma má notícia para o Ténis Português, por duas razões e apenas duas de momento.

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1- Como 1ª razão tenho que Gil, «despediu o seu treinador» e porá certamente em causa a qualidade dos treinadores em Portugal, pois não se descortina ninguém "no activo" com perfil para o treinar

A 1ª hipótese é escolher um treinador estrangeiro e andar por fora, pelo menos durante o período em que mais se exige de um atleta

Como 2ª opção sempre pode andar “solito” no circuito, treinar aqui e acolá, contratar esporadicamente um técnico em alturas chaves.

A 3ª tomada de decisão é fazer como o Saramago.

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2- A 2ª razão prende-se com a FPT e os acordos com a Secretaria de Estado do Desporto.

A actual direcção, (eleita legal ou não, veremos o que diz o Ministério Público) jogou a cartada do Centro do Jamor com o treinador Cunha e Silva, e agora todo o país ficou a saber que O MELHOR JOGADOR PORTUGUÊS DA ACTUALIDADE despediu o responsável pelo Centro Nacional.

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O descrédito é total não tendo culpa alguma o João Cunha e Silva, porque “não foi ele que se meteu debaixo da vaidade”.

segunda-feira, setembro 14, 2009

Simply delicious

29 Anos depois a história repete-se.

Um feito que vem colocar em causa os novos conceitos sobre a proficiência precoce.

Uma história do Poder do Querer


domingo, setembro 13, 2009

Clic


Assim vai o ténis...



Uma MAMÃ na final do USOpen; Poderia ser o primeiro romance lançado pela WTA e posteriormente transposto para cinema num magistral filme com o sugestivo título "Kim e as raquetes perdidas" numa extraordinária obra-prima do realizador Steven Spielberg merecedor de mais um Oscar.


U.S.OPEN
Singles - Semifinals
(WC) Kim Clijsters (BEL) d. (2) Serena Williams (USA) 64 75

(9) Caroline Wozniacki (DEN) d. Yanina Wickmayer (BEL) 63 63



Maria João Koehler

Campeã Nacional Absoluta.

Eng. Gonçalo Pereira

Campeão Nacional Absoluto

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Em relação a este não faço a mínima ideia de quem seja apesar da sua idade. Francamente não me recordo dele mas também para o caso é irrelevante. É o novo Campeão Nacional Absoluto 2009; título que ninguém lho tira porque o ganhou com todo o mérito

Os títulos não sofrem contestação. PARABÉNS.

Mas o que me fez escrever este simples apontamento foi parte da notícia do jornal O Jogo


A bela conquista de um engenheiro

MANUEL PEREZ

Aos 25 anos, formado em Engenharia Mecânica e profissional de ténis desde o passado mês de Janeiro, Gonçalo Pereira é o novo campeão nacional absoluto.

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A 85ª edição da maior prova do calendário da Federação Portuguesa de Ténis, disputada no Carcavelos Ténis, ficou marcada, na vertente masculina, pela ausência dos atletas da primeira linha, mas para o longo e rico historial da competição o nome de Gonçalo Pereira junta-se a mais outros 29 campeões. Aqui aplica-se na perfeição o cliché "no aproveitar está o ganho..."

Gostaria de dar os parabéns à Federação Portuguesa de Ténis mas não posso

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As razões são óbvias:

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O Campeão Nacional Homens é um engenheiro que se tornou profissional o ano passado, aos 24 anos!

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Contei esto facto a um amigo Andaluz e nem me respondeu.

Deve ter imaginado de imediato que o nosso Ponta de Lança da Selecção Nacional que disputa o apuramento para a África do Sul em futebol, foi encontrado por um olheiro na Distrital onde participam equipas compostas de jogadores das mais diversas profissões.

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Se no aproveitar está o ganho" a pergunta que coloco a mim mesmo e deixo no ar é, onde se gasta o dinheiro (oferecido) que vem do IDP, as verbas que os clubes pagam pelas taxas de filiação (os que pagam porque falta saber se todos cumprem), os dinheiros das licenças dos jogadores, acrescentando outras receitas que eventualmente o ténis receba e que não tenho conhecimento?

Porque razão há mais torneios que jogadores! Quanto rende á Federação e a certas Associações/outros um calendário insólito e despropositado. Quanto e quem anda a ganhar com esta Federação!

 
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