domingo, abril 03, 2016

Contra mão


Nunca parei na contra mão ate ao dia que me rasteiraram.
 Mesmo assim mantive as boas maneiras, porque me recordei que...
  

Construí cidades tendo por pano de fundo sorrisos de pessoas que não confundo, demonstração de afectos sem maldade, gente igual a mim, idosos, tangendo meia idade pintando quadros com alvas pombas, corando o rosto com imperceptíveis sombras. Alguns, eram pescadores de barcos sem velas, solícitos pregadores de coisas belas, carpinteiros com cursos tirados na vida especialistas na busca de comida embaladores de filhos sem licenciatura aguardando o adeus chegada a altura. Crescido, indo por uma rua, ainda na memoria, vi-a sorridente entre confusa multidão, trazendo pendurada a mala de mão e no andar o convite que me faltava para poder dizer _ eis o que esperava!. Abandonei por ela deveres escolares, mulheres ostentando ricos colares, indígenas coroadas com missangas conquistadas nas inovadas reviangas, e torneando largos que escondiam a paixão desprezei-as ao querer ir alem do coração. Fazendo-se noite ao rompimento do dia limpo o rosto por mergulhado na fantasia, dei fé dispensar-se ao céu as queixas, nas cidades não existirem gueixas, serem as quimeras loucuras de poetas e as costas apetecíveis alvos para setas


Do Inácio


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