segunda-feira, fevereiro 22, 2016

Viajamos num barco frágil de papel

Para os amigos afirmando-me solidário com as vossas mágoas, deixo este singelo poema, prova de também de ter atravessado, igualmente tempestades incontáveis.
.

.
LARGO O CAMINHO
.

Tão largo o caminho que ainda percorro
entre a fria solidão num cais de partida
e a amaragem à gare plana da infelicidade;
_ do antes nunca (a Schi) pedi socorro,
tempo vivido sem nunca comprar guarida.
- Descoberta, não me atrapalhe a idade.
.

Tardava, assomo de valentia sem bengalas
abri portas ao q'ofertasse presente e futuro
e vindo desse o que do então já perdera.
- Levantando baças e molhadas palas
de novo arauto sem armas, firme e puro,
debrucei-me sobre o que antes escrevera.
.

Que poemas meus! Sabendo-os dolentes
rasguei por vivo as págimas mais recentes
que o futuro não reescreveria o passado.
.

E ladeira abaixo vindo um vendaval
vi mais festa na morte que no Carnaval
sabido 'vida um bem intransaccionado.
.

Cito Loio
sem data




Sem comentários:

 
Web Analytics