Eternidades
passei desde então
partindo sem
Caravelas à descoberta
enfrentando
monstros marinhos,
e apagada a
última revolução
executei
rainhas de porta aberta,
sem dote
real, visíveis pergaminhos.
_ e do berço
registos inesquecíveis
nem memorial
de nomes possíveis
Por renovado
mares iguais ondas
lavraram-me,
marujo, óbito
sem nunca
chorarem o defunto,
enquanto
desvairado a contas
com a dúvida,
afastei o q de mórbido
eternizava a
dor calando fundo,
desconhecendo
quão era fascinante
amar u'
sonho, torná-lo amante.
Reembarquei
c' Vasco da Gama
por Índias
ao Médio Oriente,
Américas,
Oceanias, e nesta Europa
percebi-me
uma espécie estranha
perante
olhares ao q era evidente
das
esplanadas a trilhos em rota,
incapazes
questionarem da cor origens
razões que
provocavam vertigens.
Substituindo
remos por sofás
virei meio
século de Marte a Saturno,
anelei do
firmamento elos du' prisão
sem paredes,
evitando voltar atrás,
recordar
tempos d'Imperador nocturno
tirando dos
fracassos prenhe lição;
_ majorado, e
homem já conseguido
abri o peito
sem chorar o perdido.
Remate
Repousando
num colo revitalizante
fitado por
quatro olhos cristalinos
entendi
arquivado meu auto de culpa;
_ findo
calvário daí em diante
incumbi-me de
inventar novos hinos
e
desprimorando quem insulta
evoco para
mim honra d'Egas Moniz
restando
prova miscigenada deste país.
Cito Loio
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