JÁ PRONTA...?
QUE
ESTEJA PRONTA
Conhecida se condene toda a
malvadez
e nunca da história s’ apague a
morte d’ Inês
que o amor se quer puro e
sublime
como do Poeta s’ exige q’ em
verso rime
Evocando, a Cristo, do alto
duma carpa
arranquei da carne a última
farpa
troféu dum passado, inglório
sofrimento
toldado que fora o
discernimento
Dizendo dilacerado, Maria,
vezes sem conta
outras tantas gritando pulmões
ao vento
cedido, supliquei às sombras do
firmamento
rogando que na terra se fizesse
pronta,
lavando deste meu corpo restos
de sangue,
manchas herdadas dum tempo
distante
(Se por ela esta prece não for
atendida
faça-se vontade e minha morte
não seja assistida)
Cito Loio
5 a 6 de Julho 2012
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