terça-feira, março 21, 2017

E...ZÁS!

Hoje, dia mundial da hipocrisia, desculpem o engano da Poesia, mesmo que não se escrevam poemas, gostaria de oferecer a todos que se riram de mim, me julgaram um palhaço vestido com juba, um pequeno escrito acompanhado duma soberba interpretação, num conto que no fundo reflecte com verdade a minha meninice.





E...ZÁS!


Queria regressar ao tempo q'era criança,
afrontar tempestades ao adormecer
acarinhado nos braços de nh'única avó,
escondesndo-lha dentadura postiça,
deliciar-me c'os suspiros da Natividade
e imitar no banho o tenor Mario Lanza,
Recitar!..Vesti la giubba, até enrouquecer,
ver as coxas da criada a limpar o pó,
jogar ao pião, escapulir afoito da polícia
ao vagabundear por becos da cidade,
dar por certo, no tempo, meus enganos
mudar a história d'amores sobrevividos
alterar o futuro vivendo-o na mocidade,
e num estalar de dedos reparando danos,
provar de novo sabores conhecidos
sentindo o corpo a brincar com a maldade.

Voltaria a cometer iguais desvarios
imergido nas águas dos mesmos rios;
_ sim, queria, pudesse, voltar atrás,
e quando todos dessem conta, eu...zás!


Cito Loio
(Perdoem as lágrimas vertidas neste poema sem data ou valor)

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