terça-feira, janeiro 10, 2017

Pelos pilares dos Jerónimos

A  25 de Novembro de 2016 com 90 anos morria Fidel de Castro.

Quer se goste ou não este sujeito pegou em armas e lutou contra a ditadura que imperava no seu país.
Era um ditador um facínora o que quiserem chamar ao homem mas nessa altura, para além se ter decretado 9 dias de luto, os cubanos, ou o governo, entenderam levá-la pelas cidades e terriolas de Cuba.

Em Portugal e com a morte do denominado pai/avô da vossa liberdade e democracia afinal só decretaram 3 dias de luto e a porra da urna contendo o corpo de Mário Soares só passeou pelas ruas de Lisboa estando os responsáveis pelas exéquias fúnebres cagando-se para o resto do país não obstante todos pagarem aos militares e demais pessoal envolvido no espectáculo mediático que se montou à volta da morte dum sujeito que durou o tempo que a natureza lho permitiu.


Estou triste não pela morte deste "senhor" mas ofendido por ter andado a conspurcar o Mosteiro dos Jerónimos um símbolo do Império, orgulho de um Povo que se fez grande e engrandeceu o Universo, símbolo inequívoco do Infante D. Henriques (o tal filho da puta culpado das descobertas e das façanhas dos navegantes portugueses que edificaram "nobre reino que tanto sublimaram") e que viria a custar milhões de vidas aos ex-portugueses negros que pereceram após a exemplar descolonização de 75.

Sou novo, apenas a caminho dos 64 anos e como tal não sou do tempo da ditadura nem dos "pidescos" que me queriam foder na sala da reitoria do LNSC (um liceu imperial) apenas e tão só por um dia (porra corria o ano de 1973) ter tido a desfaçatez de levar à cena (co-responsabilidade da minha mana Kim)  num cinema da capital angolana (Avis) o Discurso na ONU, os Malefícios do Tabaco de Anton Tchekhov e o Menino de Sua Mãe de Fernando Pessoa, contrariando os avisos da DGS (direcção geral de segurança/ versão soft de PIDE).


Para aqueles que se acham democratas e que lutaram com armas contra a ditadura faço um minuto de silêncio.
Para os que andaram a coçar os colhões pelos pubs de Paris e viveram à custa da mesada dos paizinhos da "moderna" ou do que os países que queriam destruir o Império para que Angola não se tornasse independente por dentro resta-me uma frase: Que a terra lhes seja eternamente leve.


(Em memória da minha avó materna Lucinda dos Santos Loio
Em memória do meu avô materno Adolfo Castelbranco
Em memória da minha avó paterna Albertina Raposo do Nascimento Oliveira
Em memória do meu avô paterno Inácio Oliveira
Em memória da minha minha mãe Maria do Carmo Castelbranco Oliveira 
Em memória do meu pai Manuel do Nascimento Oliveira
Em memória de todos aqueles que um dia deram a  vida por uma pátria que julgavam sua...
...também por Luís Vaz de Camões, senhor Marcelo Rebelo de Sousa excelso Presidente da República...e por todos os pilares dos Jerónimos)


Sou e serei
Adolfo Inácio Castelbranco D'Oliveira

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