FINDO O CONTO MÃE
FINDO O CONTO MÃE
Hoje, caída
intempestiva carga d’água
não vi levar
tristezas em que m’afogo
nem branquear ‘negro
desta mágoa
invadindo-me se
à paz ajoelhado rogo
As pingas, num
gotejar já solene
molham ao
vento com emoção
os sonhos em
que à noite me perco
sem orar c’
bíblias – contas dum rosário,
e num desejo
simples, seguro o leme
coloco lenços
à janela da escuridão
espanando o
amor quando me acerco
meta à vista
deste viver solitário
Hoje mãe, estende
do céu macio xaile
para que possa
finalmente adormecer
cansado de
vaguear por tanto baile
sem que
ninguém me quisesse prender.
- Avisa Carmito
que será mui pronto
ter-me a seu
colo, findo o último conto…
Cito Loio
Inácio
2015
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