sexta-feira, agosto 17, 2012

Que nos resta agora?


TÃO DISTANTE!

Que império no fundo tivemos,
que criadores de monstros não soubemos
amansar a besta humana,
esta, que ficou aquém da Taprobana

Nós que vimos rios a partir do mar
pássaros fazerem ninho no dorso
de rinocerontes, sem alegórico corso,
vendo o filme, “advinha quem vem jantar”

Que territórios afinal não mantivemos,
e por escondido, nunca dissemos
o tamanho e a cor do sofrimento
previsto que não fora tanto agastamento.

Nós que idos, aprisionámos o próprio ar
só para cumprir mandatos reais
entre choros de hienas e latidos de chacais
perecemos, longe desse tempo impar

Adormecidos, longa viagem sem Stop
vimo-nos parados frente a um Shop!
_ Frente a nós a Gare do presente
dentro, sentimos tratar-se doutra gente

Do império (pensei) já nada perdura
que outras caravelas se fazem à conquista
de paraísos achados em páginas de revista
de onde retiraram a amargura

Por cansado faço uma pausa!
_ perguntem-se sobre a vera causa
deste remoer constante!
(c’ sotaque brasileiro)
- Senhor, porque está tão distante?

Olhei-o como se (ele) fosse D Pedro
pedaço da pátria, há séculos emancipada
filho do amor a bordo duma jangada
prova viva dum acto sem medo

- Aqui, por resposta, sou mais do que eu,
como tu, totalidade de quem me concebeu,
somatório de duas partes separadas
pela cobiça, e pelas forças armadas!

Cito Loio
13 a 17 de Agosto 2012










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