A ti dono da pena,
NÃO ME ABANDONES
Não andei poeta meu,
Como tu descalço pela verdura
Meu chão recordo,
Era de terra escaldante e dura
Verdes? Teus prados
Como azul eram tuas bandeiras
Pois vermelho sangue
A cor das minhas brincadeiras
Tu cantaste às musas
Realeza de virgens donzelas
Eu perdi-me por aí
Nas sanzalas c’ algumas delas
Tu escolheste a pena
Como arma, grande escritor
Eu, a tua língua
E a vontade de ir além da dor
Usaste armaduras
E lança de bravo navegador
Eu? Usei a boina
Perdida, sem perder o fulgor
Tu cantaste pátria
Desde o reino ao largo império
Eu, cedido na praia
Chorei a dor do meu cemitério
Cito Loio
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