sexta-feira, dezembro 30, 2016

Bom 2017

LUZIDIA  A PATROA  

qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência

texto por corrigir
. ***

   Sentada num dos cadeirões da sala de espera, apreciava com ar de dama séria outras por certo com igual problema; _chamava-se (vim a saber mais tarde) Luzidia Fera, e viera, tal como eu, até a clínica Jovem Santa Filomena por há muito ter visto perder-se o sorriso natural pelas ruas da fama em bailes com baila-ricos de Carnaval. Inegável que fora num outro tempo, aquele que  denominou colonial, uma menina de passa-reles, das rádios e discos, terminando requisitada artista em filmes donde a ostentação do sorriso afável valia um contracto com descontos para o estado, e a todo o custo para evitar perniciosos riscos só se deitava com quem desse segurança, indisposta a que azaradamente viesse a crescer-lha pança.

     Num belo dia viu-se Luzidia perdida de amores por um sujeito muito viajado, com passaporte, por terras do sol-poente, e dada a calores apostou na roleta da cama a própria sorte saindo-lhe por taluda uma doença dita muito grave que para actriz de filmes pornográficos  era um completo entrave. Mas a medicina atarefada e de progressos avassaladores deu-lhe mais anos de vida do que supunha e alargado o ramo, ajudada por novos professores, sem abertura de pernas ou a sujeira de dar o seu em troca da cunha fez-se aos estudos na Velha Universidade e montou um bordel para meninas de tenra idade. Exigia-lhe tal oficio uma dentadura brilhante, olhos resplandecentes, aprumo no trajar, trato fino, sapatos que dessem um andar elegante, ficando para as outras fazer o pino pela  senhora recebendo no traseiro palmadas dos clientes, que da Patroa apenas veriam os dentes.

   Foram-se os dias, os meses, anos sem fim, mudado os tempos mudadas as fidalguias e enterrava Luzidia seu mais que donzelo amante Fornicato Serafim, e já portadora de irritante idade para outras folias sem que se conhecessem herdeiros a quem doar em testamento, vendeu a riqueza alcançada com arte sofrimento e talento. De reforma valia-lhe-ia a Segurança Social contribuindo com uma pensão de sobrevivência levando-a a tomar por decisão vir a ser enterrada em Alcácer do Sal afim de alcançar a paz e dar repouso ao que restava da altura da imaculada inocência.

  Mudaram governos ao longo de diversas legislaturas, vieram outros políticos, uns honestos outros nem tanto, trocaram-se artigos, decretos e leis, alteraram pontos fortes da constituição trazendo para muitos muitas benesses para outros dificuldades incontáveis, mas não mudou a sorte para Luzidia pois de confiável só restou a morte

Inácio
‎Terminado a 30‎ de ‎Outubro de ‎2016
‏‎01:18:03


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terça-feira, dezembro 27, 2016

Feira de gado


Augusto Santos Silva

pede desculpa por comparar 
concertação social 
a
"feira de gado"



Será que este senhor entende a linguagem dos animais de feira?

Na minha modesta opinião ele lá sabe como se comunicam...




segunda-feira, dezembro 26, 2016

Coimas...


A partir de amanhã, quem não der prioridade nas filas arrisca multa


Acho bem...mas:

1º a partir de que idade se deve considerar uma pessoa idosa.
2º qual o grau de deficiência e se visível ou não.
3º a partir de que mês se refere a gravidez


*** Independente desta hipotética medida e estar de acordo o que me surpreende é não se punir a falta de educação quando damos primazia a certas pessoas e nem obrigado dizem ou sequer fazem um gesto de agradecimento.

domingo, dezembro 25, 2016

DESCULPEM A DUREZA


Bom Domingo de Natal.
e...
DESCULPEM A DUREZA


Das palavras apenas vos peço desculpa pois de encanto inicial ficou-me a rudeza sentindo nas veias um rio turbulento que derrubou a ponte que nos ligava ao colocarem em verso a palavra fim sobre as feridas que me consumiam. Já só, tomei para mim refinada culpa sabendo terem quem quisessem a mesa, enquanto peregrino dormia ao relento, e aprisionado sequer imaginava que bailariam exibindo roupas de cetim, longe dos sonhos que me adormeciam. Mas ainda em vida, numa estrada sem curvas escrevo poetizando meu próprio epitáfio mergulhando o sonho em águas turvas, e sem estrelas, a coberto das calemas, grito uma ultima vez - vamos Inácio que só os poetas morrem consumidos em penas.
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Cito Loio.



sexta-feira, dezembro 23, 2016

FELIZ NATAL ... COM UM APERTO DE MÃO

APERTO DE MÃO

A todos aqueles que choram as suas penas no papel


  Correu a cortina da casa de banho, pegou numa das toalhas penduradas no varão ao lado do poliban e limpou-se meticulosamente, e mais que a sujidade tinha lavado a alma conspurcada de palavras colocadas sobre folhas (em formato dactilografado) passadas a limpo e corrigidas na net. Tantas vezes se tinha apossado dele a vontade de explodir nas tertúlias poéticas a que assistia a nalgumas vezes participava como interveniente, mas continha-se por respeito aos que nada escreviam e tudo engoliam, até sapos de lentes de contacto a debitarem frases que traduzidas apenas confirmavam a falta de atributos para a titulação de escritores poetas declamadores. Já seco vestiu umas calças, uma blusa, e o resto que todos devem usar e por tal não vale a pena mencionar, saindo em direcção ao quarto. Sem sono visível, não era compensador ficar de papo para o ar mas também não tinha apetite de ir laurear a pevide. Ainda não jantara, a acaba por se sentar no velho sofá da minúscula sala em frente à televisão desligada
  Sem dar conta do tempo passar, minutos depois encontrava-se no patamar duma escada composta por degraus feitos de versos irregulares intercalados com alguns de rima fonética que se erguia diante dos olhos esbugalhados dirigida ao céu. Hesitou 3’ 21’’ (preciosismo literário) e sem pedir autorização a DÉOS começa a subir degrau a degrau para não perder nenhum, parando a cada estrofe para descansar (que subir cansa) apreciando a as métricas do corrimão os sintagmas dos vãos, até que súbito depara-se à entrada do Páraísso, um jardim quase parecido ao da Estrela, sito em Lisboa, a fugir para a beleza abatinada do Mondego debruçado sobre o Guadiana com curvas similares ao Douro em fintas com o Minho socalcos do Tâmega margens do Sado, parecendo-lhe ver um sujeito meio esquisito sentado numa selha com o formato de pipa de vinho segurando uma pena, que ao vê-lo a deposita sobre um pergaminho que estava numa mesa feita de poemas sem pés; a cabeça estava enfeitada com uma coroa de louros com espinhos. Atrás deste uma alma de longas barbas e cabelos brancos e lisos lia um livro que à distância pelo volume podia ser a Odisseia ou uma Bíblia ainda por escrever mas que a distância e uma delicada neblina impossibilitava ver com nitidez, e queda-se estático na dúvida se avançar ou não.
  No horizonte viam-se figuras com asas, e entre elas umas tocavam liras outras harpas, e uma tocava badalo rindo-se que nem um perdido, talvez o único com juízo no meio daquela orquestra de seres sem passado presente nem futuro, mas que achavam que na terra toda a gente gostava de santos mesmo que fossem dos que sacam o máximo deixando as pessoas no limiar da pobreza. Mas para ele, um intruso que não fora escorraçado nem ameaçado, nada daquilo importava ou mexia com a sensibilidade, antes fez que um sorriso malandro aflorasse no rosto e antes que se tomasse de atrevimento e fosse embora a figura que o olhava com uma certa curiosidade faz um sinal para que se aproximasse, e feito com um gesto fora do comum e ao avançar não pode deixar de sorrir. O homem tinha uma pala na vista, barba e vestimenta que lhe eram familiar do tempo de escola em que as professoras de história o obrigavam a marrar nos livros que tangiam as descobertas, o caminho marítimo para a Índia que ele achava que já existia antes de ser descoberto, as naus do Gama do Gonçalo Marco, Diogo Auau, Fernão Mendes Galinha, e outros atrevidotes que demonstraram coragem na suas aventuras, mas que lhe lixavam o tempo de andar a rodar saias, e já quase à distância dum aperto de mão pára na expectativa que ele o questionasse.
- Qual a sua divina graça?
  Que raio de linguarejar era aquele, o que queria dizer com a expressão sua graça, porque não o mandara sentar passou-lhe pela cabeça, mas de imediato repara que não havia mais nenhum banco para o fazer. Seria que lhe perguntara o nome, dá-se ao direito de pensar.
- Chamo-me Pitoresco Versejado e qual a sua
- Há quem me chame Poeta outros Chato no fundo um gajo que lixou a vida a muitos fedelhos que em vez de estudarem andavam a tentar saltar para a espinha de quem não deviam para além de não conseguirem mas sente-se
- Mas não disse o nome
- A seu tempo lá chegará senhor Versejado mas ora sou tentado a desafiá-lo a fazer uma poesia a maias comigo porque chegou-me ao conhecimento que o amigo escreve
- Deve ser broma mal sei assinar o nome senhor
- Permita que o elucide mas há quem lá para os sítios onde o caro amigo mora que sabe assinar o nome mas não sabe escrever
- Quem sou para contraria uma alma do outro mundo um ser extraterrestre um génio da palavra
- Aceita ou não o desafio que lhe enderecei
- Claro que sim e espero não o defraudar
- Então comece que o verbo é seu
  Pitoresco dá mostras de estar completamente a leste do paraíso, ou não estivesse no Páraisso, uma versão on-line do céu onde Caim dera duas bordoadas em Abel quando descobriu que o sacana andava a encornar o próprio pai e o mandou para os anjinhos, apesar do Velho Testamento nem piar sobre o assunto, tanto mais que admiti-lo era dizer que a Eva cambalhotava com quem estivesse mais a mão de a fazer entre gemidos ir ao épico do prazer sexual sendo que rapidamente equaciona estar perante um desafio mais excitante que jogar numa equipa de futebol da 3ª distrital e aceita.
-Ora então comece senhor
- Nem pensar dou-lh’essa prerrogativa
- Ah quer dizer que candeia que vai à frente alumia duas vezes 
- Vamos lá homem comece q’estou em pulgas por saber quão vale no improviso
  Como por encanto os pássaros que voavam nas imediações vieram a todo o gás parar nos ramos das árvores mais próximas a donde se disputaria a contenda. No Purgatórrido o Mafarrico esfregava as mãos de contente, na terra o rei Eujaz I da Portugávia punha a mão na cabeça e nas Minas da Panasquice um antigo mineiro desempregado vociferava contra o Estado por terem-lhe lixado o emprego e a reforma e sua adorada Contrafeita Purificaste de Joelhos já não poder comparar os ‘produts’ for maquilhagem, e na terra do bimbo todavia ninguém sabia o nome do adversário do seu mui querido conterrâneo, mas este lançando mão de tudo o que aprendera na ruelas da parvoeira não se ficaria ante tal desaforo e aceita a incitação
- Posso começar
- Claro que sim avance lá com essa poesia
  Versejado pede que lhe forneça uma folha para escrever o poema, mas o adversário diz ser impossível dado pretender que os versos sejam improvisados, não restando ao Pitoresco que exibir um sorriso de pronto para a largada. Num raio de anos-luz faz-se silêncio democrático para que até as bactérias pudessem regozijar-se com a actuação do seu preferido.

Desvaneça-s’esta pujança bruta
em versos que postam ‘desalento,
sustento de uma raiva inculta
dest’alma já viciada em tormento

  O mundo cala-se. Teria o intruso decorado versos que estavam ainda na mente do predestinado à sua frente, aquele que cantara poeticamente os feitos dum povo que representado por embarcadiços ia por terras do ímpio comer as mães das criancinhas enquanto os pias andavam pelas florestas, noutras latitudes com o nome de matas, a caçar pirilampos para iluminar cabanas e cubatas onde os seus rebentos estudavam as teorias de Newton, o espírito de Lock, e as últimas novidades em matéria de Finanças para que no futuro a Banca não entrasse em failure to pay, mas este, com gesto quase homérico, não se faz esperar e declama.

Encheu-se-me ‘vida só d’enganos
sem ter por perto quem me fartasse
esbanjando parte de meus anos
à privação de ter quem m’amasse

  As árvores da redondeza batiam a ramagem de contentamento face à parada resposta que assistiam discutindo com a passarada que seria o vencedor daquele combate vocal e apostavam sementes contra cagadelas de pardais, uns a favor de Pitoresco Versejado outros do amigo de longa data. A alma de longas barbas e cabelos brancos e lisos que lia o livro aproxima-se dos beligerantes, e num revoltear de páginas do livro pergunta quem estava a ganhar e quantas palavras já tinham sido desbaratadas naquela disputa tola. Ele, mais do que qualquer mortal, sabia que a vitória pertenceria àquele que há muito fazia parte do seu exército de defuntos e que se tinham imortalizados já depois de fenecidos, enquanto aquele novo poetizo ainda tinha muitos anos à sua frente a tenir, antes de alcançar o etéreo vale dos génios, mas não quer interferir e fica à espera do que vinha a seguir.

Não te doa por tal o que não tenho
q’em madrugadas enlouquecidas
camuflei mágoas, fraco desempenho.

  Mal dito os versos olha para o contrário que sorrindo levanta e rodopia sobre os tacões das botas de couro. Nessa altura Pitoresco vê uma espada já ferrugenta presa à cintura e mais atrás o livro que a Alma lia dava pelo título Os Lusíadas, e quando aquele termina o rodopio e se senta é confrontado com uma lágrima que escorria da vista cega.

Caiba-me então e por bem presente
aliviar tuas penas por esquecidas
visto de minhas há mui sou ausente.

  Terminado o verso estende a mão para cumprimentar, e num acerbo tom de voz fala dando por terminado o repto que lhe lançara; mais uma vez não diz nome nem alcunha por sabido que tão pouco seria necessário, antes faz uma recomendação.
- Pitoresco Versejado não se engane que a luz que brilha no céu só às vezes ilumina os verdadeiros poetas e nós ao longo da história fomos vivendo de desilusões provocadas pelos desamores tidos por mulheres que amámos, mas pior é ser-se esquecido e traído pela pátria por quem arriscámos a própria existência
  Sem dar tempo a contestação virou as costas e desapareceu na parede que a neblina fazia. Era tempo de abandonar o sítio, descer a escadaria da ilusão, recolher ao frio do seu quarto, e esperar que no dia de Natal um Pai Natal qualquer animado de boas intenções lhe trouxesse de prenda uma poema escrito com versos. Na rua uma moto em escape livre faz com que desligue o interruptor da ficção.


Inácio
(Terminado a 10 de Dezembro às 01:21)

   

quinta-feira, dezembro 22, 2016

Organização das Nações UNIDAS

O mais perfeito de todos os embustes;
_Organização das Nações UNIDAS, e depois há os que têm direito a Veto, e outros nem o voto conta.


Talvez por isso no próximo dia 24 milhões sentar-se-ão à mesa para comerem pratos recheados de Hipocrisia Assada regada com Taças de Cinismo.
Outros milhões contentar-se-ão com Sopa de Miséria e para desentupir, Canecas de Ilusão.
Comemorem o Natal, e esqueçam os últimos que deles (reza a Bíblia) será o reino dos céus.




Por eles vou comer uma  Malga de Tristeza  e beber um  Copo de Lágrimas  com  Rodelas de História...

terça-feira, dezembro 20, 2016

Vacina da raiva

Chips nos humanos...

Li e fiquei com a certeza que será um grande negócio.

e pensei....pois ainda sou dos que pensa, a seguir nascerá um outro business.
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A vacina contra a Raiva.

Maravilhoso mundo, maravilhoso...

quinta-feira, dezembro 15, 2016

106 medidas...!

Então não queiram lá ver que hoje ouvi que esta idiotice da formação/aulas já nem sei como apelidar a medida, se insere entre as 106 medidas constantes dum documento relacionado com a Prevenção Rodoviária.

Salvo as excepções que sempre devem existir para justificar a regra, pergunto se de facto e a lei penaliza os condutores que circulem a mais de 120 km/h nas auto estradas (a exemplo) orque razão se permite importação / venda de veículos que andam a velocidades muito superiores!

Será que a tal dita prevenção não devia passar por esta medida!

E uma pergunta: isto é extensivo à licença de condução das motorizadas, bicicletas, aqueles carrinhos engraçados que não carecem de carta de condução... e patins em linha, skates, carrinhos de bébé, triciclos, trotinetas enfim...agora estou a brincar.

Mas falando a sério digo, que era preferível terem a decência de dizer - vamos lançar um imposto sobre as cartas - que o pessoal não se importa de pagar, até porque o hábito faz o monge.

quarta-feira, dezembro 14, 2016

Internado de urgência

Mário Soares internado de urgência.

Prognóstico reservado
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Se Deus existe queno conserve por cá durante muito tempo.
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E que a eutanásia não seja aprovada
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segunda-feira, dezembro 12, 2016

Guterres...um Presente vindo do passado

Hoje o Camarada Guterres assina uma " carga de trabalhos " na qualidade de Presidente da ONU.

Uma honra para Portugal, dizem, eu prefiro dizer para o povo lusitano.
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E lembrei-me do Fado Tropical de Xico Buarque

Ó musa do meu fado, ó minha mãe gentil,
...
e  continuei a elegia ... tentando dar-lhe um ar mais risonho.

Ai o Brasil ainda vai ser  um imenso Portugal
Ai Portugal ainda vai voltar a ser um Império Coloquial.

Claro que estavam à espera que dissesse " colonial " mas como vim do ventre duma mulher, o meu pai nasceu na metrópole a minha mãe em Angola era o que mais faltava admitir que viesse um idiota chapado chamar-me filho de colono.

Parabéns Eng. António Guterres ... já agora um pedido:  NÃO ME DESILUDA.


E como o presidente Marcelo Rebelo de Sousa faz anos ( precisamente hoje) desejo as maiores felicidades e melhor prenda não podia ter que a eleição dum português para a presidência da ONU.

Vivam os Estados Unidos da Lusitânia


Fim

domingo, dezembro 11, 2016

Idoso aos 65 anos

Renovação da carta de conduçao aos 65 anos com aulas...!

Um dos argumentos é que 1/3 dos acidentes envolvem IDOSOS... !!!

E os outros 2/3 envolvem crianças?

Já agora, quantos acidentes são da responsabilidade dos mais novos e qual a % de mortes por ano e a correlação entre os diversos escalões etários!

Parece que estamos perante mais uma negociata do tipo AO envolvendo outros beneficários directos, porque os indirectos continuam a ser os mesmos.

Imagine-se um senhor de 65 anos com carta profissional conductor de longo curso ter aulas com um prof que nunca coduziu um camião entre Lisboa e Almada...

quinta-feira, dezembro 08, 2016

Dia da Mãe

Hoje é dia da Mãe.

Tenho uma dúvida. Dia da mulher que me pariu, ou da que me criou?

Como fui um filho desnaturado e um neto desalmado vou comemorar o dia pelas duas, aquela que não me pode criar e a outra que nunca me podia gerar.

Do vosso filho/neto beijo sem divisões nem preferências.

Inácio

segunda-feira, dezembro 05, 2016

Há cigarras e cigarras,


 
Para todos os visitantes do mês de Novembro, com votos dum feliz Dezembro
 
 
 
LENDA DA CIGARRA E DO GUERRILHEIRO

I

         - Ó caloira adorava comer-ta peida
Ela respondeu-lhe que não, e avisa
         - Filho não vim à Queima para aturar um reles parvalhão mas se queres despejar os tintins terás por certo bom remédio, desenrasca um par de patins vai às putas, mas lá não há crédito por isso leva o guitame contado para não te dar um sufoco, não vá o chulo estar mal disposto alagar-te o rabo e virares bicha pouco ou a pouco
E sem lhe dar tempo de resposta adianta
        - Vamos embora Felizana que este é do tipo que só encosta pois para pescar falta-lhe a cana
         - Bem jogado querida Posefina parecias a mulher do Bonaparte imperatriz antes de ser rainha e este nem para foder tem arte.
 
II

 Na mesa ao lado rindo à fartura Maldonato Feijão puxa da caneta cerra veemente a dentadura e remói: – A este só resta a punheta ao gato das botas raparam os bigodes à Padeira sobrou Aljubarrota aos gregos o Colosso de Rodes, e a nós portugueses, na risota, resta de consolo as Tunas a cantar
fatídicos mergulhos na praia do Meco com serenatas tocadas ao luar e chouriço sem o controlo da DECO, e fazendo-se tarde ó malta estudante abram a pestana, votem em palhaços que há décadas vejo meliantes tratarem os adversários de abraços; por tal formem um partido novo com ou sem lésbicas e maricões que importa é dar esperança ao povo que resta para votar, só em malandrões.

III

         Claro que estou a ser cauteloso pois a vontade é chamar-lhes vigaristas, porém arrisco ir ao parar ao calabouço e esperar em cada fim-de-semana visitas. Mas se um dia precisarem de um conselheiro não vos apareçam dores de barriga que menos perigoso é um guerrilheiro que cigarras disfarçadas de formigas

sexta-feira, novembro 25, 2016

Neste Outubro de 2016

Estou contente.
No mês de Outubro esta página teve 4522 visualizações distribuídas desta maneira:

Estados Unidos da América - 3803
Portugal ...............................-   369
Brasil....................................-     46
Alemanha ............................-     41
França ..................................-    32
Angola...................................-    11
Polónia..................................-      5
Emirados Árabes Unidos.....-      3
Rússia...................................-      3
Espanha...............................-      2
.....................................Total 4315

O diferencial corresponde ao meu manuseamento do blog, revisões links e visitas através da minha página da facebook.

Para esta gente a próxima publicação será um dos meus últimos contos.
Fiquem atentos talvez o poste ainda este fim de semana

Muito obrigado  pela V. Presença


quarta-feira, novembro 23, 2016

Onde estão os ardinas

 
 
Uma Pátria Sem Ardinas
 
I
 
Quer lançar livros vá pra televisão;
_ porém se optar por ser ladrão
sem risco de ser engavetado
não hesite, faça-se eleger deputado.
- Primeiro caso, fama garantida
mesmo que a obra não seja lida
e no segundo faltar quando quiser
votar no que mais lhe aprouver
q' ao fim de 3 mandatos incompletos
terá reforma sem descontos directos.
 
 II
 
Chupem-mos sem deixar resquícios
e com o mesmo empenhamento
que sugaram a riqueza a este país,
pois todos 'conhecidos vícios
são passageiros, vão tormento,
mergulhos de cabeça num chafariz.
- E saiba-se nesta pátria de 'mouros'
houve touradas inventadas, com touros
acorrentados em celas estreitas
morrendo de desconhecidas maleitas.
 
 
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Cito Loio
(Poemas sem data nem valor)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, novembro 02, 2016

DISPENSAVAM



DISPENSAVAM


Silvam pássaros, notas d'encantar
para apelar aos bandos que passam
união na luta pela mesma causa,
pois juntos pensam que vencerão.

Mas nas sinfonias que ousam cantar
ignoram, armados 'homens caçam
e entre concertos e merecida pausa
a mando balístico as penas cairão.

Venturosa a passarada não pensa
antes actua por científicos instintos
e desconhece quem constrói labirintos,

pois pensasse, seria uma comédia
vê-los dizer perante 'micro dos Média,
Homem?_  é espécie que se dispensa!


Cito Loio
(Poemas sem data nem valor)

terça-feira, novembro 01, 2016

TERCEIRA INFÂNCIA

     TERCEIRA INFÂNCIA


Algum dia volto aos palcos, e de tal forma me satisfazem os ensaios que já comecei a rodopiar por entre a tumba dos meus antepassados. Mas se no Outono africano caírem as folhas, livre-me de escorregar nas saliências dum memorável palco giratório, e vindo o Inverno que não conhecia, aqueçam as recordações os sonhos por me saber impedido de voltar a beijar a terra que me viu partir.
Porém, sobre um outro mar, nadando nas ondas da sobrevivência, sinto presente dentro útero o ténue bater do coração materno, e olhando atrás veiculo-me ao amor da mulher que me deu a vida para gritar com todas as forças - amo-te - como nunca amei ou amarei outra, tal a força dos laços de sangue, que por eles a ligo aos meus filhos. E por rios do meu encantamento, nadando nas marés baixas da baía que abraçava o meu pensamento, larguei o corpo na corrente duma barra sem entradas celestiais pensando um dia, subido ao mais alto mastro do meu navio, vê-la transformada na luz que nunca iluminou o quarto onde à noite, escondida a ansiedade, abraçava o vazio. 
Perca ora tudo que a saúde proporcionou, os quilómetros de estrada que sozinho palmilhei sem nunca me perder ou dela perder o encanto, filho seu sou e serei até à eternidade e bastante para neste 1 de Novembro celebrar o Dia da Maior de Todas as Minhas Santas e porque a vida às vezes assemelha-se a um bolero, que de longe se inicia a audição das notas em solo, para nos ultrapassar à plenitude dos compassos que nem conta damos da importância dum simples gesto em silêncio e finalmente, já pianíssimo, percebemos chegada a hora de lançarmos pelo chão a batuta do maestro que fomos da nossa própria sinfonia, razão pela qual da Mãe Natureza apenas peço de prenda, que os seus pássaros no dia que me vá, guardem em trinados um minuto de silêncio pelo homem honrado que fui.

Inácio



Rompam-mos tímpanos c' belos acordes
(de preferência que sejam temas  musicais)
farto já dos tipos que aceitam ''aportes'
para meter ao bolso maços de notas reais
borrifando-se pró povo, único culpado
que 'devia (s/excepção) tê-los engaiolado.

Mas pode mais 'imbecilidade democrática
para poderem cagar postas de pescada,
vociferando elocuções de forma enfática
«sim, no tempo da ditadura ná havia nada,
ni 'fome d'oje; ora sómos dónos do tempo
pois liberdade é q'emana do parlamento»

Rompam-mos tímpanos c' som de canções
mesmo se as do tempo q' usava calções
e montado na bicicleta ia livre pela fantasia,

q'à falta d'arcanjos a anunciar um novo dia
retorno c' leveza, sem pena ou saudade,
ao imaginário doutra e já distante mocidade.


Cito Loio
(Poemas sem data nem valor)


segunda-feira, outubro 31, 2016

SEM CAPUCHINHO

ASSIM COMEÇA A HISTÓRIA DE UM POEMA ESCRITO HÁ 5 ANOS:


Possivelmente, até ao presente nenhum poeta explicou os passos na execução dum poema. Decidi por isso dar a conhecer publicamente como foi escrito este poema que partilho, tendo em nota de título, ASSIM COMEÇA A HISTÓRIA DE UM POEMA:


Entrei no metro, e encostei-me à porta. Na do lado contrário entrou uma rapariga, talvez entre os 20/23 anos e sentou-se virada para mim de costas ao sentido da marcha do módulo. Ao sentar olhou-me fixamente, como se me conhecesse, mas do seu olhar ficou-me algo como ''um senhor bonito'' e ja pelo meu lado pensei, ''esta enjoa''. Acomodada tirou uns auscultadores de telemóvel e  colocou-os,  olhando  de  seguida  novamente para  mim.  Senti-me incomodado, peguei no bloco  de  apontamentos  e  escrevi qual a sensação com que ficara da rapariga  nos primeiros momentos.

Pintou-lhe um trejeito malicioso
Vi-lhe um sorriso traquina,
Imaginou como seria gostoso 
Encontrar-me na próxima esquina 

Ela,  de  facto  deixava  perceber  um  certo  sorriso  de  troça, olhou  mais  uma  vez  para  mim, depois para a vidraça do metro que faz de espelho quando nos interessa, e já escrevendo os primeiros veros, reparei que olhava disfarçadamente, quase como se esperasse que me dirigisse a ela e lhe perguntasse, donde vens para onde vais e onde é que se pode encontrar uma expressão tão bonita como a tua!. O cabelo  da  miúda,  porque  de tal não  passava, fazia-me  lembrar a  Mia  Farrow  e entre sorrisos brincalhões escrevi a segunda quadra.


E dois olhos azuis, quase pecadora,
Qual aguas límpidas, virgens seguras 
Engalanara minh’alma pescadora 
Proprietária d'inimagináveis aventuras. 


O metro parou, tinha de sair pois combinara encontrar-me com o meu filho; percebi então que a rapariga falara qualquer coisa com um senhor, possivelmente da minha idade, sobre uma estação qualquer, mas não me apercebi do teor da conversa em si, dando no entanto para perceber que uma vez mais olhava para mim e desta, através da vidraça. Atrevi-me a pensar algo mais do que, ''bom motivo  para  acabar  estes  versos  e  dar-lhe  depois  um  retoque  final' e tendo em conta que a  menina  era  de  facto bonita e combinava bem com o que me vinha à cabeça atirei para o papel ao sair. 


Disfarçadamente disse-me tchau 
Finos lábios comprimidos com prazer
Rodar d'ombros quase descuidado


E pensei: Se o meu filho fosse 'filha' a encontrar-se 'comigo' como reagiria eu sabendo que um camelo se fizera ao piso e sentado no banco da estação aguardando a sua chegada terminei o poema 


Menina linda, moça tenha cuidado 
É tarde, já começa a escurecer 
E passeia por aí muito lobo mau! 


Quando tive tempo para dar uma volta ao texto reparei não ter colocado título, e como no tempo de criança não gostava da história do Lobo Mau e do Capuchinho Vermelho coloquei em titulo: SEM CAPUCHINHO


Cito Loio
 21/02/2011

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domingo, outubro 30, 2016

LUZIDIA


LUZIDIA 
 A 
PATROA  
Poema em formato de conto 

Sentada num dos cadeirões  da sala de espera apreciava com ar de dama séria outras por certo com igual problema; _chamava-se (vim a saber mais tarde) Luzidia Fera, e viera, tal como eu, até a clínica Jovem Santa Filomena por há muito ter visto perder-se o sorriso natural pelas ruas da fama em bailes com baila-ricos de Carnaval. Inegável que fora num outro tempo, aquele que  denominou colonial, uma menina de passa-reles, das rádios e discos, terminando requisitada artista em filmes donde a ostentação do sorriso afável valia um contracto com descontos para o estado, e a todo o custo para evitar perniciosos riscos só se deitava com quem desse segurança, indisposta a que azaradamente viesse a crescer-lha pança.

Num belo dia viu-se Luzidia perdida de amores por um sujeito muito viajado, com passaporte, por terras do sol-poente, e dada a calores apostou na roleta da cama a própria sorte saindo-lhe por taluda uma doença dita muito grave que para actriz de filmes pornográficos  era um completo entrave. Mas a medicina atarefada e de progressos avassaladores deu-lhe mais anos de vida do que supunha e alargado o ramo, ajudada por novos professores, sem abertura de pernas ou a sujeira de dar o seu em troca da cunha fez-se aos estudos na Velha Universidade e montou um bordel para meninas de tenra idade. Exigia-lhe tal oficio uma dentadura brilhante, olhos resplandecentes, aprumo no trajar, trato fino, sapatos que dessem um andar elegante, ficando para as outras fazer o pino pela  senhora recebendo no traseiro palmadas dos clientes, que da Patroa apenas veriam os dentes.

Foram-se os dias, os meses, anos sem fim, mudado os tempos mudadas as fidalguias e enterrava Luzidia seu mais que donzelo amante Fornicato Serafim, e já portadora de irritante idade para outras folias sem que se conhecessem herdeiros a quem doar em testamento, vendeu a riqueza alcançada com arte sofrimento e talento. De reforma valia-lhe-ia a Segurança Social contribuindo com uma pensão de sobrevivência levando-a a tomar por decisão vir a ser enterrada em Alcácer do Sal afim de alcançar a paz e dar repouso ao que restava da altura da imaculada inocência.

Mudaram governos ao longo de diversas legislaturas, vieram outros políticos, uns honestos outros nem tanto, trocaram-se artigos, decretos e leis, alteraram pontos fortes da constituição, trazendo para muitos muitas benesses, para outros dificuldades incontáveis, mas não mudou a sorte para Luzidia pois de confiável só restou a morte


Inácio 

sexta-feira, outubro 28, 2016

Que Povo este?

Para todos os amigos Feliz dia do meu aniversário 
...mas hoje a 28 de Outubro, quem diria, dedico um poema ao homem que soube escrever o que de muito jovem me iria na alma. 

Para (em memória) Vasco Lima Couto, este tributo, exactamente no dia que festejo o meu 63 aniversario.

Inácio 



(Que Povo, que vende os rios que tem, que compra a terra pequena e não sabe donde vem)







 A QUEM NÃO NOS PERDOOU


Perdoe-s'então a quem não nos perdoou
em míseras palavras (negociada 'liberdade)
viajando por pátrias pejadas d'impostores
vendeu sonhos que nunca foram os seus
a preço do ouro negro e do diamante,
e ganha a fortuna não pararam u' instante
servidos de subservientes camafeus
que lhes atribuíram títulos de doutores,
dotações com passaportes d'impunidade
pr'aterrarem em terras que nenhum amou.

Desconhece-se dado sem recibo alvissaras
aos caçadores d'Elefantes e Rinocerontes
Javalis, Pacaças (às vezes Gorilas prenhas,
turistas descalças em avenidas já asfaltadas
desaparecido da mente 'traço das picadas)
julgando q'embondeiros enfeitavam azenhas,
correrem os rios da savana prós montes,
serem os antílopes ave-chuchas ''mamíferas''.

E acusaram-nos sim, somente por inveja
ou talvez por pundonorosos termos vencido
um mar ciclópeo por eles desconhecido.

Mas não nos importe, que 'perdão sobeja,
por vezes a fome termina em fartura
e a memória do tempo sempre perdura.


Cito Loio
(Poemas sem data nem valor)




Afinal durei mais do que esperavam aqueles que venderam a alma a troco de pechisbeque.


quinta-feira, outubro 27, 2016

NAS VIELAS DA ASNEIRA


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Por vezes as lágrimas de tão cristalinas não as vemos, apenas as saboreamos 

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NAS VIELAS DA ASNEIRA


Veio-se desassossegada em silêncio,
no rosto mero esgar dum prazer dorido
reflexo da perda d’evidente  virgindade;
_ de fora, silenciava-se toda uma cidade, 
ele, que lera o amor num compêndio
sem dar valor ao tão lacónico gemido
mergulhado no sonho, de tudo capaz
julgou deixar a memória para trás.

Frederico, nome c’ que fora baptizado
ufano do feito numa roda de amigos
gabarolando-se da arte da virilidade,
(ignorância tal, própria da imaturidade)
- Teresa, das lágrimas q’ tinha chorado,
confessava-se sem receio de castigos
à mãe, culpa sua pecaminoso desprazer,
acto que jura não voltar a acontecer.

Década e meia volvida, hábito de freira,
curvada aos pobres num país distante
palmilhava uma mulher ao Deus dará.

Aprendi desse dia em vielas da asneira
jamais se desperta, fechado semblante,
ao lado duma Santa Madre de Calcutá!


Cito Loio
(Poemas sem data nem valor)


quarta-feira, outubro 26, 2016

Desfolhada




Quase a embarcar, olhando para trás, lembrei-me da última garraiada em que participei e ganhei 500$00 ao tirar a "notinha" dos cornos dum touro.
Felizmente o amável quadrúpede não me prostrou ensanguentado pelo chão duro da arena, e sobrevivi mas com pena (minha) não ter tirado outra coisa a muito coirão que andou a desfolhar as minhas patrícias e depois foi dar marradas para outras praças, mas como tristezas não pagam dívidas, Ó "ganda" Simone, nem imagina o que vi nesta terra do Minho a Angra depois de excluir do mapa Timor.






ÚLTIMA FAENA



Por caminhos tão iguais aos de Santiago
liberto de crucifixos já arejado o peito
vi errante um homem jovem, rotas vestes,
sulcando c’um varapau a terra bravia
apreciar outros puxando firme arado
substituindo bem merecida junta de bois.

Ilustrada tal imagem e que não apago,
printei para memória sadia e a meu jeito
intemporal quadro c’ paisagens agrestes,
lembrança que nunca se perderia,
exclamando ‘romeiro ao ver-m’extasiado:
– Há muito mais como estes dois!

Soltas amarras de décadas decorridas
soube ao vivo shows em praças de touros
onde raras vezes o bicho sai vitorioso
oferecendo cornadas, colhendo ‘toureiro
(abandonada a arena ainda sangrando)
demais ovacionado pela velha tradição.

Na terra, perdida chance à cura de feridas,
despojada ‘glória sem coroa de louros
pergunta o “peregrino“ a um Deus glorioso:
- Porque me tirais ‘vida a golpe rasteiro.
- Do céu a mudez, sem rezas ou pranto,
sucumbia n’arena de peleja qual Sebastião.

Por caminhos desta vez de Fátima a Leiria
arrasta-se vagarosa mulher ainda crente;
_ podia mais a fé que o luto de morte!!!

Sabedora q’espectáculos reais jamais veria
ostentava no pescoço doirado pendente
com foto de quem se julgara com a sorte.


Cito Loio
(Poemas sem data nem valor)

 
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