Não se cobra à entrada...!
ÀS VEZES POR UM FIO
Sempre
levei fisga no bolso de trás
não
fosse aparecer certo pardal
q’
usava em vez de penas camisa c’ dobrados
por
crista, quico de pano feito no Estado.
...
(O esporão, coiro de boi, irmão do tio)
Nunca
me fiz rogado contra cassetetes, zás
uma
fisgada no cagueiro do policial!
_
Depois ‘a salto’ por muros e telhados
pernas
para que te quero – o gajo é cabo!
...
(Lá escapulia; às vezes era por um fio)
Hoje,
vejo escória carregar de matraca
a
pobre da mulher em casa c’ ele entalado
sem
dinheiro para a manicura!
Ao
domingo hóstia pela mão do cura
pedinchando
a Jesus q’ proteja o ordenado
dum
marido, q’ de noite a ela s’ atraca
Cito Loio
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