Perdão sábio, e prudente jurado Meu corpo poderá ser julgado! Mas dir-lhe-ei contudo, sem hesitar A mente não cessará de voar Pois podarei as’asas da liberdade Para que não me cresça a saudade Depois de soltar pregões ao vento Fazendo um hino do pensamento
Voarão entretanto os meus escritos Apaziguado’o temor dos’aflitos Expurgando demónios e duendes
_ E ao vaguearem por continentes Instruirão palavras de esperança Aguardando’à troca, pura bonança |
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| Mas se idos vierem de mãos vazios Derrotados por seculares heresias Treiná-los-ei de novo com afinco, Honrando tudo o que ainda sinto, No vai e vem, cama elástica Gizando em cada estrofe fantástica Bíblia lírica dos poetas pobres Que se regem por ideias nobres
Vestirão capa em vez de toga Para banirem da terra suja droga Q’não faz falta como’alimento;
No olhar do mundo se verá alento Sorrisos largos sem maldade Redimida dos males com humildade |
Os tratados, feitos com cerimónia Que sempre resultaram em discórdia Serão substituídos por canções Alegres marchas, estas de multidões; Por fim ‘finado’, e o desta’empresa Tenham ao jantar a vela acesa Pratos copos, dois, um pergaminho E esta obra feita pelo caminho
Cito Loio | |
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