Tão só...!
SÓ NA CIDADE |
Tirei o cabo do PC, primi o botão
Q’ ligava’ mundo’ao pensamento
Refazendo sonhos antigos
Que não encontram alimento
Em notas soltas, penar, castigos;
_ Por fim desliguei a televisão.
Saí, e vi o mundo de outra cor
Negro asfalto em tantas ruas
Matizadas e ramadas copas
Prédios rasos namorando gruas
‘Queres uma dose – topas!
Até dá para matares’essa dor!
Segui assobiando ao desafino;
Vagueei nos trilhos da memória
‘ Já disse que não foi assim! ‘
Momentos de triste glória
Aplauso, jornais falando de mim
Páginas’a descrever o desatino!
Cantaram pássaros nos ramos
O vento soprando a maresia
Mareado tímido’o Sol arrepiou-se
A vergonha corada escorregadia
Velha centenária precipitou-se
Magicando o Domingo de Ramos
Contei horas na torre da igreja
Jogos de Damas, um Dominó
Três gajas, uma senhora é puta
Taxistas e chulos metendo dó
‘Pé de salsa freguês! Rica fruta
Banana com pele não aleija!
Yéssi dótóre é lá rute in frentre
See! – No lig´s, it´s a seguinte!
Simples, toda lógica a explicação
Q’o estranja suado’a requinte
Saca um Dunk, com emoção;
‘Mestre, este jovem é eloquente! ‘
Vite-vite-tout-suite, pipipi póóó
Buzinas entoando’uma nova Nona
Sinfonia q’ Bethovem desconhecia;
_ Apitadelas a dar cabo da mona
Que depressa se esqueceria
Sai um café, dispenso o Pão-de-ló
‘Messier laisser passer, depressa
Há um e-mail para responder! ‘
_ Lindo ver ‘azáfama dum serviçal
Não passando na cabeça perder
Tacho, appartement na capital
Que o Cunha arranjou à pressa
Ultrapassada’ manhã viria a tarde
Taça de verde empadinha de fome
Cigarro! – Faz tempo que fumei
Por haver vício que não dome
Diferente das mulheres que amei
Uma pedindo q’dela nunca me farte
Todas rezando, que não me farte
Deus! – Ele que não se farte!
Já não escreverei o cair da noite
Notícias sombrias passam na rádio
Porta que fecha o meu vazio
Abrindo-me sorrisos de escárnio
_ Noite de verão, terei frio;
Basta pr’aquecer reviver um’açoite
Da janela duma sala já moribunda
Olho à distância o rio tristonho
Alto’ Cruzeiro do Sul estrelado céu;
_ Óculos! Nunca sei onde’os ponho
Mãe! Levanta teu longo véu
Mata’ solidão que em mim abunda
É tão pequenino, o teu menino
Tão menino mãe, este ser pequenino!
Cito Loi0
Q’ ligava’ mundo’ao pensamento
Refazendo sonhos antigos
Que não encontram alimento
Em notas soltas, penar, castigos;
_ Por fim desliguei a televisão.
Saí, e vi o mundo de outra cor
Negro asfalto em tantas ruas
Matizadas e ramadas copas
Prédios rasos namorando gruas
‘Queres uma dose – topas!
Até dá para matares’essa dor!
Segui assobiando ao desafino;
Vagueei nos trilhos da memória
‘ Já disse que não foi assim! ‘
Momentos de triste glória
Aplauso, jornais falando de mim
Páginas’a descrever o desatino!
Cantaram pássaros nos ramos
O vento soprando a maresia
Mareado tímido’o Sol arrepiou-se
A vergonha corada escorregadia
Velha centenária precipitou-se
Magicando o Domingo de Ramos
Contei horas na torre da igreja
Jogos de Damas, um Dominó
Três gajas, uma senhora é puta
Taxistas e chulos metendo dó
‘Pé de salsa freguês! Rica fruta
Banana com pele não aleija!
Yéssi dótóre é lá rute in frentre
See! – No lig´s, it´s a seguinte!
Simples, toda lógica a explicação
Q’o estranja suado’a requinte
Saca um Dunk, com emoção;
‘Mestre, este jovem é eloquente! ‘
Vite-vite-tout-suite, pipipi póóó
Buzinas entoando’uma nova Nona
Sinfonia q’ Bethovem desconhecia;
_ Apitadelas a dar cabo da mona
Que depressa se esqueceria
Sai um café, dispenso o Pão-de-ló
‘Messier laisser passer, depressa
Há um e-mail para responder! ‘
_ Lindo ver ‘azáfama dum serviçal
Não passando na cabeça perder
Tacho, appartement na capital
Que o Cunha arranjou à pressa
Ultrapassada’ manhã viria a tarde
Taça de verde empadinha de fome
Cigarro! – Faz tempo que fumei
Por haver vício que não dome
Diferente das mulheres que amei
Uma pedindo q’dela nunca me farte
Todas rezando, que não me farte
Deus! – Ele que não se farte!
Já não escreverei o cair da noite
Notícias sombrias passam na rádio
Porta que fecha o meu vazio
Abrindo-me sorrisos de escárnio
_ Noite de verão, terei frio;
Basta pr’aquecer reviver um’açoite
Da janela duma sala já moribunda
Olho à distância o rio tristonho
Alto’ Cruzeiro do Sul estrelado céu;
_ Óculos! Nunca sei onde’os ponho
Mãe! Levanta teu longo véu
Mata’ solidão que em mim abunda
É tão pequenino, o teu menino
Tão menino mãe, este ser pequenino!
Cito Loi0
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