Passos...
Poucas foram as vezes em que houve a oportunidade de escutar três monstros da canção universal num mesmo concerto unidos numa única música. Hoje quando o meu coração caminha para más alla, junto-me a eles oferecendo-lhes algo tirado das entranhas da dor e da vontade em perpetuar a arte o engenho de escrever os gritos da alma em forma de Poema Durante anos verti para o papel milhares de palavras, sendo um Romance em prosa poética a obra que me lançou como escritor, nomeado de Adolfo Castelbranco Oliveira, quando na verdade sempre fui Inácio (Cito Loio) o poeta, aquele que persegue Camões como referência, sem fronteiras, sem limites, apenas querendo ser o segundo porque o primeiro tem lugar “lá no assento etéreo” Escrever, gritando com as palavras no momento em que agrido o papel e a cada verso com que rasgo o ventre das estrofes, representa morrer em mais uma sílaba, mais um ditongo, num participo passado ou gerúndio – onde a caneta toma o papel de um bisturi, qual instrumento que extrai o kondyloma da poesia, gerando o poema com que me perco nos passos em direcção “à cova escura”. | JÁ NÃO VOAM PÁSSAROS |
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