NO ÚLTIMO BATEL, as dores dum parto
Não há sementes que germinem num mar de lodo, nem rios que corram de jusante à nascente dos nossos ideais, mas existe um amor para toda a vida e quem disser o contrário é porque mente, ou nunca sentiu as dores de parto da própria mãe.
NO ÚLTIMO BATEL
(Poemas dedicado aos
pobres deste mundo)
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Sou
pescador de um outro mar
sem
canas redes nem anzol
ganhando
sustento pró único lar,
labuta
do nascer ao pôr-do-sol
Remando
por sobre esta terra
feito
junta de bois sem arado
por
planícies vales, a pique ‘serra
domingo,
dias santos até feriado!
Pesco
com infindável tristeza
salário
de fome e magreza
nos
restos, sem código de barra
E
na solidão afiadas garras
Guardo
penas pedaços de papel
Crendo
ir-me no último batel
Cito Loio
(sem data)
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