POR AUSÊNCIA...
MORTE POR AUSÊNCIA
Morreu-me uma amiga, por ausência
e longe, soltei gritos de afogo
por tantos enganos que por ela cometi
_ que pecados deixei por conta
enclausurado na ilusão que me oferecia
a cada sorriso a cada emudecimento
sem pânico, guardada a esperança!
- Morreu-ma, e por demência
baralho, dou de novo, e abro o jogo
sentindo solto tudo o que perdi;
_ sem que partisse para a afronta,
registo em verso tudo que se esvaía
antes que a loucura tome conhecimento
e me devolva fantasma de infância.
Fenecida amiga que vivas eternamente!
_ eu, choro a falta, choro com verdade
pelas ruas da liberdade a mim fechadas
e ao dares-me fatos de luto, lentamente
vagueio na tristeza da liberdade
com esperas indultas por frustradas
Morreu, longe, e desligada a chamada
comprei a solidão a troco de nada…
…e da aquisição feita ao tormento
tudo arrematado não dá meu sustento!
Cito Loio
26/8/204
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