NÃO PARARÁ DE TOCAR
28-10-2011
(58º aniversário)
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NÃO PARARÁ DE TOCAR
Ousei pintar numa tela
imaginária amplo salão
Pincelando um encerado
palco giratório
Espalhando no ar mil colunas
estereofónicas;
Atravessei o corredor – palmas
da plateia!
Ao fundo em trono de
rainha, estendeu a mão
Piscar de olho, um vem! – Fui,
por ser obrigatório
Conceder-lhe tangos em
valsas sinfónicas;
_ Ao pegar numa nova tela senti
de poeta a veia
Escrevi os corpos em
rodopio, retoquei o esboço
Sua mão no meu ombro, a
minha à sua cintura;
Colei-me ao rosto, fez-se
silêncio nessa altura
Num passo doble evitei cavar-se
sombrio fosso
Entre o quadro imaginado, e
o desejo forte
De te perpetuar em verso,
para além da morte
Cito Loio
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